Logística Reversa como Mediadora entre Coopetição e Desempenho Operacional Ambiental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2022.28.e10581

Palavras-chave:

Coopetição, Gestão da Logística Reversa, Desempenho Operacional e Ambiental, Sustentabilidade Ambiental

Resumo

Para a preservação do meio ambiente, empresas têm na gestão da logística reversa (GLR) um importante instrumento para apoiar os mecanismos estratégicos da coopetição (COOP). Nesse sentido, esse estudo teve como objetivo examinar o impacto mediador da GLR na relação entre o COOP e o desempenho operacional ambiental (DOA). Para tanto, realizou-se um estudo composto de duas fases. A primeira, de natureza exploratória do tipo qualitativo, utilizou-se de quatro entrevistas em profundidade para conhecer com maior profundidade o relacionamento entre os constructos GLR, COOP e DOA, bem como obter subsídios para refinar o modelo teórico de mensuração e construir um questionário para ser utilizado na segunda fase. De posse dos resultados do estudo exploratório qualitativo, prosseguiu-se para segunda fase, de natureza descritiva do tipo quantitativo. Nessa fase utilizou-se de uma amostra de 75 empresas do setor eletroeletrônico. Os dados coletados foram tratados pela técnica da modelagem em equações estruturais para examinar a significância estatística do relacionamento entre os constructos do modelo de mensuração. O resultado evidenciou que a GLR medeia totalmente a relação entre COOP e DOA, denotando a importância da GLR nas tomadas de decisões estratégicas da COOP que levam à eficiência do DOA.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Robson Esteves, Universidade de São Caetano do Sul (USCS)

Mestre em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Professor visitante nos cursos de MBAs da Universidade de São Caetano do Sul (USCS).

Roberto Giro Moori, Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

Doutor e Mestre em Engenharia da Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Professor e Pesquisador do Centro de Ciências Sociais e Aplicada da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Adriana Beatriz Madeira, Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

Doutora e Mestre em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP). Professora do Centro de Ciências Sociais e Aplicada da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Referências

ABDULLAH, N. A. H. N.; YAAKUB, S. Reverse Logistics: Pressure for Adoption and the Impact on Firm’s Performance. International Journal of Business and Society, [S.l.], v. 15, n. 1, p. 151, 2014.

ABINEE. Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. Página Inicial. Disponível em: http://www.abinee.org.br/. Acesso em: 29 jul. 2017.

Bardin, J. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. 280p.

BARON, R. M.; KENNY, D. A. The moderator-mediator variable distinction in social psychological research: conceptual, strategic, and statistical considerations. Journal of Personality and Social Psychology, [S.l.], v. 51, n. 6, p. 1.173-1.182, 1986.

BENGTSSON, M.; KOCK, S. “Coopetition” in business networks - to cooperate and compete simultaneously. Industrial Marketing Management, New York, v. 29, n. 5, p. 411-426, sep. 2000.

BESSA, M. J. C.; CARVALHO, T.M. X. B. Tecnologia da informação aplicada à logística. Fortaleza: Revista Ciências Administrativas, [S.l.], v. 11, n. especial, p. 120-127, 2005.

Blackburn, J. D. et al. Reverse Supply Chains for Commercial Returns. California Management Review, Berkeley, v. 46, n. 2, p. 6-22, 2004.

BRASIL. Decreto Federal Nº 11.043, de 13 de abril de 2022. Aprova o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília: Presidência da República, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/agendaambientalurbana/lixao-zero/plano_nacional_de_residuos_solidos-1.pdf. Acesso em: 19abril. 2022.

CARTER, C. R.; ELLRAM, L. M. Reverse logistics: A review of the literature and framework for future investigation. Journal of Business Logistics, Hoboken, v. 19, n. 1, p. 85-102, 1998.

CHAVES, G.; BARBOSA, J. R.; ALCÂNTARA, R. L. C. Medidas de desempenho para avaliação da Logística reversa. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 31, 2011. Anais […]. Belo Horizonte: ABEPRO, 2011.

CORTE, V.;ARIA, M. Coopetition and sustainable competitive advantage. The case of tourist destinations. Tourism Management, [S.l.], v. 54, p. 524-540, 2016.

DAGNINO, G. V.; PADULA, G. Coopetition strategy: a new kind of interfirm dynamics for value creation. In: THE EUROPEAN ACADEMY OF MANAGEMENT ANNUAL CONFERENCE: INNOVATIVE RESEARCH IN MANAGEMENT, 2, 2002. Proceedings. Stockholm: [S.n.], 2002.

DAS, D.; CHAUDHARI, R. Reverse supply chain management in consumer electronics: an Indian perspective. International Journal of Logistics Systems and Management, [S.l.], v. 20, n. 3, p. 348-369, 2015.

ELETROS. Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos. Página Inicial. Disponível em: http://www.eletros.org.br/. Acesso em: 14 set. 2016.

FORNELL, C.; LARCKER, D. F. Evaluating structural equation models with unobservable variables and measurement error. Journal of Marketing Research, [S.l.], v. 18, n. 1, p. 39–50, 1981.

Govindan, K.; Bouzon, M. From a literature review to a multi-perspective framework for reverse logistics barriers and drivers. Journal of Cleaner Production, [S.l.], v. 187, p. 318 – 337, jun. 2018.

GREKOVA, K. et al. How environmental collaboration with suppliers and customers influences firm performance: evidence from Dutch food and beverage processors. Journal of Cleaner Production, [S.l.], v. 112, p. 1.861-1.871, 2016.

GUARNIERI, P. Logística reversa: em busca do equilíbrio econômico e ambiental. 2. ed. Recife: Clube dos Autores, 2011.

Hafezalkotob, A. Competition, cooperation, and coopetition of green supply chains under regulations on energy saving levels. Transportation Research Part E: Logistics and Transportation Review, [S.l.], v. 97, p. 228-250, 2017.

HAIR, J. F.; HULT, G. T.; RINGLE, C. M.A primer on partial least squares structural equation modeling (PLS-SEM). Los Angeles: Sage Publications, 2013. 307p.

IACOBUCCI, D.; SALDANHA, N.; DENG, X. A mediation on mediation: Evidence that structural equation models perform better than regression. Journal of Consumer Psychological, [S.l.], v. 7, n. 2, p. 140–154, 2007.

INPEV. Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias. Página Inicial. Disponível em: https://inpev.org.br/index. Acesso em: 22 fev. 2020.

JALALI, H. et al. Closed-loop supply chain models with coopetition options. International Journal of Production Research, [S.l.], v. 60, n. 10, p. 1-29, 2021.

JALALI, H. et al. Closed-loop supply chain with complementary products. International Journal of Production Economics, [S.l.], v. 229, p. 1-18, 2020.

JAYARAMAN, V.; ROSS, A. D.; AGARWAL, A. Role of information technology and collaboration in reverse logistics supply chains. International Journal of Logistics: Research and Applications, [S.l.], v. 11, n. 6, p. 409-425, 2008.

KLIMAS, P. Multifaced nature of coopetition inside an aviation supply chain. The case of aviation valley. Katowice. Journal of economics & management, [S.l.], v. 17, p. 95-119. 2014.

KUMAR, V. et al. Role of machine learning in green supply chain management and operations management. Materials Today: Proceedings, [S.l.], v. 51, part. 8, p. 2485-2489, 2022.

LAZZARINI, W. Gestão empresarial, sustentabilidade e competitividade. Gestão Empresarial e Sustentabilidade: Coleção Ambiental, [S.l.], v. 21, p. 74-99, 2017.

Manzhynski, S.; Figge, F. Coopetition for sustainability: Between organizational benefit and societal good. Business Strategy and the Environment, [S.l.], v.29, p.827– 837, 2020.

MORGAN, T. R.; RICHEY JR, R. G.; AUTRY, C. W. Developing a reverse logistics competency. International journal of physical distribution & logistics management, [S.l.], v. 46, n. 3, p. 293-315. 2016.

NALEBUFF, B. J.; BRANDENBURGER, A. M. Co-opetição. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. 308p.

NAZLI, T.; JANICE, C.; VEDAT, V. Strategic supply chain decisions under environmental regulations: When to invest in end-of-pipe and green technology. European jornal of operational research, [S.l.], v. 283, n. 2, p. 601-613, 2020.

NEELY, A.; GREGORY, M.; PLATTS, K. Performance measurement system design: A literature review and research agenda. International journal of operations & production management, [S.l.], v. 25, n. 12, p. 1.228-1.263, 2005.

ONUBR. Brasil produziu 14 milhões de toneladas de resíduos eletronicos em 2014, afirma novo relatório da ONU. Organização das Nações Unidas no Brasil, 2015. Disponível em https://nacoesunidas.org/brasil-produziu-14-milhao-de-toneladas-de-residuos-eletronicos-em-2014-afirma-novo-relatorio-da-onu/. Acesso em: 16 set. 2016. 2015.

PATHAK, S. D.; WU, Z.; JOHSTON, D. Toward a strucutural view of co-opetition in supply networks. Journal of operations management, [S.l.], v. 32, p. 254-267, 2014.

RAMIREZ, A. M. Product return and logistics knowledge: Influence on performance of the firm. Transportation Research Part E: Logistics and Transportation Review, [S.l.], v. 48, n. 6, p. 1.137-1.151, 2012.

RAZA-ULLAH, T.; BENGTSSON, M.; KOCH S. The coopetition paradox and tension in coopetition at multiple levels. Industrial Marketing Management, [S.l.], v. 43, n. 2, p. 189- 198, 2014.

REVEILLEAU, A. C. Política Nacional de Resíduos Sólidos: aspectos da responsabilidade dos geradores na cadeia do ciclo de vida do produto. Revista Internacional de Direito e Cidadania, [S.l.], n. 10, p. 163-174, 2011.

RITALA, P. Coopetition strategy. When is it successful? Empirical evidence on innovation and market performance. London. British Journal of Management, [S.l.], v. 23, n. 3, p. 307, sep. 2012.

ROGERS D. S.; TIBBEN-LEMBKE, R. S. Going backwards: reverse logistics trends and practices. Reno: Universidade de Nevada, 1998.

SHOCKLEY, J.; FETTER, G. Distribution co-opetition and multilevel inventory management performance: An industry analysis and simulation. Journal of purchasing & supply management, [S.l.], v. 21, p. 51-63, 2015.

SILVA FILHO, J. C. L. et al. Proposta de categorização dos estudos de logística reversa através de uma análise longitudinal da produção científica entre 2003 e 2009. Revista Ciências Administrativas, Fortaleza, v. 17, n. 3, p. 856-882, set-dez. 2011.

SOBEL, M. E. Asymptotic confidence intervals for indirect effects in structural equations model. In. LEINHART, S. (ed.). Sociological methodology. San Francisco: Jossey-Bass, 1982. p. 290-312.

SPEKMAN, R. E.; KAMAUFF JR., J. W.; MYHR, N. An empirical investigation into supply chain management: a perspective on partnerships. Supply Chain Management: An International Journal, [S.l.], v. 3, n. 2, p. 53-67, 1998.

SRIVASTAVA, S. K. Green supply-chain management: A state-of-the-art literature review. International Journal of Management Reviews, Oxford, v. 9, n. 1, p. 53-80, mar. 2007.

TENENHAUS, M. et al. PLS Path Modeling. Computational Statistics & Data Analysis, [S.l.], v. 48, p. 159-205, 2005.

TONI, D.; MAZZON, J. A. Teste de um modelo teórico sobre o valor percebido do preço de um produto. São Paulo: Revista de Administração, [S.l.], v. 49, n. 3, p. 549-565, 2014.

UNIDO. Manual on the development of cleaner production policies: approaches and instruments, Viena: UNIDO, 2002. Disponível em: http://www.unido.org/fileadmin/import/9750_0256406e.pdf. Acesso em: 17 abr. 2017. 2002.

VLACHOS, I. Reverse logistics capabilities and firm performance: the mediating role of business strategy. International Journal of Logistics Research and Applications, [S.l.], v. 19, n. 5, p. 424-442, 2016.

Waqas M. et al. Impact of Reverse Logistics Barriers on Sustainable Firm Performance via Reverse Logistics Practices. LogForum, [S.l.], v. 17, n. 2, p. 213-230,2020.

WETZELS, M.; ODEKERKEN-SCHRÖDER, G.; OPPEN, C. V. Using PLS path modeling for assessing hierarchical construct models: guidelines and empirical illustration. Quarterly, [S.l.], v. 33, n. 1, p. 177-195, 2009.

WU, Z.; CHOI, T. Y.; RUNGTUSANATHAM, M. J. Supplier-supplier relationships in buyer-supplier triads: Implications for supplier performance. Journal of Operations Management, [S.l.], v. 28, p. 115-123, 2010.

YANG, C-W.; LAI, T-T; CHEN, P-S. A Survey of Critical Success Factors in the Implementation of Reverse Logistics in Taiwan’s Optoelectronic Industry. IEEE Access, [S.l.], v. 8, p. 193890-193897, 2020.

Downloads

Publicado

22.10.2022

Como Citar

ESTEVES, R.; MOORI, R. G.; MADEIRA, A. B. Logística Reversa como Mediadora entre Coopetição e Desempenho Operacional Ambiental. Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 28, p. e10581, 2022. DOI: 10.5020/2318-0722.2022.28.e10581. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/10581. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos