Treinamento neuromotor no padrão de marcha e na mobilidade de tornozelos em idosos

Autores

  • Bruna Caroline de Lima Universidade do Contestado Campus Mafra SC
  • Bruna Cardoso Universidade do Contestado Mafra SC
  • Malu Cristina de Araujo Montoro Lima Universidade do Contestado Mafra SC

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p487

Palavras-chave:

Idoso, Marcha, Movimento.

Resumo

Objetivo: Analisar o efeito do treinamento neuromotor no padrão de marcha e a mobilidade de tornozelos em idosos. Métodos: Ensaio controlado não aleatorizado, de corte transversal, realizado em Rio Negrinho, Santa Catarina, no período de maio a setembro de 2015, com amostra de 26 idosas divididas em grupo controle (GC=15) e grupo treinamento neuromotor (GTN=11). A avaliação do padrão de marcha ocorreu através do Protocolo de Cerny e a mobilidade de tornozelos, através da goniometria. O GC realizou atividade física regular composta por aquecimento, exercícios de alongamento e fortalecimento muscular de grandes grupos musculares de membros e desaquecimento. O GTN recebeu treinamento neuromotor em forma de circuito composto por 10 estações, com aquecimento, treinamento neuromotor, desaquecimento e repetição do circuito em 3 vezes, com permanência de 1 minuto em cada estação e 30 segundos de intervalo entre elas, com progressão de dificuldade dos exercícios após a sexta semana. Ambos os grupos realizaram a atividade por 12 semanas (2 vezes semanais, com duração de 45 minutos). Análise ocorreu pelo teste t, adotando um nível de significância de p<0,05. Resultados: Houve melhora significativa em dorsiflexão de ambos os tornozelos (direito p=0,00 e esquerdo=0,02) e em ambos os grupos; já no padrão de marcha, não houve melhora significativa após treinamento neuromotor (velocidade p=0,55; tempo de deambulação p=0,6). Conclusão: O treinamento neuromotor beneficiou a manutenção do padrão de marcha (velocidade e tempo de deambulação) e a mobilidade articular de tornozelos em idosas avaliadas. Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos: RBR-9tphus

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bruna Caroline de Lima, Universidade do Contestado Campus Mafra SC

Acadêmica do décimo período do curso de Fisioterapia da Universidade do Contestado Mafra SC

Bruna Cardoso, Universidade do Contestado Mafra SC

Acadêmica do décimo período do curso de Fisioterapia da Universidade do Contestado Mafra SC.

Malu Cristina de Araujo Montoro Lima, Universidade do Contestado Mafra SC

Mestre em Educação Física UFPR 2012 Fisioterapeuta PUC PR 1993 Pesquisadora do NUPESC UnC Mafra. Docente na Universidade do Contestado Campus Mafra desde 2006 docente no Centro Universitário Autônomo do o Brasil UNIBRASIL Curitiba PR desde 2014

Referências

Ferreira FPC, Bansi LO, Paschoal SMP. Serviços de atenção ao idoso e estratégias de cuidado domiciliares e institucionais. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2014;17(4):911-26.

Sousa SPO, Branca SBPB. Panorama epidemiológico do processo de envelhecimento no mundo no Brasil e Piauí: evidências na literatura. Enferm Foco (Brasília). 2011;2(3):188-90.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Sinopse do Senso Demográfico de 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2011.

American College of Sports Medicine, Chodzko- Zajko WJ, Proctor DN, Fiatarone Singh MA, Minson CT, Nigg CR et al. American College of Sports Medicine position stand: exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc. 2009;41(7):1510-30.

Ferreira OGL. Envelhecimento Ativo e Sua Relação com a Independência Funcional. Texto & Contexto Enferm. 2012;21(3):513-8.

Mann L, Kleinpaul J, Teixeira CS, Rossi AG, Lopes LFD, Mota CB. Investigação do equilíbrio corporal em idosos. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2008;11(2):155-65.

Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa - PNS. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Lenardt MH, Carneiro NHK, Betiolli SE, Ribeiro DKMN, Wachholz PA. Prevalence of pre-frailty for the component of gait speed in older adults. Rev Latinoam Enferm. 2013;21(3):734-41.

Lima AP, Cardoso FB. Avaliação da eficácia de um programa ludomotor de exercícios físicos na melhora da capacidade funcional de idosos. Estud. Interdiscip Envelhec. 2011;18(2):429-40.

Pedrinelli A, Garcez LE, Nobre RSA. O efeito da atividade física no aparelho locomotor do idoso. Ver Bras Ortop. 2009;44(2):96-101.

Brown M, Sinacore DR, Ehsani AA, Binder EF, Holloszy JO, Kohrt WM. Low-intensity exercise as a modifier of physical frailty in older adults. Arch Phys Med Rehabil. 2000;81(7):960-5.

Kovács E, Prókai L, Mészáros L, Gondos T. Adapted physical activity is beneficial on balance, functional mobility, quality of life and fall risk in communitydwelling older women: a randomized singleblinded controlled trial. Eur J Phys Rehabil Med. 2013;49(3):301-10.

