Ecossistemas de Empresas Sociais: Uma Perspectiva Internacional
DOI:
https://doi.org/10.5020/2318-0722.2024.30.e14026Palavras-chave:
empresas sociais, negócios sociais, investimento de impacto, ecossistemasResumo
O objetivo desta pesquisa é oferecer uma perspectiva do ecossistema internacional de empresas sociais a partir das percepções e expectativas de investidores, empreendedores, representantes de instituições de finanças sociais, governos, ONGs, aceleradoras, agentes de responsabilidade social corporativa e consultores, com vistas a identificar caminhos para fortalecimento do campo no Brasil. Recorre-se à literatura de empresas sociais e ecossistemas de empresas sociais. Através de uma abordagem qualitativa exploratória, foram conduzidas 29 entrevistas semiestruturadas, complementadas com coleta documental. A análise, a partir das perspectivas de atores internacionais, reforça a importância de três possíveis elementos para consideração no Brasil: a diversificação dos investimentos de impacto, a qualificação dos empreendedores sociais e o incentivo e a promoção de um movimento global para uma nova mentalidade. Os resultados sintetizam uma estrutura para a promoção dos ecossistemas de empresas sociais, contribuindo para o debate brasileiro e a promoção do conhecimento no campo. A partir das perspectivas de atores internacionais, o estudo agrega novos dados para pesquisas futuras assim como formas práticas de promover o ecossistema de empresas sociais.
Downloads
Referências
Adner, R. (2017). Ecosystem as structure: An actionable construct for strategy. Journal of management, 43(1), 39-58. https://doi.org/10.1177/0149206316678451
Agrawal, A., & Hockerts, K. (2019). Impact investing: Review and research agenda. Journal of Small Business & Entrepreneurship, 33(3), 1-29. https://doi.org/10.1080/08276331.2018.1551457
Aliança pelos Investimentos e Negócios de Impacto. (2020). O ecossistema de investimentos e negócios de impacto entre 2015 e 2020: Evidências e Relatos sobre os Avanços do Campo no Brasil a partir de 15 Recomendações. Instituto da Cidadania Empresarial. https://aliancapeloimpacto.org.br/wp-content/uploads/2020/12/2020-relatorioalianca-15-20-v09.pdf
Altman, E. J., Nagle, F., & Tushman, M. L. (2022). The translucent hand of managed ecosystems: Engaging communities for value creation and capture. Academy of Management Annals, 16(1), 70-101. http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.3344435
Austin, J., Stevenson, H., & Wei‐Skillern, J. (2006). Social and commercial entrepreneurship: Same, different, or both? Entrepreneurship theory and practice, 30(1), 1-22. https://doi.org/10.5700/rausp1055
Bacq, S., & Lumpkin, T. (2020). Social Entrepreneurship and COVID‐19. Journal of Management Studies, 58(1), 285-288. https://doi.org/10.1111/joms.12641
Bardin, L. (2004). Análise de Conteúdo (3a ed.). Edições 70.
Battilana, J., Obloj, T., Pache, A., & Sengul, M. (2020). Beyond Shareholder Value Maximization: Accounting for Financial/Social Tradeoffs in Dual-Purpose Companies. Academy of Management Review, 47(2), 237-260. https://doi.org/10.5465/amr.2019.0386
Battilana, J., & Dorado, S. (2010). Building sustainable hybrid organizations: The case of commercial microfinance organizations. Academy of management Journal, 53(6), 1419-1440. https://doi.org/10.5465/AMJ.2010.57318391
Barki, E. (2015). Negócios de Impacto: Tendência ou Modismo?. GV Executivo, 14(1), 14-17. http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/gvexecutivo/article/viewFile/49183/47996
Barki, E., Rodrigues, J., & Comini, G. M. (2020). Negócios de Impacto: Um Conceito em Construção. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 9(4), 477-501. https://doi.org/10.14211/regepe.v9i4.1980
Biggs, R., Westley, F., & Carpenter, S. (2010). Navigating the back loop: Fostering social innovation and transformation in ecosystem management. Ecology and society, 15(2). https://doi.org/10.5751/ES-03411-150209
Bozhikin, I., Macke, J., & Costa, L. F. (2019). The role of government and key non-state actors in social entrepreneurship. Journal of cleaner production,226, 730-747. https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2019.04.076
Bugg-Levine, A., & Emerson, J. (2011). Impact investing: Transforming how we make money while making a difference. Innovations: Technology, Governance, Globalization, 6(3), 9-18. https://doi.org/10.1162/INOV_a_00077
Bull, M., & Ridley-Duff, R. (2019). Towards an appreciation of ethics in social enterprise business models. Journal of Business Ethics, 159(3), 619-634. https://doi.org/10.1007/s10551-018-3794-5
Cohen, R., & Serafeim, G. (2020). How to Measure a Company’s Real Impact. Harvard Business Review.
Creswell, J. W. (2002). Educational research: Planning, conducting, and evaluating quantitative. Prentice Hall.
Dart, R. (2004). Being “business-like” in a nonprofit organization: A grounded and inductive typology. Nonprofit and voluntary sector quarterly, 33(2), 290-310. https://doi.org/10.1177/0899764004263522
Defourny, J., & Nyssens, M. (2017). Fundamentals for an international typology of social enterprise models. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and Nonprofit Organizations, 28(6), 2469-2497. https://doi.org/10.1007/s11266-017-9884-7
Hazenberg, R., Bajwa-Patel, M., Mazei, M., Roy, M. J., & Baglioni, S. (2016). The role of institutional and stakeholder networks in shaping social enterprise ecosystems in Europe. Social Enterprise Journal, 12(3), 302-321. https://doi.org/10.1108/SEJ-10-2016-0044
Hume, V., Davidson, A., & Guttentag, M. (2020). Investimentos de Impacto na América Latina: Tendências 2018 & 2019. Aspen Network of Development Entrepreneurs. https://andeglobal.org/wp-content/uploads/2021/02/LatAm-Impact-Investing-2018-2019-PT.pdf
Força Tarefa de Finanças Sociais. (2015). Carta de Princípios para Negócios de Impacto no Brasil. Instituto de Cidadania Empresarial (IEC). https://ice.org.br/wp-content/uploads/pdfs/Carta_Principios.pdf
Jones, M. B. (2007). The multiple sources of mission drift. Nonprofit and Voluntary Sector Quarterly, 36(2), 299-307. https://doi.org/10.1177/0899764007300385
Kapoor, R. (2018). Ecosystems: Broadening the locus of value creation. Journal of Organization Design, 7(1), 1-16. https://doi.org/10.1186/s41469-018-0035-4
Lopes, D da S., Jr., Vicente, M., Inacio, E., Jr., & Fischer, B. B. (2020). Fatores socioeconômicos como motivadores para o empreendedorismo social. Revista de Ciências da Administração, 22(56), 75-90. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2020.e61471
Letaifa, S. B., Reynoso, J. (2015). Toward a service ecosystem perspective at the base of the pyramid. Journal of Service Management, 26(5), 684-705. https://doi.org/10.1108/JOSM-04-2015-0133
Lutz, F., Petrini, M., & Delgado, N. A. (2023). Beyond mission drift: understanding the spaces of vulnerability in social enterprises’ missions. Social Enterprise Journal, 19(5), 519-535. https://doi.org/10.1108/SEJ-11-2022-0104
Mair, J., & Rathert, N. (2020). Let us Talk about Problems: Advancing Research on Hybrid Organizing, Social Enterprises, and Institutional Context. In D. A. Anderson, M. Lounsbury, & S. Paul (Eds.), Organizational Hybridity: Perspectives, Processes, Promises (Cap. 9, pp. 189-208). Emerald Publishing Limited.
Mazzei, M., & Roy, M. J. (2017). From policy to practice: Exploring practitioners’ perspectives on social enterprise policy claims. VOLUNTAS: International Journal of Voluntary and nonprofit organizations, 28(6), 2449-2468. https://doi.org/10.1007/s11266-017-9856-y
Nicolopoulou, K., Karataş‐Özkan, M., Vas, C., & Nouman, M. (2017). An incubation perspective on social innovation: The London Hub–a social incubator. R&D Management, 47(3), 368-384. https://doi.org/10.1111/radm.12179
Oliveira, P. R. V., Kieling, A. P., & Alberton, A (2021). Fazer o Bem Faz Bem: O Caso da A&P Alimentos. Revista Ciências Administrativas, 27(3), 1-13. https://doi.org/10.5020/2318-0722.2021.27.3.10317
Pipe Social. (2019). O que são negócios de impacto: características que definem empreendimentos como negócios de impacto. Instituto de Cidadania Empresarial (ICE).
Pandey, S., Lall, S., & Pandey, S. K. (2017). The appeal of social accelerators: What do social entrepreneurs value?. Journal of Social Entrepreneurship, 8(1), 88-109. 10.1080/19420676.2017.1299035
Pandit, V., & Tamhane, T. (2017). Impact investing: Purpose-driven finance finds its place in India. Global Impact Investing Network. https://thegiin.org/assets/Impact-investing-finds-its-place-in-India.pdf
Petrini, M., Scherer, P., & Back, L. (2016). Modelo de negócios com impacto social. Revista de Administração de Empresas, 56, 209-225.
Phillips, W., Lee, H., Ghobadian, A., O’Regan, N., & James, P. (2015). Social innovation and social entrepreneurship: A systematic review. Group & Organization Management, 40(3), 428-461. https://doi.org/10.1177/1059601114560063
Pipe Social (2019). 2º Mapa de Negócios de Impacto: Social+ Ambiental. Pipe Labo.
PNUD Brasil, Sebrae. (2018). Gestão do Conhecimento no Ecossistema de Negócios de Impacto no Brasil. Sebrae. https://sinapse.gife.org.br/download/gestao-de-conhecimento-no-ecossistema-de-negocios-de-impacto-no-brasil
Polese, F., Carrubbo, L., Bruni, R., & Maione, G. (2017). The viable system perspective of actors in eco-systems. The TQM Journal, 29(6), 783-799. https://doi.org/10.1108/TQM-05-2017-0055
Prahalad, C. K. (2009). The fortune at the bottom of the pyramid, revised and updated 5th anniversary edition: Eradicating poverty through profits. FT Press.
Roundy, P. T. (2017). Social entrepreneurship, and entrepreneurial ecosystems: Complementary or disjoint phenomena? International Journal of Social Economics, 44(9), 1252-1267. https://doi.org/10.1108/IJSE-02-2016-0045
Stam, E. (2015). Entrepreneurial ecosystems and regional policy: A sympathetic critique. European Planning Studies, 23(9), 1759-1769. https://doi.org/10.1080/09654313.2015.1061484
Sudek, R. (2006). Angel investment criteria. Journal of Small Business Strategy, 17(2), 89-104. https://libjournals.mtsu.edu/index.php/jsbs/article/view/68
Tekula, R., & Andersen, K. (2019). The role of government, nonprofit, and private facilitation of the impact investing marketplace. Public Performance & Management Review, 42(1), 142-161. https://doi.org/10.1080/15309576.2018.1495656
United Nations Development Programme. (2008). Creating value for all: Strategies for doing business with the poor. United Nations.
Walchhütter, S., & Iizuka, E. S. (2019). Tensões organizacionais inerentes como elemento distintivo à natureza dos negócios sociais. Revista de Ciências da Administração, 21(53) 129-143. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2019V21n53p129
Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e métodos. Bookman Editora.
Yunus, M. (2009). Creating a world without poverty: Social business and the future of capitalism. Public Affairs.
Zahra, S. A., & Nambisan, S. (2012). Entrepreneurship and strategic thinking in business ecosystems. Business horizons, 55(3), 219-229. https://doi.org/10.1016/j.bushor.2011.12.004
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Ciências Administrativas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Para publicação de trabalhos, os autores deverão assinar a Carta de Direitos Autorais, cujo modelo será enviado aos autores por e-mail, reservando os direitos, até mesmo de tradução, à RCA.
Para os textos que apresentam imagens (fotografias, retratos, obras de artes plásticas, desenhos fotografados, obras fotográficas em geral, mapas, figuras e outros), os autores devem encaminhar para a RCA carta original de autorização da empresa que detém a concessão e o direito de uso da imagem. A carta deve estar em papel timbrado e assinada pelo responsável da empresa, com autorização para o uso e a reprodução das imagens utilizadas no trabalho. O corpo da carta deve conter que a empresa é detentora dos direitos sobre as imagens e que dá direito de reprodução para a RCA. É importante salientar que os autores são responsáveis por eventuais problemas de direitos de reprodução das imagens que compõem o artigo.
A instituição e/ou qualquer dos organismos editoriais desta publicação NÃO SE RESPONSABILIZAM pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores