Influência do Lócus de Controle Na Resiliência de Pós-Graduandos: Um Estudo com Alunos dos Cursos de Negócios
DOI:
https://doi.org/10.5020/2318-0722.2022.28.e11846Palavras-chave:
resiliência, lócus de controle, programas de pós-graduação, stricto sensuResumo
Este artigo objetivou analisar a influência do lócus de controle na resiliência dos alunos de programas de pós-graduação stricto sensu da área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo. A amostra final foi composta de 145 alunos e os dados foram tratados por meio de estatística descritiva, análise fatorial e regressão múltipla. Dentre os resultados, evidencia-se que os alunos com lócus de controle interno predominante têm maiores estímulos para serem resilientes frente aos desafios diários da alta carga de estudos. Eles acreditam em seus esforços e habilidades para o alcance dos resultados, apresentam maior competência pessoal, aceitação de si mesmo e da vida e maior autoconfiança. Por outro lado, alunos com lócus de controle externo maior, encontram dificuldades de serem resilientes na competência pessoal e autoconfiança. O estudo, portanto, contribui com alunos e coordenadores dos programas de pós-graduação para maior entendimento do lócus de controle e suas influências na resiliência.
Downloads
Referências
Albuquerque, F. J. B., Vera Noriega, J. A., Martins, C. R., & Neves, M. T. S. (2008). Lócus de controle e bem-estar subjetivo em estudantes universitários da Paraíba. Psicologia para América Latina, (13). Link
Barlach, L., Limongi-França, A. C., & Malvezzi, S. (2008). O conceito de resiliência aplicado ao trabalho nas organizações. Interamerican Journal of Psychology, 42(1), 101-112. Link
Begley, T. M., & Boyd, D. P. (1987). Psychological characteristics associated with performance in entrepreneurial firms and smaller businesses. Journal of Business Venturing, 2(1), 79-93. DOI: 10.1016/0883-9026(87)90020-6
Burger, J. M. (1989). Negative reactions to increases in perceived personal control. Journal of Personality and Social Psychology, 56(2), 246-256. DOI: 10.1037/0022-3514.56.2.246
Carneiro, L. L., & Fernandes, S. R. P. (2015). Bem-estar pessoal nas organizações e lócus de controle no trabalho. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 15(3), 257-270. DOI: 10.17652/rpot/2015.3.599
Conner, D. R. (1995). Gerenciando na velocidade da mudança. Infobook.
Connor, K. M. (2006). Assessment of resilience in the aftermath of trauma. Journal of Clinical Psychiatry, 67(2), 46-49. Link
Coronado-Hijón, A., & Paneque Folch, M. (2015). Resiliencia al fracaso escolar y desventaja sociocultural: un reto para la Orientación y la Tutoría. In A. Jiménez, & C. Silva (Ed.). Trauma, Contexto y Exclusión. Promocionando la resiliência (pp. 119-128). Grupo Editorial Universitário.
Corrar, L. J., Paulo, E., Dias Filho, J. M., & Rodrigues, A. (2011). Análise multivariada para os cursos de administração, ciências contábeis e economia. Atlas.
Damascena, L. G., França, R. D., & Silva, J. D. G. (2016). Relação entre lócus de controle e resiliência: um estudo com profissionais contábeis. Revista Contemporânea de Contabilidade, 13(29), 69-90. DOI: 10.5007/2175-8069.2016v13n29p69
Dela Coleta, J. A. (1982). Atribuição de causalidade: teoria e pesquisa. Editora da Fundação Getúlio Vargas.
Denhardt, J., & Denhardt, R. (2010). Building organizational resilience and adaptive management. In J. W. Reich, A. J. Zautra, J. S. Hall (Ed.). Handbook of adult resilience (pp. 333-349). The Guilford Press.
Fernandes, B. V. R., Lima, D. H. S., Vieira, E. T., & Niyama, J. K. (2011). Análise da percepção dos docentes dos cursos de graduação em Ciências Contábeis do Brasil quanto ao processo de convergência às normas internacionais de contabilidade aplicadas no Brasil. Revista Contabilidade e Controladoria, 3(3), 24-50. DOI: 10.5380/rcc.v3i3.22049
Garmezy, N., Masten, A. S., & Tellegen, A. (1984). The study of stress and competence in children: A building block for developmental psychopathology. Child Development, 55(1), 97-111. DOI: 10.2307/1129837
Grotberg, E. H. (2005). Introdução: novas tendências em resiliência em Melilli. In E. N. S. Ojeda et al. (Ed.). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas (pp. 11-13). Artmed.
Hair Jr., Babin, B., Money, A., & Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Bookman Companhia.
Haveroth, J., Ganz, A. C. S., Bilk, Â., & Silva, M. Z. (2019). Relação entre lócus de controle e resiliência de acordo com as características sociais dos estudantes de Contabilidade. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade, 13(1), 110-131. DOI: 10.17524/repec.v13i1.1845
Kaufmann, P. J., Welsh, D. H. B., & Bushmarin, N. V. (2010). Lócus de controle e empreendedorismo na República Russa. Teoria e Prática do Empreendedorismo, 20(1), 43-56.
Klonowicz, T. (2001). Discontented people: reactivity and locus of control as determinants of subjective well-being. European Journal of Personality, 15(1), 29-47. DOI: 10.1002/per.387
La Rosa, J. (2012). Lócus de controle: uma escala de avaliação. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 7(03), 327-344.
Levenson, H. (1981). Differentiating among internality, powerful others, and chance. In H. M. Lefcourt (Ed.). Research with the locus of control construct (pp. 15-63). Academic Press.
Loosemore, M., & Lam, A. S. Y. (2004). The locus of control: A determinant of opportunistic behaviour in construction health and safety. Construction Management and Economics, 22(4), 385-394. DOI: 10.1080/0144619042000239997
Luthar, S. S. (1991). Vulnerability and resilience: A study of high-risk adolescents. Child Development, 62(3), 600-616. Link
Mansor, N., Che-Ahmad, A., Ahmad-Zaluki, N. A., & Osman, A. H. (2013). Corporate governance and earnings management: A study on the Malaysian family and non-family owned PLCs. Procedia Economics and Finance, 7, 221-229. DOI: 10.1016/S2212-5671(13)00238-4
Masten, A. S., & Wright, M. O. (2010). Resilience over the Lifespan: Developmental Perspectives on Resistance, Recovery, and Transformation. In J. W. Reich, A. J. Zautra, J. S. Hall (Ed.). Handbook of adult resilience (pp. 213-237). The Guilford Press.
Ng, T. W. H., Sorensen, K. L., & Eby, L. T. (2006). Locus of control at work: a meta-analysis. Journal of Organizational Behavior, 27(8), 1057-1087. Link
O’Brien, G. E. (1984). Lócus of control, word and retirement. In H. M. Lefcourt (Ed). Research with the Locus of control construct: Extensions and limitations (vol. 3, pp. 7-72). Academic Press.
Pesce, R. P., Assis, S. G., Avanci, J. Q., Santos, N. C., Malaquias, J. V., & Carvalhaes, R. (2005). Adaptação transcultural, confiabilidade e validade da escala de resiliência. Cadernos de Saúde Pública, 21(2), 436-448. DOI: 10.1590/S0102-311X2005000200010
Pettit, T. J., Fiksel, J., & Croxton, K. L. (2010). Ensuring supply chain resilience: development of a conceptual framework. Journal of Business Logistics, 31(1), 1-21. DOI: 10.1002/j.2158-1592.2010.tb00125.x
Portzky, M., Wagnild, G., De Bacquer, D., & Audenaert, K. (2010). Psychometric evaluation of the Dutch Resilience Scale RS-nl on 3265 healthy participants: a confirmation of the association between age and resilience found with the Swedish version. Scandinavian Journal of Caring Sciences, 24(Suppl. 1), 86-92. DOI: 10.1111/j.1471-6712.2010.00841.x
Reed, S. A., Kratchman, S. H., & Strawser, R. H. (1994). Job satisfaction, organizational commitment, and turnover intentions of United States accountants. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 7(1), 31-58. DOI: 10.1108/09513579410050371
Reich, J. W., Zautra, A. J., & Hall, J. S. (Ed.). (2010). Handbook of adult resilience. Guilford Press.
Richardson, G. E. (2002). The metatheory of resilience and resiliency. Journal of Clinical Psychology, 58(3), 307-321. DOI: 10.1002/jclp.10020
Rodrigues, D. M. (2007). Os aspectos cognitivos da qualidade de vida: um estudo entre as variáveis do lócus de controle e as do bem-estar subjetivo [Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Link
Rodrigues, D. M., & Pereira, C. A. A. (2007). A percepção de controle como fonte de bem-estar. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 7(3), 181-196. Link
Rogge, J. F. N., & Lourenço, M. L. (2015). A resiliência humana no ambiente acadêmico de cursos stricto sensu. Revista de Administração IMED, 5(3), 291-301. DOI: 10.18256/2237-7956/raimed.v5n3p
Rotter, J. B. (1966). Generalized expectancies for internal versus external control of reinforcement. Psychological monographs: General and applied, 80(1), 1-28. DOI: 10.1037/h0092976
Santos, A. C. M. (2011). Um estudo da associação da resiliência do gestor e o sucesso do empreendimento no contexto das micro e pequenas empresas [Dissertação de Mestrado, Faculdade Campo Limpo Paulista]. Link
Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. D. (2011). Relações entre bem-estar subjetivo e satisfação conjugal na abordagem da psicologia positiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(4), 658-665. DOI: 10.1590/S0102-79722011000400005
Serin, N. B., Serin, O., & Sahin, F. S. (2010). Factors affecting the locus of control of the university students. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 2(2), 449-452. Link
Silveira, D. R., & Mahfoud, M. (2008). Contribuições de Viktor Emil Frankl ao conceito de resiliência. Estudos de Psicologia, 25(4), 567-576. DOI: 10.1590/S0103-166X2008000400011
Tugade, M. M., & Fredrickson, B. L. (2004). Resilient individuals use positive emotions to bounce back from negative emotional experiences. Journal of Personality and Social Psychology, 86(2), 320. DOI: 10.1037/0022-3514.86.2.320
Vera Noriega, J. Á., Albuquerque, F. J. B. D., Laborín Alvarez, J. F., Oliveira, L. M. S., & Coronado, G. (2003). Locus de controle em uma população do nordeste brasileiro. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 19(3), 211-220. DOI: 10.1590/S0102-37722003000300003
Wagnild, G. M., & Young, H. M. (1993). Development and psychometric. Journal of Nursing Measurement, 1(2), 165-178.
Xue, S., Kidd, M. P., Le, A. T., Kirk, K., & Martin, N. G. (2020). The role of locus of control in adulthood outcomes: Evidence from Australian twins. Journal of Economic Behavior & Organization, 179, 566-588. DOI: 10.1016/j.jebo.2020.09.018
Zautra, A. J., Hall, J. S., & Murray, K. E. (2010). Resilience: a new definition of health for people and communities. In J. R. Reich, A. J. Zautra, & J. S. Hall (Ed.). Handbook of Adult Resilience (pp. 3-30). Guilford.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Ciências Administrativas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Para publicação de trabalhos, os autores deverão assinar a Carta de Direitos Autorais, cujo modelo será enviado aos autores por e-mail, reservando os direitos, até mesmo de tradução, à RCA.
Para os textos que apresentam imagens (fotografias, retratos, obras de artes plásticas, desenhos fotografados, obras fotográficas em geral, mapas, figuras e outros), os autores devem encaminhar para a RCA carta original de autorização da empresa que detém a concessão e o direito de uso da imagem. A carta deve estar em papel timbrado e assinada pelo responsável da empresa, com autorização para o uso e a reprodução das imagens utilizadas no trabalho. O corpo da carta deve conter que a empresa é detentora dos direitos sobre as imagens e que dá direito de reprodução para a RCA. É importante salientar que os autores são responsáveis por eventuais problemas de direitos de reprodução das imagens que compõem o artigo.
A instituição e/ou qualquer dos organismos editoriais desta publicação NÃO SE RESPONSABILIZAM pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores