Da prática baseada em evidências para a saúde coletiva informada por evidências: revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.5020/18061230.2017.6753Palavras-chave:
Saúde Pública, Medicina Baseada em Evidências, Tomada de Decisões.Resumo
Objetivo: Revisar na literatura a descrição dos conceitos e o emprego das evidências científicas no âmbito da Saúde Coletiva (SC). Métodos: Realizou-se uma revisão narrativa utilizando e combinando as palavras-chave "Saúde Pública" OR "Saúde Coletiva"; "Medicina baseada em evidências" e "Política informada por evidências" por meio da consulta as bases de dados Lilacs, SciELO e MedLine. As buscas foram limitadas ao período entre janeiro de 1990 a dezembro de 2016, no idioma português e/ou inglês. A seleção dos estudos foi realizada por dois autores, de modo independente, por meio da leitura do título, resumo e texto completo. Para o processo de síntese, as temáticas encontradas foram agrupadas em três grandes eixos norteadores: as evidências e a prática em saúde, as evidências em SC, e os avanços e desafios da Saúde Coletiva Informada pelas Evidências (SCIE). Resultados: Os achados desta revisão apontam que as tomadas de decisão na SC são mais complexas do que as decisões clínicas individuais, pois envolvem avaliações de impactos orçamentários e políticos, reforçando a relevância da adoção de práticas informadas pelas evidências neste campo. Conclusão: Os meios de apropriação e emprego das evidências no campo da SC são complexos, pois envolvem pressupostos de plausibilidade e adequação nem sempre observados em intervenções individuais. Ainda assim, o campo beneficia-se da aproximação observada na SCIE e, em particular, na tomada de decisões em saúde.Downloads
Referências
Ministério da Saúde (BR). Síntese de evidências para políticas de saúde: estimulando o uso de evidências científicas na tomada de decisão. Brasilia: Ministério da Saúde; 2015.
Dias RISC, Barreto JOM, Vanni T, Candido AMSC, Moraes LH, Gomes MAR. Estratégias para estimular o uso de evidências científicas na tomada de decisão. Cad Saúde Colet (Rio J). 2015;23(3):316-22.
Juarez Garcia MS. Nivel de evidencia en salud pública. Rev Soc Peru Med Interna. 2006;19(2):55-7.
Evidence-Based Medicine Working Group. Evidence-based medicine: a new approach to teaching the practice of medicine. JAMA. 1992;268(17):2420-5.
Sackett DL, Rosenberg WM. On the need for evidence-based medicine. J Public Health Med. 1995;17(3):330-4.
Jenicek M. Epidemiology, evidenced-based medicine, and evidence-based public health. J Epidemiol. 1997;7(4):187-97.
Lopes AA. Medicina baseada em evidências: a arte de aplicar o conhecimento científico na prática clínica. Rev Assoc Méd Bras. 2000;46(3):285-8.
Glasziou P, Longbottom H. Evidence-based public health practice. Aust N Z J Public Health. 1999;23(4):436-40.
Shelton JD. Evidence-based public health: not only whether it works, but how it can be made to work practicably at scale. Glob Health Sci Pract. 2014;2(3):253–8.
Ammerman A, Smith TW, Calancie L. Practice-based evidence in public health: improving reach, relevance, and results. Annu Rev Public Health. 2014;35:47-63.
Gray JA. Evidence-based public health--what level of competence is required? J Public Health Med. 1997;19(1):65–8.
Mowat D. Evidence-based decision-making in public health. Ethos Gub. 2007;4:231-48.
Cediel-Becerra NM, Krause G. Evidence-based public health decision-making tools which can also be used for prioritising disease. Rev Salud Pública. 2013;15(5):694-706.
Ministério da Saúde (BR), Universidade Federal de Goiás. ASIS - Análise da situação de saúde [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. v. 1 [acesso em 2015 Jan 12]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/asis_analise_situacao_saude_volume_1.pdf
Tandon A, Murray CJ, Lauer JA, Evans DB. Measuring overall health system performance for 191 countries [Internet]. (Global Programme on Evidence Discussion Paper Series, 30) [acesso em 2016 Out 21]. Disponível em: http://www.who.int/healthinfo/paper30.pdf
Pan American Health Organization. Health Agenda for the Americas 2008-2017 [Internet]. Panama: 2007 [acesso em 2016 Out 21]. Disponível em: http://new.paho.org/hq/dmdocuments/2009/Health_Agenda_for_the_Americas_2008-2017.pdf
Pan American Health Organization. Public health in the Americas: conceptual renewal, performance assessment and bases for action. Washington: WHO Regional Office for the Americas; 2003.
Buendía-Rodríguez JA, Sánchez-Villamil JP. Using systematic reviews for evidence-based health promotion: basic methodology issues. Rev Salud Pública. 2006;8(Supl 2):94-105.
Souza LEPF. Saúde pública ou saúde coletiva? Espaç Saúde. 2014;15(4):7-21.
Victora CG, Habicht J-P, Bryce J. Evidence-based public health: moving beyond randomized trials. Am J Public Health. 2004;94(3):400-5.
Duarte EC. A informação, a análise e a ação em saúde. Epidemiol Serv Saúde. 2003;12(2):61-2.
Threlfall AG, Meah S, Fischer AJ, Cookson R, Rutter H, Kelly MP. The appraisal of public health interventions: the use of theory. J Public Health (Oxf). 2015;37(1):166-71.
Vidal EIO. O que esperamos das revisões sistemáticas no futuro. Cad Saúde Pública [Internet]. 2016 [acesso em 2017 Jul 14];32(9):eED010916. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000900101&lng=en
Mowat DL, Hockin J. Building capacity in evidence-based public health practice. Can J Public Health. 2002;93(1):19–20.
Lonas J. Connecting research and policy. Can J Policy Res. 2002;1:140-4.
Hatt LE, Chatterji M, Miles L, Comfort AB, Bellows BW, Okello FO. A false dichotomy: RCTs and their contributions to evidence-based public health. Glob Health Sci Pract. 2015;3(1):138-40.
World Health Organization. WHO Handbook for guideline development [Internet].. Geneva: WHO; 2012 [acesso em 2016 Ago 4]. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/75146/1/9789241548441_eng.pdf
Balshem H, Helfand M, Schünemann HJ, Oxman AD, Kunz R, Brozek J, et al. GRADE guidelines: 3. Rating the quality of evidence. J Clin Epidemiol. 2011;64(4):401-6.
Brannon PM, Taylor CL, Coates PM. Use and applications of systematic reviews in public health nutrition. Annu Rev Nutr. 2014;34:401-19.
Cook DJ, Mulrow CD, Haynes RB. Systematic reviews: synthesis of best evidence for clinical decisions. Ann Intern Med. 1997;126(5):376-80.
El Dib RP, Atallah AN, Andriolo RB. Mapping the Cochrane evidence for decision making in health care. J Eval Clin Pract. 2007;13(4):689-92.
Ministério da Saúde (BR). Diretrizes metodológicas Elaboração de revisão sistemática e metanálise de estudos observacionais comparativos sobre fatores de risco e prognóstico. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.
Stroup DF, Berlin JA, Morton SC, Olkin I, Williamson GD, Rennie D, et al. Meta-analysis of observational studies in epidemiology: a proposal for reporting. Meta-analysis Of Observational Studies in Epidemiology (MOOSE) group. JAMA. 2000;283(15):2008-12.
Moat KA, Lavis JN. Supporting the use of research evidence in the Americas through an online “one-stop shop”: the EVIPNet VHL. Cad Saude Publica. 2014;30(12):2697-701.
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Ciência e Tecnologia. Avaliação de tecnologias em saúde: institucionalização das ações no Ministério da Saúde. Rev Saúde Pública. 2006;40(4):743-7.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os manuscritos apresentados devem destinar-se exclusivamente à RBPS, não sendo permitida sua apresentação a outro periódico. Junto ao envio do manuscrito, autores devem encaminhar a Declaração de Responsabilidade e de Direitos Autorais assinada por todos os autores, bem como, sua contribuição individual na confecção do mesmo e deverá ser enviada no formato pdf.
O autor poderá depositar a versão final do artigo, com revisão por pares “postprint” em qualquer repositório ou website de acordo com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.