Relações entre Cocriação de Valor e Lógica Dominante de Serviço em um Ecossistema de Assistência à Saúde: Análise Bibliométrica
DOI:
https://doi.org/10.5020/2318-0722.2023.29.e12909Palavras-chave:
lógica dominante de serviço, cocriação de valor, ecossistema de assistência à saúdeResumo
Este artigo teve o objetivo de analisar como a produção científica relaciona os conceitos da Lógica Dominante de Serviço e da Cocriação de Valor como componentes estruturantes de um Ecossistema de Assistência à Saúde, indicando os avanços da pesquisa acadêmica nos últimos 20 anos. Utilizou-se como metodologia a análise bibliométrica, por meio do software “VosViewer”, de dados de pesquisa realizada na Web of Science de 2000 a 2020. A partir da seleção de 905 artigos, analisaram-se títulos, resumos e palavras-chave, estabelecendo-se as relações entre os conceitos, identificando-se os autores de referência, redes de coautorias, e países onde foram publicados os artigos. Como resultado, detectou-se aumento recente das publicações sobre o tema com predominância de artigos que estudam relações entre dois desses conceitos por vez. Os artigos que relacionam todos os conceitos são poucos, porém consistentes com a tendência de aumento das pesquisas, demonstrando a pertinência do tema. Os autores tendem a se agrupar por idiomas de origem e países próximos aos países onde exercem sua atividade acadêmica. Concluiu-se que existe relação consistente entre os conceitos, detectável pela rede de cocitações, o que confirma a importância de as pesquisas relacionarem os conceitos de Cocriação de Valor e Lógica Dominante de Serviço, ao analisar Ecossistemas de Assistência à Saúde. Como limitação da pesquisa tem-se a utilização de um único banco de dados. Pesquisas futuras podem comparar resultados de outras bases e explorar práticas de cocriação no contexto da saúde em estudos de caso e pesquisas longitudinais.
Downloads
Referências
Anderson, L., & Ostrom, A. L. (2015). Transformative Service Research: advancing our knowledge about service and well-being. Journal of Service Research, 18(3), 243–249. https://doi.org/10.1177/1094670515591316
Ballantyne, D., & Aitken, R. (2007). Branding in B2B markets: insights from the service-dominant logic of marketing. Journal of Business and Industrial Marketing, 22(6), 363–371. https://doi.org/10.1108/08858620710780127
Ballantyne, D., & Varey, R. J. (2006). Creating value-in-use through marketing interaction: the exchange logic of relating, communicating and knowing. Marketing Theory, 6(3), 335–348. https://doi.org/10.1177/1470593106066795
Barile, S., Grimaldi, M., Loia, F., & Sirianni, C. A. (2020). Technology, value co-creation and innovation in service ecosystems: toward sustainable co-innovation. Sustainability, 12(7), 1-25. https://doi.org/10.3390/su12072759
Café, L. M. A., & Bräscher, M. (2008). Organização da informação e bibliometria. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 13(1). https://doi.org/10.5007/1518-2924.2008v13nesp1p54
Chandler, J. D., & Lusch, R. F. (2015). Service Systems: a broadened framework and research agenda on value propositions, engagement, and service experience. Journal of Service Research, 18(1), 6–22. https://doi.org/10.1177/1094670514537709
Frow, P., McColl-Kennedy, J. R., & Payne, A. (2016). Co-creation practices: their role in shaping a health care ecosystem. Industrial Marketing Management, 56, 24–39. https://doi.org/10.1016/j.indmarman.2016.03.007
Fusco, F., Marsilio, M., & Guglielmetti, C. (2020). Co-production in health policy and management: a comprehensive bibliometric review. BMC Health Services Research, 20(1), 504. https://doi.org/10.1186/s12913-020-05241-2
Greenhalgh, T., Jackson, C., Shaw, S., & Janamian, T. (2016). Achieving Research Impact Through Co-creation in Community-Based Health Services. Milbank Quarterly, 94(2), 392–429. https://doi.org/10.1111/1468-0009.12197
Grönroos, C. (2011). Value co-creation in service logic: a critical analysis. Marketing Theory, 11(3), 279–301. https://doi.org/10.1177/1470593111408177
Gummesson, E., & Polese, F. (2009). B2B is not an Island! Journal of Business and Industrial Marketing, 24(5), 337–350. https://doi.org/10.1108/08858620910966228
Payne, A. F., Storbacka, K., & Frow, P. (2008). Managing the co-creation of value. Journal of the Academy of Marketing Science, 36(1), 83–96. https://doi.org/10.1007/s11747-007-0070-0
Pinto, C. L., Vieira, K. C., & Veiga, R. T. (2019). O Campo de Estudos em Lógica Dominada pelo Serviço: uma análise bibliométrica. Revista FSA, 16(4), 20–36. https://doi.org/https://doi.org/10.12819/2019.16.4.2
Prado, J. W., Alcântara, V. de C., Carvalho, F. de M., Vieira, K. C., Machado, L. K. C., & Tonelli, D. F. (2016). Multivariate analysis of credit risk and bankruptcy research data: a bibliometric study involving different knowledge fields (1968–2014). Scientometrics, 106(3), 1007–1029. https://doi.org/10.1007/s11192-015-1829-6
Prahalad, C. K., Ramaswamy, V. (2000). Co-opting customer competence. Harvard Business Review, 78(1), 79–87. https://hbr.org/2000/01/co-opting-customer-competence
Prahalad, C. K., & Ramaswamy, V. (2003). The new frontier of experience innovation. MIT Sloan Management Review, 44(4), 12–19.
Prahalad, C. K., & Ramaswamy, V. (2004). Co-creation experiences: the next practice in value creation. Journal of Interactive Marketing, 18(3), 5–14. https://doi.org/10.1002/dir.20015
Ranjan, K. R., & Read, S. (2016). Value co-creation: concept and measurement. Journal of the Academy of Marketing Science, 44(3), 290–315. https://doi.org/10.1007/s11747-014-0397-2
Roquete, F. F., Ferraz, M. A., Vieira, A., & Silva, K. R. da. (2019). Gestores de serviços de saúde: a história de cada um sobre si. Revista de Gestão Em Sistemas de Saúde, 8(2), 177–188. https://doi.org/10.5585/rgss.v8i2.14927
Saha, V., Mani, V., & Goyal, P. (2020). Emerging trends in the literature of value co-creation: a bibliometric analysis. Benchmarking, 27(3), 981–1002. https://doi.org/10.1108/BIJ-07-2019-0342
Satur, R. V., Bastos, A. F. V., & Abreu, N. R. (2020). Os serviços de saúde e a autogestão da saúde dos usuários de plano público e de plano privado. Rev. Gest. Sist. Saúde, São, 9(2), 269–282. https://doi.org/10.5585/rgss.v9i2.14681
Librelato, T. P., Amorim, L. G. de, Pereira, G. M., Borchardt, M., & Sellitto, M. A. (2011). Co-criação de valor na área da saúde: uma análise de serviços na relação médico-hospital [Apresentação de trabalho]. 31º Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Belo Horizonte, Minas Gerais. http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STO_135_862_19092.pdf
Trocolli, I. R., Costa, A. M. B. M., Altaf, E., Cavalini, R. R.,Filho, & Faria, R. M. (2018).
Como anda a pesquisa brasileira sobre a Cocriação de Valor? Revista Diálogos Interdisciplinares, 7(3), 90–108. https://revistas.brazcubas.br/index.php/dialogos/article/view/465
Troisi, O., Grimaldi, M., & Monda, A. (2019). Managing smart service ecosystems through technology: How ICT enable value co-creation. Tourism Analysis 24(3), 377-393. https://doi.org/10.3727/108354219X15511865533103
Tronvoll, B. (2017). The Actor: The Key Determinator in Service Ecosystems. Systems, 5(2), 1-14. https://doi.org/10.3390/systems5020038
Vargo, S. L., & Lusch, R. F. (2004). Evolving to a New Dominant Logic for Marketing. Journal of Marketing, 68(1), 1–17. https://doi.org/10.1509/jmkg.68.1.1.24036
Vargo, S. L., & Lusch, R. F. (2016). Institutions and axioms: an extension and update of service-dominant logic. Journal of the Academy of Marketing Science,44(1),5–23. https://doi.org/10.1007/s11747-015-0456-3.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Ciências Administrativas
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Para publicação de trabalhos, os autores deverão assinar a Carta de Direitos Autorais, cujo modelo será enviado aos autores por e-mail, reservando os direitos, até mesmo de tradução, à RCA.
Para os textos que apresentam imagens (fotografias, retratos, obras de artes plásticas, desenhos fotografados, obras fotográficas em geral, mapas, figuras e outros), os autores devem encaminhar para a RCA carta original de autorização da empresa que detém a concessão e o direito de uso da imagem. A carta deve estar em papel timbrado e assinada pelo responsável da empresa, com autorização para o uso e a reprodução das imagens utilizadas no trabalho. O corpo da carta deve conter que a empresa é detentora dos direitos sobre as imagens e que dá direito de reprodução para a RCA. É importante salientar que os autores são responsáveis por eventuais problemas de direitos de reprodução das imagens que compõem o artigo.
A instituição e/ou qualquer dos organismos editoriais desta publicação NÃO SE RESPONSABILIZAM pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores