As atitudes sexuais, contraceptivas, o lócus de controle da saúde e a autoestima em estudantes do ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.5020/3115Palavras-chave:
Estudantes, Educação Superior, Comportamento Sexual, Contracepção, Saúde, Autoimagem.Resumo
Objetivo: Analisar as relações entre as atitudes sexuais, contraceptivas, o lócus de controle da saúde e a autoestima nos estudantes de uma instituição de ensino superior privado. Métodos: Estudo descrito e correlacional, de abordagem quantitativa, realizado numa escola de ensino superior da região de Lisboa, com 152 estudantes do 1º e 4º anos dos cursos de licenciatura em Enfermagem, Fisioterapia, Cardiopneumologia e Radiologia. Utilizou-se como instrumento de pesquisa um questionário com as seguintes escalas de avaliação: “atitudes sexuais”, “atitudes contraceptivas”, “lócus de controle da saúde” e “autoestima”.Os dados obtidos foram submetidos à análise descritiva e inferencial. Resultados: A maioria dos estudantes (90,7%; n=138) já teve relações sexuais. As atitudes sexuais foram influenciadas pelo gênero (p=0,0035), e não pelo início da atividade sexual ou pelo ano de curso (p>0,05). As atitudes contraceptivas estavam relacionadas ao ano que os estudantes frequentavam (p=0,031) e ao gênero (p=0,029). O lócus de controle externo, em média, foi mais elevado nas raparigas (29,2) que nos rapazes (30,1). A autoestima aumentou com a idade dos estudantes (p=0,003). Conclusão: É necessário um investimento em educação sexual no ensino superior, pois os jovens vivem os seus dias inseridos no ambiente escolar, passando pouco tempo junto das famílias. A universidade deve assumir uma posição especial no desenvolvimento do conceito de sexualidade baseado na perspetiva holística do ser humano, promovendo a educação sexual como fundamental na construção da identidade humana e imprescindível na promoção da saúde. doi:http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2013.p505Downloads
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