A interferência relativa das avós no aleitamento materno de suas filhas adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p253Palavras-chave:
Aleitamento Materno, Adolescente, Relação entre Gerações, Saúde da Mulher.Resumo
Objetivo: Compreender influência das avós no exercício e duração do aleitamento materno de suas filhas adolescentes, durante os primeiros seis meses de vida da criança. Métodos: Estudo qualitativo, realizado com 25 futuras avós, que conviviam com suas filhas ou noras adolescentes grávidas, antes e após o nascimento de seus netos, no período de março de 2011 a janeiro de 2014. As entrevistas foram guiadas por um roteiro semiestruturado, e uma vez transcritas foram analisadas de forma temática, da qual emergiu a categoria: “O processo de amamentar para as avós”. Resultados: As avós mostraram-se presentes na amamentação de seus netos desde os momentos iniciais até a introdução de alimentos complementares e as suas experiências pessoais de sucesso no aleitamento materno foram importantes para a construção do apoio à nutriz adolescente. Com passar do tempo, as avós se posicionaram na retaguarda, permitindo que as adolescentes assumissem a responsabilidade de principais cuidadoras dos bebês. Conclusão: A influência das avós na amamentação de seus netos se deu pela crença compartilhada que amamentar é importante, saudável e uma obrigação da mãe.Downloads
Referências
Almeida JA, Novak FR. Amamentação: um híbrido natureza-cultura. J Pediatr. 2004;80(5 Supl):S119-25.
Organização Mundial da Saúde. Estratégia Global para a Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância. São Paulo: IBFAN Brasil; 2007. [acesso em 2 Nov 2015]. Disponível em: http://www.ibfan.org.br/ documentos/ibfan/doc-286.pdf
Victora CG, Bahl R, Barros AJ, França GV, Horton S, Krasevec J, et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, and lifelong effect. Lancet. 2016; 387(10017):475-90.
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. II Pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
American Academy of Pediatrics. Breastfeeding and use of human milk. Pediatrics. 2012;129(3):e827-41.
United Nations Children’s Fund - UNICEF. The State of the World’s Children 2015: reimagine the future [Internet]. 2015 [acesso em 2015 Nov 01]. Disponível em: http://www.unicef.org/publications/files/SOWC_2015_Summary_and_Tables
Quiroga FL, Vitalle MSS. O adolescente e suas representações sociais: apontamentos sobre a importância do contexto histórico. Physis. 2013;23(3):863-78.
Ministério da Saúde (BR). Secretaria Executiva Departamento de Informática do SUS/DATASUS. Informações de Saúde. Estatísticas Vitais. Nascidos Vivos. 2014. [acesso em 2014 Fev 17]. Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?are a=0205&id=6936&VObj=http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nv
Moreira M. Articulando gênero e geração aos estudos de saúde e sexualidade [Internet]. 2010 [acesso em 2014 Fev 06]. Disponível em: http://www.fazendogenero. ufsc.br/7/artigos/M/Maria_Ignez_Costa_Moreira_14.pdf
Landale NS, Thomas KJA, Hook JV. The living arrangements of children of immigrants. Future Child. 2011;21(1):43-70.
Silva NCB, Nunes CC, Mazzeto MCM, Rios KSA. Variáveis da família e seu impacto sobre o desenvolvimento infantil. Temas Psicol. 2008;16(2):215-29.
Turato ER. Métodos qualitativos e quantitativos na área da saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa. Rev Saúde Pública. 2005;39(3):507-14.
Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70;2011.
Minayo MC. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec; 2014.
McInnes RJ, Chambers JA Supporting breastfeeding mothers: qualitative synthesis. J Adv Nurs. 2008;62(4):407-27.
Kim J, Mathai RA. Comparison of feeding practices in infants in the WIC Supplemental Nutrition Program who were enrolled in child care as opposed to those with parent care only. Breastfeed Med. 2015;10(7):371-6.
Rosen IMK, Krueger MV, Carney LM, Graham JA. Prenatal breastfeeding education and breastfeeding outcomes. MCN Am J Matern Child Nurs.2008;33(5):315-9.
Takushi SAM, Tanaka ACA, Gallo PR, Machado MAMP. Motivação de gestantes para o aleitamento materno. Rev Nutr. 2008;21(5):491-502.
Sandre-Pereira G, Colares LGT, Carmo MGT, Soares EA. Conhecimentos maternos sobre amamentação entre puérperas inscritas em programa de prénatal. Cad Saúde Pública. 2000;16(2):457-66.
Badinter E. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 1985.
Susin LRO, Giugliani ERJ, Kummer SC. Influência das avós na prática do aleitamento materno. Rev Saúde Pública, 2005; 39(2):141-7.
Rocha MG, Costa ES. Interrupção precoce do Aleitamento Materno exclusivo: experiência com mães de crianças em consultas de puericultura. Rev Bras Promoç Saúde. 2015;28(4):547-52.
Saliba NA, Zin LG, Moimaz SAS, Saliba O. Freqüência e variáveis associadas ao aleitamento materno em crianças com até 12 meses de idade no município de Araçatuba, São Paulo, Brasil. Rev Bras Matern Infantil. 2008;8(4):481-90.
Anjum Q, Ashfaq T, Siddiqui H. Knowledge regarding breastfeeding practices among medical students of Ziauddin University Karachi. J Pak Med Assoc. 2007;57(10):480-3.
Costa CRO, Meirelles RMS, Soares IC, Vieira EMS. Conhecimento e percepção dos acadêmicos do internato do curso de medicina sobre aleitamento materno. Ver Pedriatr SOPERJ. 2012;13(2):38-46.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os manuscritos apresentados devem destinar-se exclusivamente à RBPS, não sendo permitida sua apresentação a outro periódico. Junto ao envio do manuscrito, autores devem encaminhar a Declaração de Responsabilidade e de Direitos Autorais assinada por todos os autores, bem como, sua contribuição individual na confecção do mesmo e deverá ser enviada no formato pdf.
O autor poderá depositar a versão final do artigo, com revisão por pares “postprint” em qualquer repositório ou website de acordo com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.