Método mãe-canguru: percepção da equipe de enfermagem na promoção à saúde do neonato

Autores

  • Luís Paulo Souza e Souza Universidade Estadual de Montes Claros
  • Elza Vasconcelos de Souza Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho
  • Gisele Cristina Soares Gomes Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho
  • Daniella Fagundes Souto Universidade Estadual de Montes Claros
  • Luciana Barbosa Pereira Universidade Estadual de Montes Claros.
  • Maria Ângela Martins Pinheiro Faculdades Integradas do Norte de Minas
  • Carla Silvana de Oliveira e Silva Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho
  • Clara de Cássia Versiani Universidade Estadual de Montes Claros

DOI:

https://doi.org/10.5020/2731

Palavras-chave:

Maternidades, Método Mãe-Canguru, Equipe de Enfermagem.

Resumo

Objetivo: Conhecer a percepção da equipe de enfermagem sobre o Método Mãe-Canguru da maternidade de um hospital de ensino. Métodos: Pesquisa qualitativa, realizada entre setembro e outubro de 2010, na Maternidade Maria Barbosa do Hospital Universitário Clemente de Faria, Montes Claros-MG, Brasil, com cinco profissionais de enfermagem. Utilizaram-se entrevistas não diretivas para coleta dos dados, os quais foram analisados por meio da análise de conteúdo, emergindo duas categorias de análise: “Percebendo o Método Mãe-Canguru como um estímulo de ligação entre a mãe e o filho” e “Compreendendo o Método Mãe-Canguru como benefício para o desenvolvimento do recém-nascido”. Resultados: Os profissionais enxergam o Método Mãe-Canguru como estímulo para o estabelecimento do vínculo e apego mãe-filho, permitindo que esse binômio mantenha a união que foi construída desde a vida intrauterina. O Método Mãe-Canguru é considerado um fator relevante na recuperação do recém-nascido, pois propicia aumento de peso, estabilidade dos dados vitais e estímulo à amamentação. Destaca-se ainda que, para os entrevistados, a capacitação dos profissionais, por meio da educação continuada, quanto à realização da técnica é essencial para ofertar o cuidado humanizado na assistência neonatal. Conclusão: Os profissionais de enfermagem entrevistados compreendem o Método Mãe-Canguru aplicado na sua assistência diária como uma busca pela humanização do cuidado ao recém-nascido, uma forma de estímulo da ligação entre mãe e filho, apresentando-se como fator de relevância na recuperação do recém-nascido e proporcionando melhoria na saúde do neonato. doi: 10.5020/18061230.2014.p374

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luís Paulo Souza e Souza, Universidade Estadual de Montes Claros

Enfermeiro, Mestrando pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.

Elza Vasconcelos de Souza, Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho

Enfermeira. Departamento de Enfermagem. Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho.

Gisele Cristina Soares Gomes, Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho

Enfermeira. Departamento de Enfermagem. Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho.

Daniella Fagundes Souto, Universidade Estadual de Montes Claros

Enfermeira. Departamento de Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros.

Luciana Barbosa Pereira, Universidade Estadual de Montes Claros.

Enfermeira Obstetra. Departamento de Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros.

Maria Ângela Martins Pinheiro, Faculdades Integradas do Norte de Minas

Médica Mestre. Departamento de Medicina. Faculdades Integradas do Norte de Minas.

Carla Silvana de Oliveira e Silva, Faculdades de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho

Enfermeira Doutora. Departamento de Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros e Faculdades Santo Agostinho.

Clara de Cássia Versiani, Universidade Estadual de Montes Claros

Enfermeira Obstetra. Departamento de Enfermagem. Universidade Estadual de Montes Claros

Referências

Silva JR, Thomé CR, Abreu RM. Método mãe canguru nos hospitais/maternidades públicos de Salvador e atuação dos profissionais da saúde na segunda etapa do método. Rev CEFAC. 2011;13(3):522-33.

Gontijo TL, Meireles AL, Malta DC, Proietti FA, Xavier CC. Evaluation of implementation of humanized care to low weight newborns – the Kanga-roo Method. J Pediatr. 2010; 86(1):33-9.

Ministério da Saúde (BR). Norma de orientação para implantação do projeto canguru. Brasília; 2000. n. 693.

Almeida H, Venancio SI, Sanches MTC, Onuki D. Impacto do método canguru nas taxas de aleitamento materno exclusivo em recém-nascidos de baixo peso. J Pediatr. 2010;86(3):250-3.

Blanca Gutiérrez JJ, Ábalos Pérez MR, Montes Aguilera MV, González Moreno S. The role of fathers in the postpartum period: experiences with skin to skin method. Acta Paul Enferm. 2012;25(6):914-20.

Matijasevich A. Estimativas corrigidas da prevalência de nascimentos pré-termo no Brasil, 2000 a 2011. Epidemiol Serv Saúde. 2013;22(4):557-64.

Davim RMB, Enders BC, Silva RAR. Mothers’feelings about breastfeeding their premature babies in a rooming-infacility. Rev Esc Enferm USP. 2010;44(3):713-8.

Olmedo MD, Gabas GS, Merey LSF, Souza LS, Muller KTC, Santos MLM, et al. Respostas fisiológicas de recém-nascidos pré-termo submetidos ao Metódo Mãe-Canguru e a posição prona. Fisioter Pesqui. 2012;19(2):115-21.

Arivabene JC, Tyrrell MAR. Método mãe canguru: vivências maternas e contribuições para a enfermagem. Rev Latinoam Enferm. 2010;18(2):262-8.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: HUCITEC; 2006.

Leopardi MT. Metodologia da pesquisa qualitativa. Santa Maria: Palotti; 2001.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2009.

Casati PS, Oliveira CS, Paula S. Método Mãe Canguru e suas Associações nos Benefícios dos Recém-Nascidos Baixo Peso. UNICiências. 2010;14(1):135-46.

Neves PN, Ravelli APX, Lemos JRD. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-peso (método mãe canguru): percepções de puérperas. Rev Gaúcha Enferm. 2010; 31(1):48-54.

Souza KMO, Ferreira SD. Assistência humanizada em UTI neonatal: os sentidos e as limitações identificadas pelos profissionais de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(2):471-80.

Freitas JO, Camargo CL. Método Mãe-Canguru: evolução ponderal de recém-nascidos. Acta Paul Enferm. 2007;20(1):75-81.

Parisi TCH, Coelho ERB, Melleiro MM. Implantação do Método Mãe-Canguru na percepção de enfermeiras de um hospital universitário. Acta Paul Enferm. 2008;21(4):575-80.

Chagas DO, Meirilene Pereira AS, Nicomedes TM, Lima RABC, Azevedo VMGO, Gontijo FO. Comparação da adesão materna às orientações do método Mãe Canguru no pré e pós-alta do Hospital Sofia Feldman. Rev Méd Minas Gerais. 2011;21(1):5-8.

Sá FE, Costa FS, Pereira MLD, Dantas MA, Feitosa HN, Eleutério FJC. Sentimentos e emoções maternas na vivência do método mãe-canguru. Femina. 2006;34(2):135-40.

Moreira JO, Romagnoli RC, Dias DAS, Moreira CB. Programa mãe-canguru e a relação mãe-bebê: pesquisa qualitativa na rede pública de Betim. Psicol Estud. 2009;14(3):475-83.

Almeida CM, Almeida AFN, Forti EMP. Efeitos do Método Mãe Canguru nos sinais vitais de recém-nascidos pré-termo de baixo peso. Rev Bras Fisioter. 2007;11(1):1-5.

Araújo CL, Rios CTF, Santos MH, Gonçalves APF. Método Mãe Canguru: uma investigação da prática domiciliar. Ciênc Saúde Coletiva. 2010;15(1):301-7.

Cabral IE, Groleau D. A prática da amamentação após o método mãe canguru no Rio de Janeiro: a necessidade de educação em saúde e intervenção de Enfermagem no domicílio. Esc Anna Nery. 2009;13(4):763-71.

Sá FE, Sá RC, Pinheiro LMF, Callou FEO. Relações interpessoais entre os profissionais e as mães de prematuros da unidade canguru. Rev Bras Promoç Saúde. 2010;23(2):144-9.

Lazzari DD, Schmidt N, Jung W. Educação continuada em unidade de terapia intensiva na percepção de Enfermeiras. Rev Enferm UFSM. 2012;2(1):88-96.

Hennig MAS, Gomes MASM, Gianini NOM. Conhecimentos e práticas dos profissionais de saúde sobre a "atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso - método canguru". Rev Bras Saude Mater Infant. 2006; 6(4):427-35.

Publicado

2014-12-22

Como Citar

Souza e Souza, L. P., Souza, E. V. de, Gomes, G. C. S., Souto, D. F., Pereira, L. B., Pinheiro, M. Ângela M., Oliveira e Silva, C. S. de, & Versiani, C. de C. (2014). Método mãe-canguru: percepção da equipe de enfermagem na promoção à saúde do neonato. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 27(3), 374–380. https://doi.org/10.5020/2731

Edição

Seção

Artigos Originais