Fatores que Influenciam a Aprendizagem Interorganizacional em uma Rede composta por Organizações de Diferentes Setores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2023.29.e13488

Palavras-chave:

aprendizagem interorganizacional, fatores da AIO, rede de aprendizagem, relacionamento interorganizacional, aprendizagem interfirmas

Resumo

Pesquisas anteriores sobre aprendizagem interorganizacional (AIO) concentram-se  na identificação dos fatores associados à aprendizagem sem a explicitação dos níveis de análise para seu gerenciamento, se rede ou organização. Esta pesquisa analisa os fatores que influenciam a AIO no nível da organização e da rede, e descreve os pontos chave a serem considerados na gestão da AIO em ambos os níveis. Foi realizado um estudo de caso em uma rede com organizações sem interdependência (econômica, de processos, de coprodução ou de natureza jurídica), configuração de rede pouco evidenciada na literatura. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com os representantes das organizações na rede e analisados qualitativamente, com o emprego de análise temática. Os resultados mostram que fatores externos à rede influenciam na motivação para sua criação ou reconfiguração; os fatores de rede afetam a aquisição de conhecimento pelas organizações participantes da rede, enquanto que os organizacionais se relacionam com a internalização do conhecimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carla Zandavalli, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Doutora em Engenharia e Gestão do Conhecimento, com ênfase em gestão do conhecimento. Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(2004).Possui Bacharelado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário de Maringá(2015) e graduação em Tecnologia em Processamento de dados pela Fundação Universidade do Contestado - Campus Concórdia (1997). É funcionária pública do Instituto Federal Catarinense, Reitoria - Blumenau,desde 2010, com experiência na Assessora de Relações Internacionais e Coordenação do Núcleo de Inovação Tecnológica.

Julieta Kaoru Watanabe-Wilbert, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Doutora em Engenharia e Gestão do Conhecimento na Universidade Federal de Santa Catarina (2019), é graduada em Engenharia Civil (Universidade Federal do Paraná, 1982), em Administração Postal (Escola Superior de Administração Postal,1986) com mestrado profissional em Educação para Adultos (Andragogia,Universidade de Strasbourg, França, 1997), mestrado em Administração Pública (Deutsche Hochschule für Verwaltungswissenschaften Speyer, Alemanha, 2002), MBA em Gestão para a Excelência pelo FNQ/SENAI (2008), mestrado e doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento (UFSC, 2015; 2019). Atuou como Analista Senior nos Correios, em Brasília, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, nas áreas de educação corporativa. Possui experiência como gestora e instrutora nas áreas de planejamento e gestão estratégica e qualidade,e projetos de TD. Atuou como examinadora do PNQ ciclos 2005, 2006 e 2013, e de prêmios estaduais e regionais vinculados à FNQ, desde 2005. Atualmente é pesquisadora voluntária no Núcleo de Estudos em Inteligência, Gestão e Tecnologia para Inovação (IGTI/EGC/UFSC) e possui publicações em periódicos científicos e capítulos de livros nacionais e internacionais no campo da gestão do conhecimento, aprendizagem interorganizacional e de redes interorganizacionais. Em 2023 iniciou pesquisa em temas relacionados ao envelhecimento populacional, relações interoperacionais e trabalhadores longevos no mercado laboral. 

Gertrudes Aparecida Dandolini, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Professora Titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre (1997) e Doutora em Engenharia de Produção (2000), e licenciada em Matemática (1992) pela UFSC. Foi professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) entre 1993 e 2007, onde foi coordenadora dos cursos de Lic. em Matemática presencial e do a distância. Foi pesquisadora da Universidade Aberta do Brasil (UAB) entre 2007 e 2011. Foi coordenadora e subcoordenadora do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC) entre 2016-2017 e 2018-2019, respectivamente. Atualmente é líder do Grupo de Pesquisa Inteligência, Gestão e Tecnologia para Inovação (IGTI) e membro do ENGIN - Engenharia da Integração e Governança do Conhecimento. Ministra na graduação: Teoria Geral dos Sistemas, Criatividade e Inovação e Gestão da Inovação. Na pós-graduação é professora do PPGEGC/UFSC na área de inovação. 

Andrea Valéria Steil, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil

Professora associada do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde coordena o Grupo Interdisciplinar de Estudos em Conhecimento, Aprendizagem e Memória Organizacional (KLOM) e o Laboratório de Aprendizagem, Conhecimento e Gestão em Organizações e Trabalho (LABPOT). Atua como professora no curso de Psicologia e no Programa de Pós-Graduação em Psicologia na UFSC. Realiza projetos nas áreas de intenções comportamentais em organizações e trabalho, retenção de talentos, desenvolvimento de habilidades sociais, aprendizagem de equipes e aprendizagem organizacional. Antes de ingressar na área acadêmica e científica, atuou por 10 anos em organizações com e sem fins lucrativos em cargos técnicos, gerenciais e diretivos.

Referências

Anand, A., Kringelum, L. B., Madsen, C. O., & SelivanovskikhF, L. (2020). Interorganizational learning: a bibliometric review and research agenda. The Learning Organization. doi: 10.1108/TLO-02- 2020-0023.

Avalos-Quispe, G. A. & Hernández-Simón, L. M. (2019). Open innovation in SMEs: Potential and realized absorptive capacity for Interorganizational learning in dyad collaborations with academia, Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 5(3), 72-86.

Balestrin, A.; Verschoore, J. R.; Reyes Jr., E. (2010). O Campo de Estudo sobre Redes de Cooperação Interorganizacional no Brasil, Revista em Administração Contemporânea, 14(3), 458-477.

Bastos, P. V., & Greve, H. R. (2003). Interorganizational learning and the location of manufacturing subsidiaries: Is chain migration also a corporate behavior?. In Geography and strategy, 20, 159-192.

Benavides-Espinosa, M. D. M. (2011). El conocimiento como recurso estratégico para el aprendizaje interorganizativo. Revista Venezolana de Gerencia, 16(56), 564-577.

Benn, S., Edwars, M. & Angus-Leppan, T. (2013) Organizational Learning and the Sustainability Community of Practice: The Role of Boundary Objects. Organization & Environment 26(2), 184–202.

Braun, V. & Clarke, V. (2012). Thematic Analysis. In: APA Handbook of Research Methods in Psychology. 2, 1947-1952.

Cembersi, M., Civelek, M. E., Gürol, Y. D., Cömert, P. N. (2021).¬ The Role of Network Learning Capability in the Relationship between Open Mindedness and Innovation Performance. Postmodern Openings, 12(4), 18-41.

Cheng, H. L. (2012). Effect of Organizational Politics on Non-dominant Firms: From Interorganizational Learning to Intraorganizational Learning. The Journal of Applied Behavioral Science, 48(4), 463-494.

Choi, S. & Ko, I. (2012). Leveraging electronic collaboration to promote interorganizational learning. International Journal of Information Management, 32(6), 550-559.

Crossan, M., Lane, H. & White, R. (1999). An organizational learning framework: from intuition to institution. The Academy of Management Review, 24(3), 522-537.

Dagnino, G.B., Levanti, G., Minà, A. & Picone, P.M. (2015), "Interorganizational network and innovation: a bibliometric study and proposed research agenda", Journal of Business & Industrial Marketing, 30(3/4), 354-377.

Dirani, K., Baldauf, J., Medina-Cetina, Z., Wowk, K., Herzka, S., Bolio, R. B., ... Ubando, L. A. M. (2021). Learning organization as a framework for networks’ learning and collaboration. The Learning Organization, 28(4), 428-443. Retrieved from https://doi.org/10.1108/TLO-05-2020-0089

Easterby-Smith, M., Lyles, M. A., & Tsang, E. W. (2008). Inter-organizational knowledge transfer: Current themes and future prospects. Journal of management studies, 45(4), 677-690.

Eiriz, V., Gonçalves, M., & Areias, J. S. (2017). Inter-organizational learning within an institutional knowledge network: a case study in the textile and clothing industry. European Journal of Innovation Management. 20(2), 230-249.

FNQ (2021, junho 06). Sobre o MEG. [Site] Recuperado de https://fnq.org.br/sobre-o-meg/

Greve, H. R. (2005). Inter-organizational learning and social structure. Organization Studies, 26, 1025-1047.

Gibb, J., Sune, A., & Albers, S. (2017). Network learning: Episodes of interorganizational learning towards a collective performance goal. European Management Journal, 35(1), 15-25.

Hartley, J. & Allison, M. (2002) Good, better, best? Interorganizational learning in a network of local authorities. Public Management Review. 4(1), 101-118.

Holmqvist, M. (2003). Intra-and interorganisational learning processes: an empirical comparison. Scandinavian journal of management, 19(4), 443-466.

Jones, O. & Macpherson, A. (2006). Inter-organizational learning and strategic renewal in SMEs: extending the 4I framework. Long Range Planning, 39(2), 155-175.

Kim, Y. C., Lu, J. W. & Rhee, M. (2012). Learning from age difference: Interorganizational learning and survival in Japanese foreign subsidiaries, Journal of International Business Studies. 43(8), 719-745.

Kull, T. J. & Ellis,S. C. (2016). Coping with dependence: a logistics strategy based on interorganizational learning for managing buyer–supplier relations, Journal of Business Logistics. 37(4), 346-363.

Lane, P. J., & Lubatkin, M. (1998). Relative absorptive capacity and interorganizational learning. Strategic management journal, 19(5), 461-477.

Larsson, R., Bengtsson, L., Henriksson, K., & Sparks, J. (1998). The interorganizational learning dilemma: Collective knowledge development in strategic alliances. Organization science, 9(3), 285-305.

Levinson, N. S. & Asahi, M. (1997). Cross-national alliances and interorganizational learning. IEEE Engineering Management Review. 25(3), 32-41.

Leung, A., Xu, H., Wu, G. J., & Luthans, K. W. (2019). Industry Peer Networks (IPNs) Cooperative and competitive interorganizational learning and network outcomes. Management Research Review, 42(1), 122-140.

Manuj, I., Omar, A. & Pohlen, T. L. (2014). Inter-Organizational Learning in Supply Chains: A Focus on Logistics Service Providers and Their Customers. Journal of Business Logistics. 35(2), 103-120.

Mariotti, F. (2012). Exploring interorganizational learning: a review of the literature and future directions. Knowledge and process Management, 19(4), 215-221.

Mellat-Parast, M. (2013). Supply chain quality management. International Journal of Quality & Reliability Management. 30(5), 511-529.

Merriam, S.B & Tisdell, E. J. Qualitative Research: a Guide to design and implementation, 4th ed., Jossey-Bass, San Francisco (2016).

Michailova, S. & Sidorova, E. (2011). From group-based work to organizational learning: therole of communication forms and knowledge sharing. Knowledge Management Research & Practice, 9, 73–83.

Möller, K., & Svahn, S. (2006). Role of knowledge in value creation in business nets. Journal of Management Studies, 43(5), 985-1007.

Mozzato, A. R. & Bitencourt, C. C. (2018) The process of interorganisational learning in the context of spatial agglomeration. International Journal of Innovation and Learning. 24(2), 176-199.

Peronard, J. P., & Brix, J. (2019). Organizing for inter-organizational learning in service networks. The Learning Organization, 26 (3), 276-288.

Pratono, A. H., Darmasetiawan, N. K., Yudiarso, A. & Jeong, B. G. (2019). Achieving sustainable competitive advantage through green entrepreneurial orientation and market orientation. The Bottom Line, 32(1), 2-15.

Rajala, A. (2018), Examining the effects of interorganizational learning on performance: a meta- analysis, Journal of Business and Industrial Marketing, 4(January), 574–584.

Rupčić, N. (2021). Interorganizational learning: a context-dependent process. The Learning Organization, 28 (2), 222-232.

Scott, J. E. (2000). Facilitating interorganizational learning with information technology. Journal of Management information systems, 17(2), 81-113.

Schildt, H., Keil, T. & Maula, M. (2012). The temporal effects of relative and firm‐level absorptive capacity on interorganizational learning. Strategic management journal, 33(10), 1154-1173.

Schumacher, T. (2015). Linking action learning and inter-organisational learning: the learning journey approach. Action Learning: Research and Practice, 12(3), 293-313 (2015).

Tynjälä, P. (2008). Perspectives into learning at the workplace. Educational research review, 3(2), 130-154.

Uzunca, B. (2018). Biological Children Versus Stepchildren: Interorganizational Learning Processes of Spinoff and Nonspinoff Suppliers. Journal of management, 44(8), 3258-3287.

Yang, S. M., Fang, S. C., Fang, S. R. & Chou, C. H. (2014). Knowledge exchange and knowledge protection in interorganizational learning: The ambidexterity perspective. Industrial Marketing Management. 43(2), 346-358.

Downloads

Publicado

06.02.2023

Como Citar

ZANDAVALLI, C.; WATANABE-WILBERT, J. K.; DANDOLINI, G. A.; STEIL, A. V. Fatores que Influenciam a Aprendizagem Interorganizacional em uma Rede composta por Organizações de Diferentes Setores . Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 29, p. 1–14, 2023. DOI: 10.5020/2318-0722.2023.29.e13488. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/13488. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos