A Capacidade Absortiva de Empresas Incubadas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/2318-0722.2022.28.e12808

Palavras-chave:

capacidade absortiva, incubadora de empresas, empresas incubadas, relações interorganizacionais, empresa de base tecnológica

Resumo

Em ambientes competitivos e dinâmicos, as micro e pequenas empresas de base tecnológica têm dificuldades para nascer e prosperar, por isso o suporte dado por incubadoras de empresas pode contribuir para o desenvolvimento destas empresas e, em especial, de sua capacidade absortiva. Apesar da abundância de trabalhos sobre capacidade absortiva, são poucos os estudos que relacionam esta capacidade dinâmica a empresas de pequeno porte e sua relação com processos de incubação no Brasil. O objetivo com esta pesquisa foi analisar o papel das incubadoras de base tecnológica da região do Triângulo Mineiro no desenvolvimento da capacidade absortiva em suas empresas incubadas. A pesquisa teve abordagem qualitativa, sendo do tipo descritiva com estudo de casos múltiplos. A coleta de dados foi feita por meio de pesquisa documental e entrevistas com gestores de três incubadoras e com 23 empreendedores, utilizando-se a técnica de análise de conteúdo sobre os dados coletados. Como resultados, verificou-se que o ambiente de inovação, o acompanhamento, a mentoria e a rede de contatos são apontados como as principais contribuições para o desenvolvimento das empresas. Estes elementos suportam, simultaneamente, os aspectos da capacidade absortiva (ACAP) potencial, com a ampliação da capacidade de aquisição e aspectos da ACAP realizada, auxiliando na análise e validação da transformação do conhecimento. Contribuiu-se, assim, para a ampliação do modelo de ACAP potencial e realizada como um processo interorganizacional no contexto de incubadoras de base tecnológica e micro e pequenas empresas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcílio Ribeiro Borges, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Mestre em Administração pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Janaina Maria Bueno, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Pós-doutora em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Doutora em Administração de Empresas pela EAESP/FGV e Professora do Mestrado Profissional em Gestão Organizacional da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Referências

Associação Brasileira de Startups (ABStartup). (2020). Mapeamento de Atores – 2020. Link

Aguiar, T. C. A., & Moreira, V. F. (2021). Capacidade absortiva de negócios tecnológicos de impacto social face aos relacionamentos institucionais em um ecossistema de inovação. BASE - Revista de Administração e Contabilidade da UNISINOS, 18(4), 557-582.

Almeida, C., Barche, C. K., & Segatto, A. P. (2014). Análise da implantação da Metodologia Cerne: estudo de caso em duas incubadoras nucleadoras do Paraná. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 3(3), 194-210.

Ambrosini, V., & Bowman, C. (2009). What are dynamic capabilities and are they a useful construct in strategic management? Int. Journal of Management Rev., 11(1), 29-49.

Andino, B. F. A. (2005). Impacto da incubação de empresas: capacidades de empresas pós-incubadas e empresas não-incubadas [Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. UFRGS: LUME - Repositório Digital. Link

Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC). (2012). Estudo, Análise e Proposições sobre as Incubadoras de Empresas no Brasil: relatório técnico. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Brasília, DF, Brasil.

Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC). (2015). Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos – CERNE - Sumário Executivo. Brasília, DF, Brasil.

Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC). (2022). Incubadoras certificadas. Link

Aragão, L. A., Forte, S. H. A. C., & Oliveira, O. V. (2010). Visão baseada em recursos e capacidades dinâmicas no contexto brasileiro: a produção e a evolução acadêmica em dez anos de contribuições. REAd. Revista Eletrônica de Administração, 16(2), 127-150.

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo (3ª reimpressão da 1ª ed.). Edições 70.

Cardozo, C. T., Kronmeyer Filho, O. R., &Vaccaro, G. L. R. (2019). Keep Innovating: Absorptive Capacity and the Performance of Brazilian Information Technology Companies. Revista de Administração Contemporânea, 23(4), 499-519.

Cassol, A., Cintra, R. F., Ruas, R. L., & Oldoni, L. E. (2016). Desenvolvimento da Capacidade Absortiva em Empresas Incubadas e Graduadas de Santa Catarina, Brasil. Desenvolvimento em Questão, 14(37), 168-201.

Cassol, A., Zapalai, J., & Cintra, R. F. (2017). Capacidade absortiva como propulsora da inovação em empresas incubadas de Santa Catarina. Rev. Ciências Adm., 23(1), 9-41.

Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (CERNE). (2015a). Manual de Implantação do CERNE 1. ANPROTEC, Brasília, DF, Brasil.

Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (CERNE). (2015b). Sumário Executivo. ANPROTEC, Brasília, DF, Brasil.

Chaudhary, S. (2019). Knowledge stock and absorptive capacity of small firms: the moderating role of formalization. Journal of Strategy and Management, 12(2), 189-207. DOI: 10.1108/JSMA-09-2018-0100

Cohen, W. M., & Levinthal, D. A. (1990). Absorptive capacity: A new perspective on learning and innovation. Administrative Science Quarterly, 35(1), 128-152.

Engelman, R., & Schreiber, D. (2018). ACAP Model and Innovation in U-I Relationship. Contextus - Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 16(2), 29-52.

Gomes, M. D., & Marcondes, R. C. (2016). O desenvolvimento de micro e pequenas empresas: o caso da Incubadora Tecnológica de Guarulhos. Revista de Gestão, 23(3), 264-273.

Hausberg, J. P. & Korreck, S. (2020). Business incubators and accelerators: a co-citation analysis-based, systematic literature review. The Journal of Technology Transfer, 45, 151-176.

Limaj, E. & Bernroider, E.W. (2017). The roles of absorptive capacity and cultural balance for exploratory and exploitative innovation in SMEs. Journal of Business Research, 4,137-153.

Machado, M. (2015). Aprendizagem Organizacional e sua relação com o desempenho em inovação de produtos moderada pelas capacidades dinâmicas [Tese de Doutorado, Universidade Regional de Blumenau]. FURB: UNIEDU - Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina. Link

Picoli, F. R., & Takahashi, A. (2016). Capacidade de Absorção, Aprendizagem Organizacional e Mecanismos de Integração Social. Revista de Administração Contemporânea, 20(1), 1-20.

Raupp, F. M., & Beuren, I. M. (2007). Compartilhamento do conhecimento em incubadoras brasileiras associadas à Anprotec. Revista de Administração Mackenzie, 8(2), 38-58.

Raupp, F. M., & Beuren, I. M. (2011). Perfil do suporte oferecido pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas. REAd. Revista Eletrônica de Administração, 17(2), 330-359.

Reis, T. B., Palma, M. A. M., & Crespo, A. C. (2012). Avaliação de desempenho de empresas incubadas com base no modelo CERNE: o caso de uma incubadora do Norte Fluminense. In XXXII Encontro Nacional de Engenharia da Produção, Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul.

Schmidt, T. (2010). Absorptive capacity - one size fits all? A firm-level analysis of absorptive capacity for different kinds of knowledge. Managerial and Decision Economics, 31(1), 1-18.

SEBRAE. (2017). Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Global Entrepreneurship Monitor - Empreendedorismo no Brasil: 2016. Curitiba: IBQP.

Silva, S. A. (2016). Por que Analisar a Gestão das Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica sob a Ótica da Resource-Based View? REAd. Revista Eletrônica de Administração, 22(3), 180-209.

Singh, A. S.; Cherobim, A. P. M. S. &Segatto, A. P. (2019). Análise do processo de incubação nas capacidades de EBTs incubadas. Revista Elet. de Estratégia & Negócios, 12(2), 171-194.

Teece, D. (2009). Dynamic capabilities and strategic management: Organizing for innovation and growth. Oxford University Press on Demand.

Teece, D., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509-533.

Tondolo, V. A. G., & Bitencourt, C. C. (2014). Compreendendo as capacidades dinâmicas a partir de seus antecedentes, processos e resultados. Brazilian Business Review, 11(5), 124-147.

Wang, C. L., & Ahmed, P. K. (2007). Dynamic capabilities: A review and research. International Journal of Management Review, 9(1), 31-51.

Werlang, B. L., & Werlang, N. B. (2021). Absorptive capacity and innovation: an analysis of business management of young entrepreneurs. Revista de Administração da UFSM, 14(Ed. Esp.), 1123-1139. DOI:10.5902/1983465964692

Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: planejamento e métodos (5ª ed). Bookman editora.

Zahra, S. A., & George, G. (2002). Absorptive capacity: a review, reconceptualization, and extension. Academy of Management Review, 27(2), 185-203.

Downloads

Publicado

22.10.2022

Como Citar

BORGES, M. R.; BUENO, J. M. A Capacidade Absortiva de Empresas Incubadas. Revista Ciências Administrativas, [S. l.], v. 28, p. e12808, 2022. DOI: 10.5020/2318-0722.2022.28.e12808. Disponível em: https://ojs.unifor.br/rca/article/view/12808. Acesso em: 7 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos