Análise do desenvolvimento neuropsicomotor de crianças participantes de um programa mãe-bebê

Simone de Paula; Ellen Becker Rohr; Maristela Cassia de Oliveira Peixoto; Caroline D’Azevedo Sica; Ilse Maria Kunzler

doi:10.5020/18061230.2019.8603

Autores

Simone de Paula Universidade Feevale http://orcid.org/0000-0003-3198-2695
Ellen Becker Rohr Universidade Feevale http://orcid.org/0000-0003-2433-9861
Maristela Cassia de Oliveira Peixoto Universidade Feevale http://orcid.org/0000-0002-7885-0000
Caroline D’Azevedo Sica http://orcid.org/0000-0002-3410-7151
Ilse Maria Kunzler Universidade Feevale http://orcid.org/0000-0001-9338-5007

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2019.8603

Palavras-chave:

Desenvolvimento Infantil, Promoção da Saúde, Atenção Primária à Saúde.

Resumo

Objetivo: Analisar o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças participantes de um Programa Mãe-bebê. Métodos: Estudo transversal, realizado com 52 crianças entre 6 e 12 meses de idade, procedentes do Programa Mãe-bebê, um projeto de extensão realizado em uma comunidade carente de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, Brasil, em 2017. A partir dos prontuários, selecionaram-se as crianças e, para a avaliação do desenvolvimento infantil, utilizou-se o Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II, aplicado no domicílio das crianças, por profissionais treinados, no período de março a novembro de 2017. Resultados: A amostra compôs-se de crianças nascidas a termo (38,52±1,83 semanas), com peso acima de 2500g (94,23%; n=49), que receberam aleitamento materno exclusivo (57,70%; n=30). Quanto ao desenvolvimento neuropsicomotor, 30,8% (n=16) das crianças apresentam desenvolvimento global suspeito, sendo que os domínios mais afetados foram a linguagem (13,5%; n=7) e o motor grosso (11,5%; n=6). As variáveis independentes que mostraram associação com suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor foram o aleitamento materno exclusivo (p=0,03), o número de filhos (p=0,01) e a situação conjugal (p=0,04). Conclusão: A maioria das crianças (69,2%, n=36) participantes do Programa Mãe-bebê apresentaram um desenvolvimento neuropsicomotor adequado e compatível com sua faixa etária. No entanto, 30% (n=16) das crianças que apresentaram um neurodesenvolvimento considerado suspeito tiveram a linguagem e o motor grosso como os domínios mais afetados.

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Biografia do Autor

Simone de Paula, Universidade Feevale

Possui graduação em Fisioterapia pelo Centro Universitário Feevale, Mestrado e Doutorado em Medicina/Saúde da Criança pela PUCRS. É especialista em Fisioterapia Dermatofuncional, tem formação no Conceito Neuroevolutivo Bobath e em Tecnologias Assistivas. Foi bolsista do Laboratório de Neurociência da PUCRS, atuando na área de pesquisa básica em células-tronco e modelos animais de doenças neurológicas. Atualmente é professora e pesquisadora do Curso de Fisioterapia da Universidade Feevale e lidera um projeto de pesquisa na área de reabilitação e prevenção de comorbidades em um grupo de cadeirantes denominado “Movimento sobre Rodas”, que atua através de ações educativas e tecnológicas em saúde. Também atua em outros projetos vinculados à linha de Pesquisa em Doenças Crônicas Não transmissíveis e é integrante do Programa de Extensão Comunitária Mãe-bebê, participando através de pesquisas na área do desenvolvimento infantil, e na implementação de sistemas informatizados de banco de dados na área da atenção básica. Tem experiência na área de Reabilitação, Tecnologias Assistivas e Fisioterapia Neurofuncional, atuando nos seguintes temas: tecnologias em saúde, reabilitação virtual, deficiências neuromotoras e avaliações do desenvolvimento e da capacidade funcional.

Ellen Becker Rohr, Universidade Feevale

Bolsista de extensão, acadêmica de Fisioterapia.

Maristela Cassia de Oliveira Peixoto, Universidade Feevale

Possui graduação em enfermagem pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2007). Mestre em Diversidade Cultural e Inclusão Social - Linha de Pesquisa: Saúde e Inclusão Social - Atuação na Pesquisa: Envelhecimento bem-sucedido (Universidade Feevale), Especialização em Gestão de Serviços e Sistemas Públicos de Saúde (2010), Especialista em Avaliação de Serviços da Saúde (2015) - UNASUS, Especialista em Gestão em Saúde (2015) - FIOCRUZ. Docente do curso de enfermagem da Universidade Feevale e e é integrante do Programa de Extensão Comunitária Mãe-bebê, participando através de pesquisas na área do desenvolvimento infantil, e na implementação de sistemas informatizados de banco de dados na área da atenção básica. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem de Saúde Pública.

Caroline D’Azevedo Sica

Graduada em Nutrição pela Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) em 2008. Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul - Fundação Universitária (IC/FUC) em 2012. Doutora em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul - Fundação Universitária (IC/FUC) em 2017. Atualmente é docente do Curso de Graduação de Nutrição da Universidade Feevale. Tem experiência na área de Nutrição, com ênfase em Saúde Coletiva, Nutrição Clínica e Educação Nutricional, bem como em Prevenção de Doenças Cardiovasculares na Infância e Adolescência. Integrante do Programa de Extensão Comunitária Mãe-bebê, participando através de pesquisas na área do desenvolvimento infantil, e na implementação de sistemas informatizados de banco de dados na área da atenção básica.

Ilse Maria Kunzler, Universidade Feevale

Enfermeira, Especialista em Enfermeira Obstétrica, Preceptoria do SUS e Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais de Saúde, Mestre em Enfermagem. Docente do curso de enfermagem da Universidade Feevale e é líder do Programa de Extensão Comunitária Mãe-bebê, participando através de pesquisas na área do desenvolvimento infantil, e na implementação de sistemas informatizados de banco de dados na área da atenção básica.

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