Cruz A, Oliveira EM, Melo SIL. Análise biomecânica do equilíbrio do idoso. Acta Ortop Bras. 2010;18(2): 96-9.

Guimarães JMN, Farinatti PTV. Descriptive analysis ofvariables theoretically associated to the risk of falls in elder women. Rev Bras Med Esporte. 2005;11(5):299- 305.

World Health Organization-WHO. World report on Ageing and Health 2015.Geneva: WHO; 2015.

Henriques GRP, Ribeiro ASB, Corrêa AL, Sanglard, RCF, Pereira, JS. A interferência da redução progressiva nas amplitudes da articulação coxofemural na velocidade da marcha. Fit & Perfor Jour. 2003;2(3):183-9.

Marques AP. Manual de goniometria. São Paulo: Manole; 2003.

Farinatti PTV, Lopes LNC. Amplitude e cadência do passo e componentes da aptidão muscular em idosos: um estudo correlacional multivariado. Rev Bras Med Esporte. 2004;10(5);389-94.

Ribeiro ASB, Pereira JS. Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de queda em idosas após os exercícios de Cawthorne e Cooksey. Rev Bras Otorrinolaringol. 2005;71(1):38-46.

Zambaldi PA, Costa TABN, Diniz GCLM, Scalzo PL. Efeito de um treinamento de equilíbrio em um grupo de mulheres idosas da comunidade: estudo piloto de uma abordagem específica, não sistematizada e breve. Acta Fisiatr. 2007;14(1):17-24.

Costa JNA, Gonçalves CD, Rodrigues GBA, Paula AP, Pereira MM. Exercícios multissensoriais no equilíbrio e na prevenção de quedas em idosos. EFDeportes.com

[Internet]. 2009 [acesso em 2015 Fev 11];14(135):1-19. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd135/exercicios-multisensoriais-em-idosos.htm

Gomes M Neto, Castro MF. Comparative study of functional independence and quality of life among active and sedentary elderly. Rev Bras Med Esporte.

;18(4):234-37.

El Haber N, Erbas B, Hill K, Wark J. Relationship between age and measures of balance, strength and gait: linear and non-linear analyses. Clin Sci. 2008;114(12):719-27.

Krebs DE, Scarborough DM, McGibbon CA. Functional vs. strength training in disabled elderly outpatients. Am J Phys Med Rehabil. 2007;86(2):93-103.

Brandalize D, Almeida PHF, Machado J, Endrigo R, Chodur A, Israel VL. Effects of differents schedule of exercise on the gait in healthy elderly: a review. Fisioter Mov. 2011;24(3):549-56.

Fernandes AMBL, Ferreira JJA, Gomes LROS, Brito GEG, Clementino ACCR, Souza NM. Effects of physical training on gait performance and functional mobility in elderly. Fisioter Mov. 2012;25(4):821-30.

Silva GG, Silva AC, Soares AS, Avellar MC, Miranda VCR. Análise biomecânica da marcha e capacidade funcional de idosos praticantes e não praticantes de musculação. Pesquisa Edu Física. 2012;11(3):17-24.

Cao ZB, Maeda A, Shima NK, Nishizono H. The effect of a 12-week combined exercise intervention program on physical performance and gait kinematics in community-dwelling Elderly Women. J Physiol Anthropol. 2007;26(3):325-32.

Schenatto P, Milano D, Berlezi EM, Bonamigo ECB. Relação entre aptidão muscular e amplitude articular, por faixa etária, na marcha do idoso. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2009;12(3):377-89.

Studenski S, Perera S, Patel K, Rosano C, Faulkner K, Inzitari M, et al. Gait speed and survival in older adults.JAMA. 2011;305(1):50-8.

Cesari M, Kritchevsky SB, Penninx BW, Nicklas BJ, Simonsick EM, Newman AB, et al. Prognostic value of usual gait speed in well-functioning older people. J Am Geriatr Soc. 2005;53(10):1675-80.

Lopes KT, Costa DF, Santos LF, Castro DP, Bastone AC. Prevalência do medo de cair em uma populaçãode idosos da comunidade e sua correlação com mobilidade, equilíbrio dinâmico, risco e histórico de quedas. Rev Bras Fisioter. 2009;13(3):223-9.

Barros JFP, Rodrigues ER, Filho VD, Fidelis CA. Correlação entre amplitude de movimento da articulação talocrural e equilíbrio estático e dinâmico de idosas de um grupo da terceira idade. Ter Man. 2011;9(44):429-33.

Silva HS, Lima AMM, Galhardoni R. Envelhecimento bem-sucedido e vulnerabilidade em saúde: aproximações e perspectivas. Interface Comum Saúde Educ. 2010;14(35):867-77.

Publicado

2015-12-30

Como Citar

Lima, B. C. de, Cardoso, B., & Lima, M. C. de A. M. (2015). Treinamento neuromotor no padrão de marcha e na mobilidade de tornozelos em idosos. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 28(4), 487–495. https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p487

Edição

Seção

Artigos Originais