Economia Circular e Métodos de Avaliação Econômica de Projetos: Proposta Metodológica para Cálculo dos Impactos Diretos e Indiretos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2023.29.e12768

Palavras-chave:

economia circular , avaliação econômica , método dos efeitos , matriz de insumo-produto

Resumo

O presente artigo apresenta algumas proposições metodológicas visando integrar nos métodos tradicionais de avaliação econômica de projetos os impactos diretos e indiretos da economia circular. Após uma breve análise histórica e classificação dos métodos de avaliação econômica, faz-se uma apresentação das etapas exigidas pelo Método dos Efeitos, que faz uso dos conceitos dos sistemas de contas nacionais e da matriz de insumo-produto, para se determinar e avaliar os efeitos diretos, indiretos e primários decorrentes dos seus fluxos de inputs e outputs em relação aos objetivos nacionais econômicos: crescimento econômico, distribuição de renda, equilíbrio fiscal e desequilíbrio nas contas externas. Em seguida, discute-se a economia circular, que é um modelo econômico não linear, que se enquadra no âmbito do desenvolvimento sustentável e cujo objetivo é produzir bens e serviços, limitando o consumo e o desperdício de matérias-primas, água e recursos naturais. O objetivo deste artigo é apresentar uma proposta concreta para inclusão da EC nos métodos de avaliação econômica baseados no Método dos Efeitos. Após uma apresentação do modelo tradicional linear do fluxo circular da renda, o estudo propõe uma ampliação do campo de análise do Método dos Efeitos, com a inclusão da economia circular, para cálculo dos impactos diretos e indiretos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raimundo Eduardo Silveira Fontenele, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutor em Ciências Econômicas pela Université Sorbonne Paris-Nord. Professor Titular do Curso de Ciências Econômicas e do Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria da Universidade Federal do Ceará (UFC/PPAC).

Referências

Agence de l’Environnement et de la Maîtrise de l’Énergie – ADEME. (2014). Economie Circulaire: Notions. https://bourgogne-franche-comte.ademe.fr/sites/default/files/fiche-technique-economie-circulaire-oct-2014.pdf

Beamon, B.M. (1999). Designing the green supply chain. Logistics Information Management, 12(4),332–342.

Beylot, A., Boitier, B., Lancesseur, N., & Villeneuve. (2016). A consumption approach to wastes from economic activities. Waste Management, 49, 505-515. http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0956053X1630023X

Butkovic, L. L., Mihic, M., Sigmund , Z. (2021). Assessment methods for evaluating circular economy projects in construction: a review of available tools. International Journal of Construction Management, 23(9):1-10. https://doi.org/10.1080/15623599.2021.1942770

Blume, V., & Haasis, H.-D. (2004). Knowledge and decision support management in the circular flow economy. SPIE Optics East. https://doi.org/10.1117/12.516101

Chervel, M. (1995). L'évaluation économique des projets - Calculs Économiques et planification. PUBLISUD.

Chervel, M., & Le Gall, M. (1976). Manuel d'évaluation économique des projets, La Méthode des effets. Ministère de la Coopération. https://www.sudoc.fr/000613495

Pearce, D.W. & Turner, R. K. (1989). Economic of Natural Resources and the Environment. Harvester-Wheatsheaf.

Ellen Macarthur Foundation. Towards a circular economy: Business rationale for an accelerated transition. https://kidv.nl/media/rapportages/towards_a_circular_economy.pdf?1.2.1

Erkman, S. (2004). Vers une écologie industrielle. Éditions-Diffusion Charles Léopold Mayer. https:// docs.eclm.fr/pdf_livre/285VersUneEcologieIndustrielle.pdf

European Commission (Orgs). (2014). Guide to Cost-Benefit Analysis of Investment Projects, Economic appraisal tool for Cohesion Policy 2014-2020. Regional and Urban Policy.https://iwlearn.net/resolveuid/719db343-4025-45dc-9e6f-541a2d43e482

Fabre, P.(1994). Note de méthodologie générale sur l'analyse de filière : utilisation de l'analyse de filière pour l'analyse économique des politiques. FAO. (Documents de formation pour la planification agricole, 35). https://agritrop.cirad.fr/312560/

Fontenele, E.(2001). Objetivos nacionais e avaliação econômica de projetos: Crítica e proposta de integração a partir do método dos efeitos. Revista Pesquisa & Debate,12(1/19),107-135.

Fontenele, R. E. S.(2005, 08 a 10 de Junho). Estratégias de desenvolvimento nos métodos de avaliação econômica de projetos: Uma proposta metodológica. [Apresentação de trabalho]. 2º Encontro de Estudos em Estratégia - 3Es, Rio de Janeiro - RJ. . http://arquivo.anpad.org.br/eventos.php?cod_evento=3&cod_evento_edicao=14.

