A originalidade (e a complexidade) do sistema jurídico da União Europeia entre modelos internacionais e experiências estatais
DOI:
https://doi.org/10.5020/2317-2150.2025.16346Palavras-chave:
União Europeia, sistema jurídico, integração europeia, direito comparadoResumo
Nascido de uma contribuição para a atividade de pesquisa desenvolvida no âmbito do Mestrado «Teoria da Complexidade Estatal. Ciclo de Lições Internacionais. Organização política e estrutura de poderes», dirigido pelo Prof. Humberto Cunha na Universidade de Fortaleza (UNIFOR), o presente artigo propõe-se a ilustrar como a originalidade e a complexidade — se não a própria essência — do sistema da União Europeia (UE) residem no fato de que este escapa, em grande parte, às categorias usuais do direito público e do direito das organizações internacionais. Da análise do seu ordenamento jurídico, do seu funcionamento e da sua evolução resulta, com efeito, que ele tenha, sob certos aspectos, tomado emprestados elementos de diversos modelos estatais e internacionais e, sob outros, deles se tenha distanciado, traçando um percurso autônomo e inovador, o qual contribuiu de modo significativo para o êxito do processo de integração europeia. A análise é igualmente desenvolvida sob uma ótica comparativa, com referência a outros ordenamentos nacionais e internacionais, em particular de natureza confederal e federal.
Downloads
Referências
BIEBER, R.; JACQUÉ, J-P.; WEILER, J. H. H. (orgs.). L’Europe de demain: une Union sans cesse plus étroite: analyse critique du projet de traité instituant l'Union européenne. Bruxelles : Bruylant, 1985.
BLANQUET, M. Affirmation du principe de primauté. CJCE, n° 6/64, 15 juill. 1964. Costa c/ ENEL, Les grands arrêts de la Cour de justice de l’Union européenne. Droit constitutionnel et institutionnel de l’Union européenne, Paris, 2023. p. 892-s.
BUSQUETS, P. B. Constitutional theory of federalism and the European Union. European Constitutional Law Review, [s. l.], v. 20, n. 4, p. 713-729, 2024. DOI: https://doi.org/10.1017/S1574019624000385
CAPUANO, V.; SCHEPISI, C. Primato del diritto dell’Unione europea, giudice nazionale e dialogo con le Corti : quali nuovi equilibri?. Eurojus, [s. l.], fascicolo speciale, p. 1-152, set. 2025. Disponibile presso: https://rivista.eurojus.it/wp-content/uploads/pdf/FASCICOLO-PRIMATO-definitivo.pdf. accesso a: 30 set. 2025.
CASOLARI, F. Leale cooperazione tra Stati membri e Unione europea: Studio sulla partecipazione all’Unione al tempo delle crisi. Napoli: Editoriale Scientifica, 2020.
CLAPIÉ, M. Manuel d’institutions européennes. 3. éd. Paris: Flammarion, 2006.
COLEFELICE, A. Parliamentary Institutions in Regional and International Governance: Functions and Powers. Londres: Routledge, 2018.
CONFORTI, B. Sulla natura giuridica delle Comunità europee, in Scritti dedicati ad Alessandro Raselli. Milano: Giuffrè, 1971. p. 563-572.
CONSTANTINESCO, V. Europe fédérale ou fédération d’Etats-nations? In: DEHOUSSE, R. (dir.). Une constitution pour l’Europe. Paris: Presses de Sciences Po, 2002. Chapitre 5, p. 115-149.
CRISAFULLI, V. Lezioni di diritto costituzionale. Padova: CEDAM, 1993. Vol. II/1 : L’ordinamento costituzionale italiano. Le fonti normative
DANIELE, L. Diritto dell’Unione europea. Milano: Giuffrè, 2014.
DE VERGOTTINI, G. Diritto costituzionale comparato. Padova: CEDAM, 2022.
DE WITTE, B. The Continuous Significance of Van Gend en Loos. In: POIARES MADURO, L. M.; AZOULAI, L. (eds.). The past and future of EU law: the classics of EU law revisited on the 50th anniversary of the Rome Treaty. Oxford: Hart, 2010. p. 9-15.
DE WITTE, B. The European Union as an International Legal Experiment. In: DE BURCA, G.; WEILER, J. H. H. (eds.). The Worlds of European Constitutionalism. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. p. 19-56.
DUMONT, H; EL BERHOUMI, M. Les formes juridiques fédératives d’association et de dissociation dans et entre les États. Droit et société, [s. l.], v. 98, n. 1, p. 15-36, 2018.
FERRARI-BRAVO, L.; MOAVERO-MILANESI, E. Lezioni di diritto comunitario. Napoli: Jovene, 1997.
GUZZI, V. Manuale di diritto e politica dell’Unione europea. Napoli: Jovene, 2000.
JACQUÉ, J-P. Droit institutionnel de l’Union européenne. 8. éd. Paris: Dalloz, 2015.
MAGNETTE, P. Le régime politique de l’Union européenne. Paris: Presses de Sciences Po, 2023.
MANCINI, G. F. (org.). Democrazia e costituzionalismo nell’Unione europea. Bologna: Il Mulino, 2004.
NOWAK, J. E.; ROTUNDA, R. D. Constitutional Law. St. Paul: West Publishing, 2000.
OLIVI, B. L’Europe difficile – Storia politica della Comunità europea. Bologna: Il Mulino, 1998.
PALERMO, F.; KÖSSLER, K. Comparative Federalism: Constitutional Arrangements and Case Law. Oxford: Hart, 2017.
PESCATORE, P. Van gend en Loos, 3 February 1963 - A View from Within. In: MADURO, M. P.; AZOULAI, L. (eds.). The past and future of EU law: the classics of EU law revisited on the 50th anniversary of the Rome Treaty. Oxford : Hart Publishing, 2010. p. 432-559.
POCAR, F. Lezioni di diritto delle Comunità europee. Milano: Giuffrè, 1997.
PONZANO, P. Une réforme fédérale de l’Union européenne. Revue du droit de l’Union européenne, [s. l.], spec., p. 163-166, 2022.
REUTER, P. La Communauté européenne du Charbon et de l’Acier. Paris: LGDJ, 1953.
RONCHETTI, L. Sovranazionalità senza sovranità: la Commissione e il Parlamento dell’UE. Politica del diritto, [s. l.], v. 32, n. 2, p. 197-256, 2001.
ROSSI, L. S. Le principe de primauté en tant que « règle de cohésion » de l’ordre juridique de l’Union européenne. Cahiers de droit européen, [s. l.], n. 1, p. 39 à 60, 2023-2025.
TIZZANO, A. Il costituzionalismo europeo nell’età dell’incertezza. Il diritto dell’Unione europea, [s. l.], n.2, p. 363-372, 2023.
VELLANO, M. Brexit e oltre. In: MANZINI, P.; VELLANO, M. Unione europea 2020: I dodici mesi che hanno segnato l’integrazione europea. Milano: Wolters Kluwer, 2021. p. 3-27.
VERGOTTINI, G. de. Diritto costituzionale comparato. Padova: CEDAM, 2022.
WATTS, A. Federal and Confederal Systems. Montreal: McGill-Queen’s University Press, 1999.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Pensar - Revista de Ciências Jurídicas

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Este é um artigo publicado em acesso aberto sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC-BY 4.0), que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente citado.
Para mais informações, consulte: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/










