Mistanásia, Ética da Alteridade, Responsabilidade e Deveres Fundamentais – Uma Análise nos 35 anos da Constituição Federal de 1988
DOI:
https://doi.org/10.5020/2317-2150.2025.15965Palavras-chave:
Mistanásia, Ética da Alteridade e da Responsabilidade, Deveres Fundamentais, Constituição Federal de 1988, Século XXIResumo
Nos 35 anos da promulgação da Constituição do Brasil de 1988 é importante revisitar alguns conceitos e analisar, mesmo que brevemente, alguns pontos importantes no âmbito de debate do constitucionalismo brasileiro, de modo que, o presente trabalho busca realizar esse objetivo por meio de análise do fenômeno sociocultural, político-econômico e, também jurídico – pois tem efeitos no “mundo do direito” – da morte social (mistanásia), a partir de sua interação conceitual, teórica e múltiplo-dialética com o debate acerca da Ética da Alteridade e da Responsabilidade e dos Deveres Fundamentais, estudados aqui a partir de uma perspectiva particular e não estatal, o que se fez por meio de uma abordagem metodológica histórico-dialética, cujo desenvolvimento técnico derivou de uma revisão bibliográfica primária, com o intuito de fundamentar, mesmo que brevemente, cada um dos pontos que compõem a presente pesquisa.
Downloads
Referências
BRANDER, E. C. de L. A. A. Ética como responsabilidade na filosofia de Emmanuel Lévinas. Sociedad y Discurso, [s. l.], n. 5, p. 1-14, 2004. DOI: https://doi.org/10.5278/ojs..v0i5.778
CORREIA, J. V. G.; ZAGANELLI, M. V. COVID-19, vulnerabilidade social e mistanásia: reflexões bioéticas sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Revista Pensamento Jurídico, [s. l.], v. 14, n. 2, p. 1-36, 2020. Disponivel em: https://ojs.unialfa.com.br/index.php/pensamentojuridico/article/view/443. Acesso em: 13 nov. 2023.
CRUZ, Á. R. de S. O direito à diferença: as ações afirmativas como mecanismo de inclusão social de mulheres, negros, homossexuais e pessoas portadoras de deficiência. 2. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2005.
DINIZ, M. H. O Estado atual do biodireito. 3. ed. Saraiva: São Paulo, 2006.
FERNÁNDEZ, M. O. El estado de la ciencia durante el COVID-19 y el derecho al consentimiento informado. Revista Pensar, Fortaleza, v. 25, n. 4, p. 1-11, out./dez. 2020. DOI: https://doi.org/10.5020/2317-2150.2020.11650
FERREIRA, S. A mistanásia como prática usual dos governos. Jornal do CREMERJ, Rio de Janeiro, n. 324, p. 5-6, mar./abr. 2019. Disponível em: https://bit.ly/2YHYhC2. Acesso em: 11 nov. 2023.
GONÇALVES, L. C. S.; FABRIZ, D. C. Dovere fondamentale: la costruzione di un concetto. In: Marco, C. M. D.; PEZZELLA, M. C. C.; STEINMETZ, W. (org.). Diritti civili fondamentali: teoria generale e meccanismi di efficacia in Brasile e Spagna. Joaçaba: Editora UNOESC, 2013. p. 87-96.
KROHLING, A. Dialética e direitos humanos: múltiplo dialético da Grécia à contemporaneidade. Curitiba: Juruá, 2014.
KROHLING, A. Direitos humanos fundamentais: diálogo intercultural e democracia. São Paulo: Paulus Editora, 2009.
KROHLING, A. Ética da alteridade e da responsabilidade. New York: Routledge, 2011.
KROHLING, A.; FERREIRA, D. N. de A. História da filosofia do direito: o paradigma do uno e do múltiplo dialético, retórico e erístico. Curitiba: Juruá, 2014.
LEITE, N. G. Mistanásia e pandemia: uma análise da responsabilidade civil do estado a partir do princípio da primazia do interesse do paciente. Revista Conversas Civilísticas, Salvador, v. 4, n. 1, p. 68–96, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/ conversascivilisticas/article/view/55286. Acesso em: 27 maio 2025.
LEVINAS, E. Ética e infinito. Lisbona: Edições 70, 2007.
LEVINAS, E. Entre nós: ensaios sobre a alteridade. 3. ed. Petropolis: Vozes, 2004.
LEVINAS, E. Humanismo do outro homem. 3. ed. Petropolis: Vozes, 2009.
LEVINAS, E. Totalidade e infinito. Lisboa: Edições 70, 2008.
LLORENTE, F. R. Los deberes constitucionales. Revista Española de Derecho Constitucional, [s. l.], v. 21, n. 62, p. 11-56, 2001. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/24883745. Acesso em: 27 maio 2025.
MARTIN, L. M. Eutanasia e distanasia. In: FERREIRA, S. C.; OSELKA, G.; BOTTLE, V. (org). Iniciação a bioética. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1998. p. 171-192.
MARTINEZ, G. P.-B. Los deberes fundamentales. DOXA – Cuadernos de Filosofía del Derecho, Espanha, n. 4, p. 329-341, 1986. DOI: https://doi.org/10.14198/DOXA1987.4.19
MOHÍNO, J. C. B. Los deberes positivos generales y la determinación de sus límites: (observaciones al artículo de Ernesto Garzón Valdés). DOXA – Cuadernos de Filosofía del Derecho, Espanha, n. 3. p. 35-54, 1986. DOI: https://doi.org/10.14198/DOXA1986.3.02
PEREIRA, C. A. N. "Eu estava preso e você me visitou": uma análise do modelo APAC à luz da ética e da alteridade de Lévinas. In: KROHLING, A. (org.). Ética e a descoberta do outro. Curitiba: CRV, 2010. p. 85-100.
PESSINI, L.; RICCI, L. A. L. O que entender por Mistanásia? In: GODINHO, A. M.; LEITE, G. S.; DADALTO, L. (org.). Tratado brasileiro sobre o direito fundamental à morte digna. São Paulo: Almedina Brasil, 2017. p. 69-79.
RICCI, L. A. L. A morte social: mistanásia e bioética. São Paulo: Paulus, 2017.
SANTOS, B. de S. A difícil democracia: reinventar as esquerdas. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.
SANTOS JUNIOR, J. C. dos; SILVA, J. R. G.; ZAGANELLI, M. V. Mistanasia: inefficienza delle politiche pubbliche, violenza e vulnerabilità sociale. Linkscienceplace, [s. l.], v. 4, n. 5, p. 31-48, out./dez. 2017.
SILVA, H. F. da. A Imunidade tributária dos templos religiosos – um debate entre o estado, o direito e a religião no séc. XXI. Araucaria - Revista Iberoamericana de Filosofía, Política, Humanidades y Relaciones Internacionales, [s. l.], v. 26, n. 55, p. 129-151, 2024.
VALDES, E. G. Los deberes positivos generales y su fundamentación. DOXA – Cuadernos de Filosofía del Derecho, Espanha, n. 2, p. 17-33, 1986a. DOI: https://doi.org/10.14198/DOXA1986.3.01
VALDÉS, E. G. Algunos comentarios críticos a las críticas de Juan Carlos Bayón y Francisco Laporta. DOXA – Cuadernos de Filosofía del Derecho, Espanha, n. 3 p. 65-68, 1986b. DOI: https://doi.org/10.14198/DOXA1986.3.04
WOLKMER, A. C. Pluralismo jurídico, direitos humanos e interculturalidade. Sequencia, Florianópolis, v. 27, n. 53, p. 113-128, 2006. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15095. Acesso em: 09 nov. 2023.
ZAGANELLI, M. V.; SOUZA, C. H. M. de; CABRAL, H. L. T. B.; SANCHES, L. C. Eutanásia social: “morte miserável” e a judicialização da saúde. Rivista Derecho y Cambio Social, [s. l.], v. 13, n. 42, p. 1-8, 2016. Disponível em: https://www.derechoycambiosocial.org/index.php/revista/article/view/2103. Acesso em: 12 nov. 2023.
ZIZEK, S. Lo spettro dell'ideologia. In: ZIZEK, S. (org). Um mapa da ideologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996a. p. 7-38.
ZIZEK, S. Como Marx inventou o sintoma? In: ZIZEK, S. (org). Um mapa da ideologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996b. p. 297-332.

Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Pensar - Revista de Ciências Jurídicas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Este é um artigo publicado em acesso aberto sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC-BY 4.0), que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente citado.
Para mais informações, consulte: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/