Fry, J., Lenzen, M., Giurco, D., & Pauliuk, S. (2015). An Australian multi-regional waste supply-use framework. Journal of Industrial Ecology,20(6), 1295-1305. https://doi.org/10.1111/jiec.12376

Gigli, S., Landi, D., & Germani, M. (2019). Cost-benefit analysis of a circular economy project: a study on a recycling system for end-of-life tyres. J Cleaner Prod.,229,680–694. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0959652619309291

Haan, M. de, & Keuning, S. J. (1996). Taking the environment into account: The namea approach. Review of Income and Wealth, 42(2),131–148.

Illge, L. (2004). The Economy of Closed Material Cycles: Environmental-Economic Concepts and Policy, DIW Berlin. https://www.researchgate.net/publication/275950114_The_Economy_of_Closed_Material_Cycles_Environmental-Economic_Concepts_and_Policy

Jensen, C. D., Mcintyre, S., Munday, M., & Turner, K. (2013). Responsibility for regional waste generation: A single-regionextended input–output analysis for wales. Regional Studies,47(6), 913-933. https://doi.org/10.1080/00343404.2011.599797

Li, S. (2013). Study on the Model of Quantitative Evaluation of Circular Economy Development for Industry Manufacturing Based on WIOA. Applied Mechanics and Materials Online,345, 384-387. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.1023.5497&rep=rep1&type=pdf

Liao, M.Chen, P.-C. Ma, H.-W., Nakamura, S. (2015). Identification of the driving force of waste generation using a high-resolution waste input–output table. Journal of Cleaner Production, 94,294–303. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0959652615001067

Linder, M., Sarasini, S., Van Loon, P. (2017). A Metric for Quantifying Product-Level Circularity. Journal of Industrial Ecology, 21(3), 545–558.

Nakamura, S., & Kondo, Y. (2002). Waste input-output model: concepts, data, and application. In Inter-disciplinary studies for sustainable development in Asian countries. Keio Economic Observatory (KEO).

Pearce, D. W., & Turner, R, K. (1990). Economics of natural resources and the environment. Harvester Wheatsheaf.

Ramos, D., Fonseca, L., Gonçalves, J. ., Carvalho, R., Carvalho, S. ., & Santos, G. (2022). Cost-Benefit Analysis of Implementing Circular Economy in a Portuguese Company: From a Case Study to a Model. Quality Innovation Prosperity, 26(1), 52–69. https://doi.org/10.12776/qip.v26i1.1657

Simonis, U.E. (1989). Ecological Modernization of Industrial Society — Three Strategic Elements. In: Archibugi, F., Nijkamp, P. (Eds), Economy and Ecology: Towards Sustainable Development. Economy & Environment, (Cap. 7, pp. 119-137). Springer, Dordrecht. https://doi.org/10.1007/978-94-015-7831-8_7

Sousa, L. C. R., Sousa, D. S. P., & Santos, R. B. N. (2016), Curva Ambiental de Kuznets: uma análise macroeconômica entre crescimento econômico e impacto ambiental de 2005 a 2010. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental,5(2), 227–246. https://doi.org/10.19177/rgsa.v5e22016227-246

Stahel, W. R. (1982). The product life factor.. In S. G. Orr, An Inquiry into the Nature of Sustainable Societies: The Role of the Private Sector (Series: 1982 Mitchell Prize Papers), NARC, 74-96.

Kurz, H. D. (2006). Goods and bads: Sundry observations on joint production, waste disposal, and renewable and exhaustible resources. Progress in Industrial Ecology, an International Journal, 3(4), 280-301.

Linder, M., Sarasini, S., Van Loon, P. (2017) .A Metric for Quantifying Product-Level Circularity. Journal of Industrial Ecology,21(3), 545–558.

Parfitt, J., Barthel, M., & Macnaughton, S. (2010). Food waste within food supply chains: quantification and potential for change to 2050. Philosophical transactions of the royal society B: biological sciences,365(1554), 3065-3081.

Reynolds, CJ, Piantadosi, J., & Boland, J. (2014). Uma análise de uso de oferta de resíduos dos fluxos de resíduos australianos. Journal of Economic Structures , 3 (1), 1-16.

Sousa, L. C. R., Sousa, D. S. P., & Santos, R. B. N. (2016). Curva Ambiental De Kuznets: uma análise macroeconômica entre crescimento econômico e impacto ambiental de 2005 a 2010. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 5(2), 227-246.

Stahmer, C., Kuhn, M., & Braun, N. (1998). Physical input-output tables for Germany. Eurostat, workingpaper no. 2/1998/B/a. EuropeanCommission

Wedekind, S., & Haasis, H. D. (2004, February). Integration of service providers into supply chain services and waste disposal transports. In Environmentally Conscious Manufacturing III (Vol. 5262, pp.115-124). SPIE.

Tsukui, M., Kagawa, S., & Kondo, Y. (2015). Measuring the waste footprint of cities in Japan: an interregional waste input–output analysis. Journal of Economic Structures, 4(18), 1-24.

Downloads

Publicado

28.09.2023

Como Citar

FONTENELE, R. E. S. Economia Circular e Métodos de Avaliação Econômica de Projetos: Proposta Metodológica para Cálculo dos Impactos Diretos e Indiretos. Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 29, 2023. DOI: 10.5020/2318-0722.2023.29.e12768. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/12768. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos