Lactantes em tratamento medicamentoso da rede pública de saúde
DOI:
https://doi.org/10.5020/2413Palavras-chave:
Aleitamento Materno, Tratamento Medicamentoso, Sistema Único de Saúde.Resumo
Objetivo: Analisar os medicamentos das lactantes em tratamento na rede pública de saúde e as ações envolvidas. Métodos: Estudo transversal, quantitativo e descritivo realizado com 100 lactantes selecionadas através de amostragem não probabilística e por conveniência no Hospital Municipal de Duque de Caxias-RJ, no ano de 2012. Aplicou-se um questionário contendo as seguintes variáveis: informações sociodemográficas, medicamentos prescritos, efeitos indesejados nos lactentes, e profissionais envolvidos nas orientações quanto ao uso desses medicamentos. Analisaram-se os dados através da estatística descritiva, a partir de frequências absolutas e relativas. Resultados: Identificou-se que 46% (n=46) das lactantes tinham entre 21 e 30 anos, 54% (n=54) eram primíparas, 52% (n=52) tinham ensino fundamental completo e 72% (n=72) receberam o acompanhamento pré-natal. Verificouse que 78% (n=78) faziam uso de algum tipo de medicamento, dentre eles, um percentual significativo de analgésicos/anti-inflamatórios não esteroidais, com 61,54% (n=48) das lactantes. Todos os medicamentos prescritos estavam na categoria de uso compatível com a amamentação. Constatou-se presença de sintomas indesejados em 19,2% das lactantes (n=15). Das lactantes em terapia medicamentosa, 76,92 % (n=60) tiveram orientação durante o tratamento, sendo 55% (n= 33) por médicos e 45% (n=27) por enfermeiros. Nesta pesquisa, 100% das lactantes ficaram satisfeitas com o aprendizado. Conclusão: Observou-se número elevado de lactantes da amostra fazendo uso de medicamentos, todos compatíveis com a amamentação. Ressalta-se a participação restrita da equipe multidisciplinar nas orientações. doi:10.5020/18061230.2014.p283Downloads
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