Agente de combate às endemias e o processo de trabalho da equipe de saúde da família
DOI:
https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p380Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Promoção da Saúde, Estratégia Saúde da Família.Resumo
Objetivo: Identificar as atividades dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) no processo de trabalho das equipes de Saúde da Família (SF) a partir dos relatos de suas atividades. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, com 57 ACE, que trabalham junto às equipes de SF de Patos de Minas (MG) e que responderam a um questionário autoaplicável, contendo perguntas fechadas e abertas no período de fevereiro de 2012. Resultados: A maioria era do sexo feminino (n=46, 81%), com 31 a 40 anos (n=24,42%), com menos de seis anos de trabalho como ACE, cada um responde em média por 800 imóveis, realiza 31 visitas diárias e não participou do Curso Introdutório de Formação. Nas reuniões de equipe, embora se sentissem integrados com a equipe de SF, mais de 50% não tem conseguido apresentar as informações obtidas, tampouco as necessidades das famílias. Conclusão: A maioria dos ACEs se sentem integrados às equipes de saúde da família, contudo a ausência do curso introdutório, antes de iniciar o trabalho no programa, pareceu contribuir para a falta de informações sobre o processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF). Evidenciou-se que as informações e o conhecimento da realidade das famílias apreendidas pelos ACE durante as visitas domiciliares ou de modo informal, tem pouca valorização pela equipe de saúde da família. Além disso, relatam que seu trabalho junto às famílias foi destacado por trazer benefícios à comunidade.Downloads
Referências
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Política nacional de atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Merhy EE, Franco TB. Programa de Saúde da Família: somos contra ou a favor? Saúde em Deabate.2002;26(60):118-22.
Teixeira HV, Gonçalves VBG. Gasto público com a saúde no Brasil: possibilidades e desafios. In: 1º Jornada da Economia em saúde; São Leopoldo; 2004 [acesso 2013 Jul 2] Disponível em: http://www.abres.cict.fiocruz.br/ docs.htm.
Nascimento MS, Nascimento MA. A. Prática da enfermeira no Programa de Saúde da Família: a interface da vigilância da saúde versus as ações programáticas em saúde. Ciênc Saúde Colet. 2005;10(2):333-45.
Silva VHM, Sales R, Aragão K, Cavalcante AL. Uma avaliação econômica do programa saúde da família sobre a taxa de mortalidade infantil. Textos para Discussão do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE). 2010;86 [acesso em 2010 Abr 10]. Disponívelem:http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/textos_discussao/TD_ 86.pdf
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº. 2.488, de 21 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da família (ESF) e o programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Diário Oficial da União, Poder Executivo; Brasília; 2016 Out 21 [acesso em 2016 Set 14]. Disponível em:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Assistência à Saúde, Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde; 1997.
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (BR). Sistema Único de Saúde. Brasília: CONASS; 2007.
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (BR). Planificação da atenção primária à saúde nos Estados. Brasília: CONASS; 2011. (Progestores. Nota Técnica -04/2010).
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Saúde da família no Brasil: uma análise de indicadores selecionados: 1998-2004. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (BR), Departamento de Gestão da Educação de qualificação dos agentes de combate às endemias e demais agentes que atuam em vigilância em saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 1.007, de 4 de maio de 2010. Define critérios para regulamentar a incorporação do Agente de Combate às Endemias- ACE, ou dos agentes que desempenham essas atividades, mas com outras denominações, na atenção primária à saúde para fortalecer as ações de vigilância em saúde junto às equipes de Saúde da Família [acesso em 2010 Abr 10]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt1007_04_05_2010_comp.html
Nascimento-Schulze CM, Camargo BV. Psicologia social, representações sociais e métodos. Temas Psicol. 2000;8(3):287-99.
Peduzzi M, Anselmi ML. O processo de trabalho de enfermagem: a cisão entre planejamento e execução do cuidado. Rev Bras Enferm. 2002;55(4):392-8.
Peduzzi M, Schraiber LB. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz/ Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio; 2009.
Jodelet D. Representações sociais: um domínio em expansão. In: Jodelet D. As representações sociais. Rio de Janeiro; 2001. p. 187-203.
Moscovici S. Representações sociais: investigações em Psicologia Social. Petrópolis: Vozes; 2003.
Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2011.
Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Promoção da Saúde. 3ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Barbosa RHS, Menezes CAF, David HMSL, Bornstein VJ. Gender and healthcare work: a critical view of community health agents’ work. Interface Comun Saúde Educ. 2012;16(420:751-65.
Galavote HS, Prado TN, Maciel ELN, Lima RCD. Desvendando os processos de trabalho do agente comunitário de saúde nos cenários revelados na Estratégia Saúde da Família no município de Vitória (ES, Brasil). Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(1):231-40.
Musse JO, Marques RS, Lopes FRL, Monteiro KS, Santos SC. Avaliação de competências de Agentes Comunitários de Saúde para coleta de dados epidemiológicos Ciênc Saúde Coletiva. 2015;20(2):525-36.
Silva TL, Dias EC, Ribeiro ECO. Knowledge and practices of community health agents in workers’ healthcare. Interface Comun Saúde Educ. 2011;15(38):859-70.
Abrahão AL. Atenção primária e o processo de trabalho em saúde. Informe-se Promoção Saúde. 2007;3(1):1-3.
Faria H, Werneck M, Santos MA. Processo de trabalho em saúde. 2ª ed. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, Coopmed; 2009.
Pereira IC, Oliveira MAC. O trabalho do agente comunitário na promoção da saúde: revisão integrativa da literatura. Rev Bras Enferm. 2013;66(3):412-9.
Lima AP, Corrêa ACP, Oliveira QC. Conhecimento de Agentes Comunitários de Saúde sobre os instrumentos de coleta de dados do SIAB. Rev Bras Enferm. 2012;65(1):121-7.
Silva JS, Fortuna CM, Pereira MJB, Matumoto S, Santana FR, Marciano FM, et al. Supervision of Community Health Agents in the Family Health Strategy: the perspective of nurses. Rev Esc Enferm USP. 2014;48(5):895-902.
Monteiro MAGS, Previtali FS. A política de formação profissional dos agentes comunitários de Saúde: limites e possibilidades de construção de sujeitos críticos. Rev Labor. 2011; 5(1):141-63.
O´Dwyer G, Tavares MFL, Seta MH. O desafio de operacionalizar as ações de vigilância sanitária no âmbito da promoção da saúde e no locus saúde da família. Interface Comun Saúde Educ. 2007;11(23):467-84.
Brito RS, Ferreira NEMS, Santos DLA. Atividades dos agentes comunitários de saúde no âmbito da Estratégia Saúde da família: revisão integrativa da literatura. Saúde Transform. Soc. 2014;5(1):16-21.
Filgueiras AS, Silva ALA. Agente Comunitário de saúde: um novo ator no cenário da saúde do Brasil. Physis (Rio J). 2011;21(3):899-915.
Santos TS, Saliba NA, Moima SAS, Arcieri RM, Carvalho ML. Agente comunitário de saúde: perfil adequado a realidade do Programa Saúde da Família? Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(Supl 1):1023-8.
Costa SM, Araújo FF, Martins LV, Nobre LLR, Araújo FM, Rodrigues CAQ. Agente Comunitário de Saúde: elemento nuclear das ações em saúde Ciênc Saúde Coletiva. 2013;18(7):2147-56,.
Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias de dengue. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
Marzari CK, Junges JR, Selli L. Agentes comunitários de saúde: perfil e formação. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(Supl 1):873-80.
Pontes ALM, Bornstein VJ, Giugliani C. O agente comunitário de saúde em Angola: desafios para sua atuação e para a formação profissional em saúde. Trab Educ Saúde. 2012;9(3):521-33.
Tesser CD, Garcia AV, Vendruscolo C, Argenta V. Estratégia saúde da família e análise da realidade social: subsídios para políticas de promoção da saúde e educação permanente. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(11):4295-306.
Galavote HS, Franco TB, Lima RCD, Belizário AM. Joy and sadness in the daily activities of community health agents: scenarios of passions and emotions. Interface Comun Saúde Educ. 2013;17(46):575-86.
Pedrosa IL, Lira GA, Oliveira B, Silva MSML, Santos MB, Silva EA, et al. Uso de metodologias ativas na formação técnica do agente comunitário de saúde. Trab Educ Saúde. 2011;9(2):319-32.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os manuscritos apresentados devem destinar-se exclusivamente à RBPS, não sendo permitida sua apresentação a outro periódico. Junto ao envio do manuscrito, autores devem encaminhar a Declaração de Responsabilidade e de Direitos Autorais assinada por todos os autores, bem como, sua contribuição individual na confecção do mesmo e deverá ser enviada no formato pdf.
O autor poderá depositar a versão final do artigo, com revisão por pares “postprint” em qualquer repositório ou website de acordo com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.