Produção da Indústria Ferroviária Brasileira: Investimentos Nacionais e Internacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2022.28.e11621

Palavras-chave:

Políticas Públicas Investimento Privado, Investimento Direto Estrangeiro, Setor Ferroviário

Resumo

O objetivo desse trabalho foi analisar a relação entre os investimentos nacionais públicos e privados e o Investimento Direto Estrangeiro (IDE), com a produção brasileira de peças e acessórios para veículos ferroviários, bem como a prestação de serviços de manutenção nestes veículos. A pesquisa tem caráter exploratório e natureza quantitativa, utilizando-se de uma regressão com dados em séries temporais em um período de 16 anos, o que possibilitou desenvolver três modelos econométricos no qual a variável dependente foi a produção do setor ferroviário. Dentre os resultados, destaca-se a maior independência da produção ferroviária dos subsídios do governo, sendo o crescimento da produção ferroviária diretamente relacionado com o expressivo investimento privado que ela vem recebendo. No entanto, não pode-se dizer que a entrada de capital estrangeiro no setor de transporte esteja impactando na produção do setor ferroviário.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Kennedy Cruz Machado, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA).

José Willer Do Prado, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). Professor do Departamento de Administração e Economia e do PPGA da UFLA.

Cristina Lelis Leal Calegario, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

PhD em Economia Aplicada University of Georgia (UGA/EUA). Professora do Departamento de Administração e Economia e do PPGA Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Antônio Carlos dos Santos, Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Doutor em Administração pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do Departamento de Gestão Agroindustrial Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. 1º Inventário nacional de emissões atmosféricas do transporte ferroviário de cargas. [S.l.]: ANTT, 2012. Disponível em: Link. Acesso em: 05 junho 2017.

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. ANTT: Agência Nacional de Transportes Terrestres. Página Inicial. Disponível em: Link. Acesso em: 21 agosto 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA FERROVIÁRIA. ABIFER: Associação brasileira da indústria ferroviária, c2013. Página Inicial. Disponível em: Link. Acesso em: 12 junho 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LOGÍSTICA. ABRALOG: Associação Brasileira de Logística. Página Inicial. Disponível em: Link. Acesso em: 12 junho 2017.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS TRANSPORTADORES FERROVIÁRIOS. ANTF: Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários, c2022. Página Inicial. Disponível em: Link. Acesso em: 08 julho 2017.

BRASIL. Decreto n° 473, de 9 de março de 1992. Dispõe sobre inclusão, no Programa Nacional de Desestatização (PND), da Rede Ferroviária Federal S. A. (RFFSA), da Agef Rede Federal de Armazéns Gerais Ferroviários S. A. e da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S. A. Brasília: Casa Civil, 1992. Disponível em: Link. Acesso em: 02 junho 2017.

BRASIL. Planejamento, investimento, desenvolvimento (PAC2): o Brasil vai continuar crescendo. Brasília: MPOG, 2010. Disponível em: Link. Acessado em: 13 junho 2017.

BRESSER-PEREIRA, L. C.; GALA, P. O novo-desenvolvimentismo e apontamentos para uma macroeconomia estruturalista do desenvolvimento. In: OREIRO, J. et al. (orgs.). Macroeconomia do desenvolvimento: ensaios sobre restrição externa, financiamento e política macroeconômica. Recife: Editora Universitária, 2012. p. 25-58.

BRUHN, N. C. P. Investimento Direto Estrangeiro e a Política Industrial: um estudo dos efeitos de transbordamentos em países da América Latina. 2016. Tese (Doutorado em Administração) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2016.

CABRAL, S.; SILVA JÚNIOR, A. F. Escolhas Estratégicas para Expansão de uma Malha Ferroviária: Uma Análise Baseada em Opções Reais. Revista Base (Administração e Contabilidade) da UNISINOS. [S.l.], v. 8, n. 1, p. 78-90, 2011.

CAMPOS NETO, C. A. S. et al. Texto para discussão: Gargalos e demandas da infraestrutura ferroviária e os investimentos do PAC: Mapeamento IPEA de obras ferroviárias. IPEA, Brasília, n. 1465, v. 465, jan. 2010.

CHANG, H. J. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora Unesp, 2004.

CORONEL, D. A.; AZEVEDO, A. F. V.; CAMPOS, A. C. Política industrial e desenvolvimento econômico: a reatualização de um debate histórico. Revista de Economia Politica, São Paulo, v. 34, n. 1, p. 103-119, 2014.

DOSI, G.; PAVITT, K.; SOETE, L. The economics of technical change and international trade. London: Harvester Wheatsheaf, 1990.

DUNNING, J.; LUNDAN, S. Multinational enterprises and the global economy. 2nd ed. Cheltenham: E. Elgar, 2008. 960 p.

FARAHANI, Z.; REZAPOUR, R. S.; KARDAR, L. (ed.). Logistics operations and management: concepts and models. London: Elsevier, 2011.

FÁVERO, L. P.; BELFIORE, P. M. Manual de análise de dados: estatística e modelagem multivariada com Excel®, SPSS® e Stata®. [S.l.]: Elsevier Brasil, 2017.

FERRAZ, J. C.; PAULA, G. M.; KUPFER, D. Política industrial. In: KUPFER, D.; HASENCLEVER, L. (ed.). Economia industrial: fundamentos teóricos e práticas no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. p. 545-567.

FIELD, A. Descobrindo a estatística usando o SPSS. Porto Alegre: Artmed, 2013.

