Perfil epidemiológico de pacientes nefropatas e as dificuldades no acesso ao tratamento
DOI:
https://doi.org/10.5020/2635Palavras-chave:
Perfil de Saúde, Insuficiência Renal Crônica, Diálise Renal.Resumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes submetidos ao tratamento de terapia renal substitutiva na modalidade hemodiálise, além de verificar as dificuldades na sua realização. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado em Itapipoca-CE, com 35 pacientes portadores de insuficiência renal crônica (IRC). Os dados gerais foram analisados de forma descritiva usando as frequências absolutas e percentuais. Resultados: O perfil epidemiológico aponta uma maior frequência de pacientes: do sexo masculino (19 - 54,3%), com idade entre 31 e 60 anos (24 - 68,6%), baixa escolaridade (29 - 82,8%), renda familiar de 1 a 2 salários mínimos (25 - 71,4%), morando em casa de alvenaria (30 - 85,7%) e dispondo de água tratada em seus domicílios (17 - 48,6%). Os principais sinais e sintomas que levaram à busca da consulta médica foram: fraqueza geral (21 - 60%), náuseas (19 - 54,3%), edema (18 - 51,4%) e falta de apetite (14 - 40%). Os fatores mais frequentemente apontados pelos pacientes como prováveis causas da IRC englobavam: associação de hipertensão arterial(HAS) com diabetes mellitus (11 - 31,4%); HAS (9 - 25,7%); e glomerulonefrites (5 -14,3%). A maioria dos pacientes relatou dificuldade para obter consulta médica (25 - 71,4%) e marcar/receber exames (20 - 57,1%). Conclusão: O perfil epidemiológico dos pacientes estudados é marcado por um baixo nível socioeconômico. Como agravante dessa situação, verificou-se a dificuldade de obterem consultas médicas, marcarem e realizarem exames diagnósticos, criando prejuízos para a realização do tratamento.Downloads
Referências
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