Educação alimentar e nutricional para o controle de comorbidades em pessoas com doenças infecciosas
DOI:
https://doi.org/10.5020/18061230.2017.p141Palavras-chave:
Educação Alimentar e Nutricional, Assistência Ambulatorial, Comportamento Alimentar.Resumo
Objetivo: Relatar a experiência da implantação de práticas de educação alimentar e nutricional (EAN) em grupo, para melhoria de adesão às orientações nutricionais, para pessoas com doenças infecciosas. Síntese de dados: Trata-se de um relato de experiência de atividade de educação alimentar e nutricional realizada no período de abril a novembro de 2015, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Rio de Janeiro. Doze indivíduos portadores de doenças infecciosas e parasitárias, de ambos os sexos, com diagnósticos de excesso de peso e de síndrome metabólica participaram de sete oficinas temáticas mensais. Foram abordados temas relevantes para o tratamento da síndrome metabólica e do excesso de peso por meio de rodas de conversa, dinâmicas e distribuição de folhetos explicativos. Durante as oficinas, foram identificados de forma clara comportamentos alimentares que não correspondiam à orientação nutricional prévia fornecida na consulta individual e que dificultavam o controle das condições clínicas presentes na síndrome metabólica e excesso de peso. Nas oficinas, os participantes consolidaram o conhecimento sobre práticas alimentares saudáveis e, com a troca de experiência, sentiram-se mais seguros e motivados para superarem as dificuldades durante o tratamento nutricional. Conclusão: Observou-se que os participantes consolidaram seus conhecimentos e a autonomia para escolhas alimentares saudáveis e, com a troca de experiência, sentiram-se mais seguros e motivados para superarem as dificuldades durante o tratamento nutricional. Portanto, a implementação da EAN em grupo foi efetiva na melhora da adesão às orientações nutricionais, refletindo em novos relatos de práticas alimentares saudáveis.Downloads
Referências
Ministério da Saúde (BR). Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8ª ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
Nguyen KA, Peer N, Mills EJ, Kengne AP. A meta-analysis of the metabolic syndrome prevalence in the global HIV-infected population. PLoS ONE. 2016;11(3):e0150970.
Jackson Y, Castillo S, Hammond P, Besson M, Brawand-Bron A, Urzola D, et al. Metabolic, mental health, behavioural and socioeconomic characteristics of migrants with Chagas disease in a non-endemic country. Trop Med Int Health. 2012;17(5):595-603.
Ministério da Saúde (BR). Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em adultos. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.
Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Diabetes, Associação Brasileira para Estudos da Obesidade. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arq Bras Cardiol. 2005;84(1):3-28.
World Health Organization - WHO. Reducing risks, promoting healthy life. Geneva: WHO; 2002.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 [Internet]. Rio de Janeiro: IBGE; 2010 [acesso em 2016 Jun 10]. Disponivel em: http//: www.ibge.gov.br
Jung RT. Obesity as a disease. Brit Med Bull. 1997;53(2):307-21.
Ministério da Saúde (BR), Coordenação-Geral de Educação Alimentar e Nutricional. Relatório final do Encontro de Educação Alimentar e Nutricional: discutindo diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
Levy RB, Claro RM, Mondini L, Sichieri R, Monteiro CA. Distribuição regional e socioeconômica da disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil em 2008-2009. Rev Saúde Pública. 2012;46 (1):6-15.
Janda M, Zeidler D, Bohm G, Schoberberger R. An instrument to measure adherence to weight loss programs: the Compliance Praxis Survey-Diet (COMPASS-Diet). Nutrients. 2013;5(10):3828-38.
Chimenti BM, Bruno MLM, Nakasato M, Isosaki M. Estudo sobre adesão: fatores intervenientes na dieta hipocalórica de coronariopatas internados em um hospital público de São Paulo. Rev Bras Nutr Clin. 2006;21(3):204-10.
Meirelles ARN, Luedy A, Menezes D, Ribeiro H. Implantação de um programa de educação do paciente em um hospital público. Rev Baiana Saúde Pública. 2015;39(3):668-80.
Pereira MA, Pereira AA, Leão JM, Lisboa LCV, Elias MAR, Ghetti FF, et al. Desafios e reflexões na implantação de um programa de educação alimentar e nutricional (EAN) em indivíduos com excesso de peso. Rev Bras Promoç Saúde. 2015;28(2):290-6.
Franzoni B, Lima LA, Castoldi L, Labrêa MGA. Avaliação da efetividade na mudança de hábitos com intervenção nutricional em grupo. Ciênc Saúde Coletiva. 2013;18(12):3751-8.
Moreira P, Romualdo MCS, Amparo FC, Paiva C, Alves R, Magnoni D, et al. A educação nutricional em grupo e sua efetividade no tratamento de pacientes obesos. RBONE. 2012;6(35):216-24.
Ferreira FB, Fraga JCS, Nunes JP, Liberali R, Navarro F. Alterações antropométricas de pacientes obesos submetidos a um tratamento multidisciplinar da obesidade em Porto Alegre. RBONE. 2009;3(16):290-7.
Dias LCGD, Fioravante M, Zacarin JF, Lopes TVC. Reeducação alimentar no programa de saúde da família: relato de experiência. Rev Ciênc Ext. 2008;4(1):122-8.
Maffacciolli R, Lopes MJM. Educação em Saúde: a orientação alimentar através de atividades de grupo. Acta Paul Enferm. 2005;18(4):439-45.
Diogo MJDE, Ceolim MF, Cintra FA. Implantação do grupo de atenção à saúde do idoso (GRASI) no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (SP): relato de experiência. Rev Latinoam Enferm. 2000;8(5):85-90.
World Health Organization - WHO. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO Consultation. Geneva: WHO; 2000. (Technical Report Series 894).
Sociedade Brasileira de Cardiologia. V Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Diretrizes de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da SBC. Arq Bras Cardiol. 2013;101(4 Supl 1):1-22.
Garcia S, Koyama MAH. Estigma, discriminação e HIV/Aids no contexto brasileiro, 1998 e 2005. Rev Saúde Pública. 2008;42(Supl 1):72-83.
Parker R, Agleton P. Estigma, discriminação e AIDS. Rio de Janeiro: Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS; 2001. (Coleção ABIA, Cidadania e Direitos, 1).
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentos regionais brasileiros. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar: como ter uma alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde; [s.d.]. (Guia de bolso).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os manuscritos apresentados devem destinar-se exclusivamente à RBPS, não sendo permitida sua apresentação a outro periódico. Junto ao envio do manuscrito, autores devem encaminhar a Declaração de Responsabilidade e de Direitos Autorais assinada por todos os autores, bem como, sua contribuição individual na confecção do mesmo e deverá ser enviada no formato pdf.
O autor poderá depositar a versão final do artigo, com revisão por pares “postprint” em qualquer repositório ou website de acordo com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.