Ensino jurídico e inteligência artificial: primeiro esboço de uma abordagem civil-constitucional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2317-2150.2023.14450

Palavras-chave:

Inteligência artificial, Direito civil-constitucional, ensino jurídico

Resumo

Com o desenvolvimento recente de novas aplicações dotadas de inteligência artificial, crescem os debates em torno não apenas de suas repercussões jurídicas, mas também de seus eventuais impactos sobre a própria formação dos profissionais do Direito e sobre suas carreiras no futuro próximo. O presente ensaio busca analisar algumas possíveis repercussões sobre o ensino do Direito do crescimento recente de tecnologias dotadas de inteligência artificial. Analisam-se, em particular: as propostas de criação de disciplinas específicas nas grades curriculares dos cursos jurídicos para o estudo da interação entre Direito e tecnologia; as propostas de inserção do treinamento de estudantes para o uso de sistemas inteligentes no currículo dos cursos jurídicos; e, por fim, a tese de que a inteligência artificial substituiria as funções atuais do ensino universitário do Direito. O trabalho adota a perspectiva civil-constitucional e busca destacar o risco de que as tendências ora referidas promovam a substituição dos valores do ordenamento, notadamente a tutela da dignidade humana, pelos interesses do mercado.

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Biografia do Autor

Eduardo Nunes de Souza, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Doutor e mestre em Direito Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professor associado de Direito Civil da Faculdade de Direito da UERJ e professor permanente dos cursos de Mestrado e Doutorado em Direito Civil do Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ.

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Publicado

2023-06-30

Edição

Seção

Artigos