Fatores associados à depressão e aos sintomas depressivos em idosos: uma revisão integrativa de literatura

Resumo

Objetivo: Sintetizar o conhecimento científico acerca dos fatores de risco associados a sintomas depressivos e à depressão em idosos. Método:  Revisão integrativa realizada nas bases de dados PubMed®, Medline®, SciELO e Lilacs, por meio dos descritores “aged” AND “depression” AND “risk factors” nos idiomas português, inglês e espanhol, no período compreendido na vigência do Mestrado em Gestão Organizacional de 2015 a 2019. Atenderam aos critérios de inclusão dos artigos, ser de natureza epidemiológica, originais, textos completos, que abordassem a tríade idosos, depressão e seus fatores de risco. Resultados: Encontrou-se que, os fatores de risco para desenvolvimento de sintomas depressivos foram: ter acima de nove anos de estudo; sexo feminino; história de doenças crônicas, como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, consumo de álcool e tabaco; idades avançadas; má qualidade de vida e dificuldade para realização das atividades da vida diária. A deficiência de zinco foi relacionada a sintomas depressivos em mulheres, ao pior suporte social e ao menor contato social após sofrer eventos cardíacos e/ou neurológicos. A prevalência de depressão nos idosos oscilou entre 8,3% e 41,9%. Conclusão: Esses achados subsidiam e alertam os profissionais que trabalham com essa população, com vistas ao planejamento de ações nos serviços de atenção referentes às necessidades físicas, sociais e psicológicas das pessoas idosas. Centros de convivência, desenvolvimento de programas com atividades físicas, de lazer e suporte social e familiar, que minimizem o isolamento e a solidão, são exemplos de ações que podem prevenir o desenvolvimento e o agravamento de sintomas e de quadros depressivos.