FIGUEIREDO FILHO, D. F. et al. O que fazer e o que não fazer com a regressão: pressupostos e aplicações do modelo linear de mínimos quadrados ordinários (MQO). Política Hoje. [S.l.], v. 20, p. 44-99, 2011.

GOMES, G.; CRUZ, C. A. S. da. Vinte anos de economia brasileira. Centro de Altos Estudos Brasil Século XXI. Brasília, jun. 2022. Disponível em: Link. Acesso em: 17 julho 2017.

GUJARATI, D. N. Econometria Básica. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.

HUERTAS, D. M. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como alicerce do Estado Nacional nas políticas de transporte. In: ENCONTROS NACIONAIS DA ANPUR, 14, 2011, Rio de Janeiro. Anais […]. Rio de Janeiro: [S.n.], 2011.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Página Inicial. Disponível em: Link. Acesso em: 12 julho 2017.

LAPLANE, M. F. A indústria ainda é o motor do crescimento?: teoria e evidências. In: TONI, J. de (org.). Dez anos de política industrial: balanço e perspectivas. Brasília, DF: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2015. p. 23-40.

MELO, T. M.; FUCIDJI, J. R.; POSSAS, M. L. Política industrial como política de inovação: notas sobre hiato tecnológico, políticas, recursos e atividades inovativas no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, [S.l.], v. 14, p. 11-36, 2015.

MONTES, G. C.; REIS, A. R. Investimento público em infraestrutura no período pós-privatizações. Economia e Sociedade, [S.l.], v. 20, n. 1, p. 167-194, 2011.

MORALES, P. R. D. Documento setorial: ferrovias. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008. (Perspectivas do Investimento em Transportes, Sistema Produtivo, 2). Disponível em: http://www.projetopib.org/?p=documentos. Acesso em: 06 julho 2017.

MORETTIN, P. A.; TOLOI, C. Análise de séries temporais. [S.l.]: Blucher, 2006.

NARULA, R. Foreign direct investment as a driver of industrial development: why is there so little evidence? In: TULDER, R. V.; VERBEKE, A.; STRANGE, R. (ed.). International business and sustainable development. Maastricht: Emerald, 2014. p. 45-67.

NUNES, I. Ferrovia brasileira: concessão pública para uso privado. Revista Ibero-Americana de Estratégia. [S.l.], v. 5, n. 2. p. 109-119, 2006.

OLIVEIRA, A. S. Os investimentos em infraestrutura no Brasil no período 1930-1990. Textos de Economia, [S.l.], v. 18, n. 1, p. 126-153, 2015.

PÊGO, B.; CAMPOS NETO, C. A. S. Texto para discussão: O PAC e o setor elétrico: desafios para o abastecimento do mercado brasileiro (2007-2010). IPEA, Brasília, n. 1.329, fev. 2008.

PEREIRA, A. J.; DATHEIN, R. Industrial policy as a developmental institution: a review on the” new developmentalism” based on the experiences of Brazil and South Korea. Revista de Economia Contemporânea, [S.l.], v. 20, n. 1, p. 28-57, 2016.

REINER, C.; STARITZ, C. Private sector development and industrial policy: why, how and for whom?. In: ÖFSE (org.). Private sector development: einneuerbusinessplanfürentwicklung? Viena: ÖFSE, 2013. p. 53-61.

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Página Inicial. Disponível em: Link. Acesso em: 12 junho 2017.

SICSÚ, J.; PAULA, L. F.; MICHEL, R. Por que novo-desenvolvimentismo? Revista de Economia Política, [S.l.], v. 27, n. 4, p. 507-524, out./dez. 2007.

SILVA, G. J. N.; MARTINS, H. E. P.; NEDER, H. da N. Investimentos em infraestrutura de transportes e desigualdades regionais no Brasil: uma análise dos impactos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Brazilian Journal of Political Economy, [S.l.], v. 36, n. 4, 2016.

SINDICATO INTERESTADUAL DA INDÚSTRIA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS FERROVIÁRIOS E RODOVIÁRIOS. SIMEFRE: Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários. Página Inicial. Disponível em: Link. Acesso em: 08 agosto 2020.

SPAR, D. L. National policies and domestic politics. In: RUGMAN, A. M. (ed.). The Oxford handbook of international business. 2nd ed. New York: Oxford University Press, 2009. p. 205-227.

STIGLITZ, J. E.; LIN, J. E. The industrial policy revolution I: the role of government beyond ideology. London: Palgrave MacMillan, 2013. 400 p.

STOFFEL, J. A.; RAMOS, J. M.; BARRINHA, R. N. Planejamento em infraestrutura no Brasil pós-Segunda Guerra Mundial. Revista Cadernos de Economia, [S.l.], v. 21, n. 37, p. 3-24, 2018.

SUZIGAN, W.; FURTADO, J. Instituições e políticas industriais e tecnológicas: reflexões a partir da experiência brasileira. Estudos Econômicos, [S.l.], v. 40, n. 1, p. 7-41, jan./mar. 2010.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9. ed. São Paulo: Atlas. 2008.

WOOLDRIDGE, J. M. Introdução à econometria: uma abordagem moderna. 6 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2018.

WOOLDRIDGE, J. M. Econometric analysis of cross section and panel data. 2. ed. Cambridge: MIT Press, 2010.

Downloads

Publicado

22.10.2022

Como Citar

MACHADO, L. K. C.; DO PRADO, J. W.; CALEGARIO, C. L. L.; SANTOS, A. C. dos . Produção da Indústria Ferroviária Brasileira: Investimentos Nacionais e Internacionais. Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 28, p. e11621, 2022. DOI: 10.5020/2318-0722.2022.28.e11621. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/11621. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos