Educação em saúde: algumas reflexões sobre sua implementação pelas equipes da estratégia saúde da família

Autores

  • Priscila G. Josepetti Santili Secretaria Municipal de Saúde de Marília
  • Sílvia Franco da Rocha Tonhom Faculdade de Medicina de Marília
  • Maria José Sanches Marin Faculdade de Medicina de Marília

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2016.sup.p102

Palavras-chave:

Estratégia Saúde da Família, Educação em Saúde, Exercício Profissional, Relações Profissional-Paciente.

Resumo

Objetivo: Analisar o desenvolvimento da educação em saúde pela equipe multiprofissional da estratégia saúde da família. Métodos: Pesquisa de abordagem qualitativa, com uma coleta de dados por meio de grupo focal realizado com quatro equipes de saúde e um com gestores da saúde do município. Foi utilizada a análise de conteúdo, modalidade temática para analisar o conteúdo dos encontros em grupo. Resultados: Os profissionais reconhecem a importância das atividades de educação em saúde, porém sinalizam algumas fragilidades em atuarem segundo os princípios do Programa devido o foco da assistência ser, ainda, em atendimentos individuais baseados na demanda e o conceito de educação em saúde ainda é limitado. Identificado à realização de algumas atividades de educação em saúde, em cenários diversos e destacam ações intersetoriais. Conclusão: Existe necessidade de investimentos em espaços de reflexão entre os profissionais das equipes e, a educação permanente se mostra como potente ferramenta para possíveis transformações no processo de trabalho em saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Paim JS. Modelos de atenção a saúde no Brasil. In: Giovanella L, Escorel S, Lobato LVC, Noronha JC, Carvalho AI, organizadores. Políticas e sistema de saúde no Brasil. 2a ed. rev. ampl. Rio de Janeiro (RJ): Fiocruz; 2012; p. 547-73.

Silva Júnior AG, Alves CA. Modelos assistenciais em saúde: desafios e perspectivas. In: Morosini MVGC, Corbo ADA, organizadores. Modelos de atenção e a saúde da família. Rio de Janeiro (RJ): Fiocruz; 2007. p 27-41.

Sucupira AC. A importância do ensino da relação médico-paciente e das habilidades de comunicação na formação do profissional de saúde. Interface Comun Saúde Educ. 2007;11(23):624-7.

Carvalho G. A saúde pública no Brasil. Estud Av. 2013;27(78):7-26.

Marin MJS, Marchioli M, Moracvick MYAD. Fortalezas e fragilidades do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde tradicionais e da Estratégia de Saúde da Família pela ótica dos usuários. Texto & Contexto Enferm. 2013;22(3):780-8.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 1.444, de 28 de dezembro de 2000. Dispõe do incentivo financeiro para reorganização da atenção a saúde bucal por meio do Programa Saúde da Família. Diário Oficial da União, Brasília (DF); 29 dez 2000; Seção 1:85.

Pinheiro PM, Oliveira LC. A contribuição do acolhimento e do vínculo na humanização da prática do cirurgião-dentista no Programa Saúde da Família. Interface Comun Saúde Educ. 2011;15(6):185-98.

Fernandes MCP, Backes VMS. Educação em saúde: perspectivas de uma equipe da Estratégia Saúde da Família sob a óptica de Paulo Freire. Rev Bras Enferm. 2010;63(4):567-73.

Minayo MCS. O desafio da pesquisa social. In: Minayo MCS, organizadora, Deslandes SF, Gomes R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 32a ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2012. p. 9-29.

Ressel LB, Beck CLC, Gualda DMR, Hoffmann IC, Silva RM, Sehnem GD. O uso do grupo focal em pesquisa qualitativa. Texto & Contexto Enferm. 2008;17(4):779-86.

Santili PGJ, Tonhom, SFR, Marin MJS. Educação em saúde: desafios na sua implementação. In: Atas do 5º Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa, 1º International Symposium on Qualitative Research; 12-14 jul 2016; Porto, PT [Internet]. Porto (PT): Ludomedia; 2016. [citado 29 jul 2016]. Disponível em: <http://proceedings.ciaiq.org/index.php/ciaiq2016/article/view/757/744>. Acesso em: 29 jul. 2016.

Minayo MCS. Trabalho de campo: contexto de observação, interação e descoberta. In: Minayo MCS, organizadora, Deslandes SF, Gomes R. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 32a ed. Petrópolis (RJ): Vozes; 2012. p. 61-78

Fertonani HP, Pires DEP, Biff D, Anjos Scherer MD. Modelo assistencial em saúde: conceitos e desafios para a atenção básica brasileira. Ciênc Saúde Coletiva. 2015;20(6):1869-78.

Franco TB, Merhy EE. Programa de Saúde da Família (PSF): contradições de um programa destinado à mudança do modelo tecnoassistencial. In: Merhy EE, Magalhães Júnior HM, Rimoli J, Franco TB, Bueno WS, organizadores. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano São Paulo (SP): Hucitec; 2003. p. 55-124.

Roncalli AG. A organização da demanda em serviços públicos de saúde bucal: universalidade, eqüidade e integralidade em saúde bucal coletiva [tese]. Araçatuba (SP): Universidade Estadual Paulista; 2000. 238 p.

Rosolin RAM. A influência da demanda espontânia na (des)caracterização do processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família [tese] Botucatu (SP): Universidade Estadual Paulista ; 2014. 111 p.

Feuerwerker L. Modelos tecnoassistenciais, gestão e organização do trabalho em saúde: nada é indiferente no processo de luta para a consolidação do SUS. Interface Comun Saúde Educ. 2005;9(18):489-506.

Buss PM. Uma introdução ao conceito de promoção da saúde. In: Czeresnia D, Freitas CM. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro (RJ): Fiocruz; 2003. p. 19-42.

Chiesa AM, Veríssimo M. A educação em saúde na prática do PSF. Instituto para o Desenvolvimento da Saúde; Universidade de São Paulo; Ministério da Saúde, organizadores. Manual de enfermagem. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2001. p. 34-42.

Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2006.

Campos GW, Barros RB, Castro AM. Avaliação de Política Nacional de Promoção da Saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2004;9(3):745-9.

Langdon EJ, Wiik FB. Antropologia, saúde e doença: uma introdução ao conceito de cultura aplicado às ciências da saúde. Rev Latinoam Enferm. 2010;18(3):173-81.

Laraia RB. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro (RJ): Zahar; 2001.

Oliveira ATSA, Moreira CT, Machado CA, Vasconcelos Neto JA, Machado MFAS. Crendices e práticas populares: influência na assistência de enfermagem prestada à criança no Programa Saúde da Família. Rev Bras Promoç Saúde. 2012;19(1):11-8.

Oliveira HM, Gonçalves MJF. Educação em saúde: uma experiência transformadora. Rev Bras Enferm. 2004;57(6):761-3.

Sales FMS. Ações de educação em saúde para prevenção e controle da dengue: um estudo em Icaraí, Caucaia, Ceará. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13(1):175-84.

Gomes LB, Merhy EE. A educação popular e o cuidado em saúde: um estudo a partir da obra de Eymard Mourão Vasconcelos. Interface Comun Saúde Educ. 2014;18(Supl 2):1427-40.

Marin MJS, Moracvick MYAD, Rodrigues LCR, Santos SC, Santana FHS, Amorim DMR. Conhecendo os motivos da não adesão às ações educativas em saúde. REME Rev Mineira Enferm. 2013;17(3):505-9.

Camargo-Borges C, Mishima SM. A responsabilidade relacional como ferramenta útil para a participação comunitária na atenção básica. Saúde Soc. 2009;18(1):29-41.

Downloads

Publicado

2017-04-19

Como Citar

Santili, P. G. J., Tonhom, S. F. da R., & Marin, M. J. S. (2017). Educação em saúde: algumas reflexões sobre sua implementação pelas equipes da estratégia saúde da família. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 29, 102–110. https://doi.org/10.5020/18061230.2016.sup.p102