Projeto sala de espera: uma proposta para a educação em diabetes - doi:10.5020/18061230.2006.p197

Autores

  • Clarisse Mourão Melo Ponte Universidade Federal do Ceará
  • Virgínia Oliveira Fernandes Universidade Federal do Ceará
  • Maria Helane da Costa Gurgel Universidade Federal do Ceará
  • Vivian Saraiva Veras Universidade de Fortaleza
  • Ana Rosa Pinto Quidute Universidade Federal do Ceará.
  • Renan Magalhães Montenegro Universidade Federal do Ceará.
  • Silvana Linhares de Carvalho Universidade Federal do Ceará
  • Renan Magalhães Montenegro Junior Universidade de Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.5020/982

Palavras-chave:

Acolhimento, Diabetes mellitus, Educação, Autocuidado.

Resumo

A educação é um aspecto fundamental do cuidado do diabético. Para tal, várias estratégias têm sido buscadas. Os objetivos do presente estudo foram descrever o “Projeto Sala de Espera”, uma proposta que se baseia na utilização do período em que o paciente aguarda o atendimento individual para promover educação em diabetes; e avaliar o perfil clínico-epidemiológico dos diabéticos participantes deste projeto. Foram realizadas 20 reuniões, de março a outubro de 2006, com 350 pacientes seguidos no Ambulatório de Diabetes, do Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC e seus acompanhantes. Desses, 76 pacientes, selecionados aleatoriamente, foram entrevistados. As reuniões ocorriam a cada sexta-feira, em 2 sessões de aproximadamente meia-hora, que eram dirigidas por equipe uma multidisciplinar, e contavam com 25 participantes em cada. Ao término, era servido um café da manhã, o qual era utilizado para a educação nutricional. Entre os entrevistados, predominaram mulheres (85,5%), com média de idade 60,4±9,1 anos e tempo médio de diagnóstico de 10,6±5,9anos. Em relação ao tratamento, dos participantes, 40,7% usavam insulina; 63,1% antidiabéticos orais e 9,2% adotavam apenas mudanças no estilo de vida. A adesão às drogas era contínua em apenas 47,8% e a maioria (67,1%) não praticava atividades físicas. Quanto a dietoterapia, somente 31,5% aderiam plenamente. Mais de 75% dos avaliados eram alfabetizados e recebiam um salário mínimo ou menos. A partir das observações oriundas da prática, pode-se perceber: maior motivação dos pacientes após cada reunião, participação mais ativa nas consultas médicas e um crescente interesse sobre a sua enfermidade e o seu cuidado. Proporcionar a participação do diabético no seu tratamento, estimulando o autocuidado, é um desafio a ser alcançado por todos os serviços de saúde e que pode ser facilitada com a utilização de propostas como a descrita.

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Biografia do Autor

Clarisse Mourão Melo Ponte, Universidade Federal do Ceará

Médica Residente de Endocrinologia do Hospital Universitário Walter Cantídio - Universidade Federal do Ceará (HUWC - UFC)

Virgínia Oliveira Fernandes, Universidade Federal do Ceará

Médica Endocrinologista, Assistente do Serviço de Endocrinologia e Diabetes do HUWC –UFC

Maria Helane da Costa Gurgel, Universidade Federal do Ceará

Médica Residente de Endocrinologia do HUWC – UFC

Vivian Saraiva Veras, Universidade de Fortaleza

Acadêmica de Enfermagem da Universidade de Fortaleza

Ana Rosa Pinto Quidute, Universidade Federal do Ceará.

Médica Endocrinologista, Assistente do Serviço de Endocrinologia e Diabetes HUWC –UFC

Renan Magalhães Montenegro, Universidade Federal do Ceará.

Médico Endocrinologista, Professor Adjunto do Departamento de Medicina Clínica, da Faculdade de Medicina - UFC;

Silvana Linhares de Carvalho, Universidade Federal do Ceará

Enfermeira Chefe do Serviço de Endocrinologia e Diabetes do HUWC-UFC

Renan Magalhães Montenegro Junior, Universidade de Fortaleza

Professor Titular do Mestrado em Educação em Saúde, da Universidade de Fortaleza

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Publicado

2012-01-04

Como Citar

Ponte, C. M. M., Fernandes, V. O., Gurgel, M. H. da C., Veras, V. S., Quidute, A. R. P., Montenegro, R. M., Carvalho, S. L. de, & Montenegro Junior, R. M. (2012). Projeto sala de espera: uma proposta para a educação em diabetes - doi:10.5020/18061230.2006.p197. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 19(4), 197–202. https://doi.org/10.5020/982

Edição

Seção

Artigos Originais