Os “hooligans” brasileiros e algumas práticas antidemocráticas atuais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2317-2150.2024.14996

Palavras-chave:

atos antidemocráticos, estado democrático de direito, inquérito n. 4.781/DF, neoliberalismo econômico

Resumo

O artigo analisa algumas das práticas antidemocráticas brasileiras contemporâneas notadamente no espaço temporal de 2018 até 2022. Tem-se por objetivo central diagnosticar um dos principais equívocos que ainda ressoa no imaginário social brasileiro: que nesse período o ocupante temporário do Executivo federal jogava dentro das “quatro linhas da constituição”. Para compreender essa fábula desenvolvem-se (i) a teoria da ignorância racional (Brennan, 2016), que fornece as bases teóricas para as análises; (ii) o argumento de que o neoliberalismo econômico possui uma faceta incompatível com o Estado democrático de direito, embora apresente um “verniz democrático”; (iii) um exemplo concreto sobre os limites da democracia no enfrentamento das práticas antidemocráticas no inquérito n. 4.781/DF, ainda em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Para tanto, utiliza-se a pesquisa teórica documental conjugada com a técnica de revisão sistemática de literatura para fundamentar a absoluta incompatibilidade entre certas ideias e práticas com o Estado democrático de direito. Um dos resultados encontrados pelo artigo permite afirmar que o neoliberalismo econômico possui parcela significativa de responsabilidade sobre as práticas antidemocráticas jogadas dentro das “quatro linhas da constituição”. Em conclusão, sustenta-se que o mencionado inquérito oferece respostas institucionais necessárias, porém, insuficientes para superar essa fábula que ainda paira no tempo presente.

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Biografia do Autor

Wagner Vinícius de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas, Tocantins, Brasil.

Doutor em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, mestre em direito pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU, bacharel em direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas, professor dos cursos de graduação em direito (Arraias/TO) e de especialização em direito e processo constitucional (Palmas/TO), ambos pela Universidade Federal do Tocantins - UFT.

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Publicado

2024-12-10

Edição

Seção

Artigos