Lesões relacionadas ao desporto competitivo e não competitivo em idosos do sexo masculino
DOI:
https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p318Palavras-chave:
Idoso, Esportes, Traumatismos em Atletas.Resumo
Objetivo: Verificar o perfil sociodemográfico e a frequência de lesões musculoesqueléticas em idosos praticantes de atividades desportivas a nível competitivo e não competitivo na cidade de Pelotas-RS. Métodos: Estudo descritivo, incluindo 29 indivíduos de sexo masculino, com idade igual ou superior a 65, que praticavam modalidades desportivas de forma competitiva e não competitiva na cidade de Pelotas, em 2015. A coleta de dados aconteceu com a aplicação de um questionário contendo questões econômicas, sociodemográficas, nutricionais, comportamentais e sobre lesões ocorridas na prática desportiva. A análise estatística deu-se através de cálculos de medida de tendência central para variáveis contínuas e de proporção para variáveis categóricas. Resultados: A prática atual de desporto competitivo foi descrita por 58,6% (n=17) dos indivíduos, sendo os desportos mais praticados o futebol de sete (53,0%, n=9), o tênis (23,5%, n=4) e a natação (23,5%, n=4). A prática não competitiva se deu em de 44,8% (n=13), e o desporto mais praticado foi o tênis de campo (92,3%, n=12). A frequência de lesão em praticantes competitivos e não competitivos foi de 35,3% (n=6) e 38,5% (n=5), respectivamente. As lesões mais frequentes foram a epicondilite (50,0%, n=3) e as lesões de menisco (60,0%, n=3), e as regiões corporais mais afetadas eram joelho (27,3%, (n=3), cotovelo (27,3%, n=3) e ombro (18,2%, n=2). As lesões ocorreram durante a prática do desporto e o lado dominante foi o afetado 63,6% (n=7). Conclusão: O presente estudo constatou que a presença de lesões em indivíduos idosos praticantes de desportos é relevante, mesmo entre aqueles que o realizam de forma não competitiva, sendo a mais frequente a epicondilite, e entre os praticantes competitivos, as lesões de menisco.Downloads
Referências
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