Percepções de gestantes e puérperas acerca da sala de espera em uma unidade básica de saúde integrada à estratégia saúde da familia - doi:10.5020/18061230.2013.p63

Autores

  • Juliana Ebling Brondani Sistema Público de Saúde - Rio de Janeiro
  • Ana Laura Aranda Sistema Público de Saúde - Rio de Janeiro
  • Vanessa Lago Morin Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Thaíse da Rocha Ferraz Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Clara Leonida Marques Colomé Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Elenir Fedosse Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

DOI:

https://doi.org/10.5020/2625

Palavras-chave:

Cuidado Pré-natal, Educação em Saúde, Humanização da Assistência

Resumo

Objetivo: Analisar a percepção de gestantes e puérperas acerca de suas experiências vivenciadas em sala de espera. Métodos: Estudo descritivo, analítico, de abordagem qualitativa, realizado em uma Unidade Básica de Saúde integrada à Estratégia Saúde da Família (ESF), em um município do interior do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram coletados no mês de dezembro de 2011, mediante entrevistas com questões abertas e fechadas analisadas pela técnica de análise de conteúdo. Os sujeitos compreenderam 10 mulheres, sendo sete gestantes e três puérperas, que realizaram pré-natal e participaram das atividades em sala de espera no período de setembro a dezembro de 2011. Resultados: Segundo a percepção das participantes, a sala de espera é um espaço atencioso, promotor de tranquilidade, conhecimento e esclarecimento de dúvidas relacionadas ao processo gravídico puerperal. Conclusões: A formação de grupos de educação em saúde intermediados pelo diálogo problematizador, visando promover a reciprocidade do aprender e ensinar, tendo como foco a concepção ampliada de saúde, é um ponto relevante no espaço sala de espera. Ainda é importante destacar a necessidade de que sejam efetivadas ações de educação permanente junto aos profissionais de saúde, tendo como eixo a problematização da realidade social e dos serviços, bem como a integração de aspectos gerenciais, pedagógicos e políticos. Isso pode contribuir para a verdadeira construção do conhecimento politizado em saúde,como anunciam os documentos oficiais da esfera da saúde e da educação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana Ebling Brondani, Sistema Público de Saúde - Rio de Janeiro

Nutricionista, Especialista em Gestão e Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde

Ana Laura Aranda, Sistema Público de Saúde - Rio de Janeiro

Assistente Social, Especialista em Gestão e Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde

Vanessa Lago Morin, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Fisioterapeuta, Especialista em Gestão e Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde. Mestranda do Mestrado Profissional em Ciências da Saúde/Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM/Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

Thaíse da Rocha Ferraz, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeira, Especialista em Gestão e Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde. Mestranda do Mestrado Profissional em Ciências da Saúde/Hospital Universitário de Santa Maria – HUSM/Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

Clara Leonida Marques Colomé, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Enfermeira, Mestre em Educação, Professora aposentada, Departamento de Enfermagem, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria.

Elenir Fedosse, Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Fonoaudióloga, Mestre e Doutoura em Linguística, Departamento de Fonoaudiologia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Maria

Referências

Anversa ETR, Bastos GAN, Nunes LN, Pizzol TSD.Qualidade do processo da assistência pré-natal:unidades básicas de saúde e unidades de Estratégia Saúde da Família em município no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública. 2012;28(4):789-800.

Domingues RMSM, Hartz ZMA, Dias MAB, Leal MC. Avaliação da adequação da assistência pré-natal na rede SUS do Município do Rio de Janeiro, Brasil.Cad Saúde Pública. 2012;28(3):425-37.

Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS/ Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília; 2004.

Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: plano de ação 2004-2007.Brasília; 2004.

Brasil. Portaria n.º 1.459, de 21 de Outubro de 2011.Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, a Rede cegonha. Brasília; 2011.

Rios CTF, Vieira NFC. Ações educativas no pré-natal:reflexão sobre a consulta de enfermagem como um espaço para educação em saúde. Ciênc Saúde Coletiva.2007;12(2):477-86.

Ministério da Saúde (BR). Diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.Brasília; 2006.

Colomé CLM, Landerdahl MC. Sala de Espera: Espaço para a (Re)Construção do conhecimento em Saúde.In: Nietsche EA, organizadora. O processo educativona formação e na práxis dos profissionais da saúde:desafios, compromissos e utopias. Santa Maria: UFSM,2009; vol. 1: 261-8.

Rodrigues AD, Dallanora CR, Rosa J, Germani ARM.Sala de espera: um ambiente para efetivar a educação em saúde. Vivências: Rev Eletrônica Extensão da URI [periódico na Internet]. 2009; 5(7):101-6.Disponível em: http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_007/artigos/artigos_vivencias_07/Artigo_13.pdf.

Rosa J, Barth PO, Germani ARM. A sala de espera no agir em saúde: espaço de educação e promoção à saúde. Perspectiva. 2011; 35(129):121-130.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11ª ed. São Paulo: Hucitec-Abrasco; 2009.

Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal:Edições 70, LDA; 2009.

Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução nº 196 de 10 de outubro de 1996. Disponível em: http://www.Conselho.saude.gov.br/comissão/conep/resolução.html.

Silva LG, Alves M. O acolhimento como ferramenta de práticas inclusivas de saúde. Rev APS. 2008;11(1):74-84.

Costa GD, Cotta RMM, Reis JR, Batista RS, Gomes AP, Franceschini SCC. Avaliação do cuidado à saúde da gestante no contexto do Programa Saúde da Família.Ciênc Saúde Coletiva. 2009;14(1):1347-57.

Nora CRD, Mânica F, Germani ARM. Sala de Espera uma ferramenta para efetivar a Educação em Saúde.Rev Saúde Pesquisa. 2009;2(3):397-402.

Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Redes de produção de saúde. Brasília; 2009.

Santos RV, Penna CMM. A Educação em Saúde como estratégia para o cuidado à gestante, puérpera e ao recémnascido.Texto Contexto Enferm. 2009;18(4):652-60.

Santos DS, Andrade ALA, Lima BSS, Silva YN. Sala de Espera para Gestantes: uma estratégia de Educação em Saúde. Rev Bras Educação Médica. 2012;36(1,Supl 2):62-7.

Cervera DPP, Parreira BDM, Goulart BF. Educação em saúde: percepção dos enfermeiros da atenção básica em Uberaba (MG). Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(supl.1):1547-54.

Munguba MCS. Educação na saúde: sobreposição de saberes ou interface? Rev Bras Promoç Saúde. 2010;23(4):295-6.

Dias VP, Silveira DT, Witt RR. Educação em saúde:o trabalho de grupos em atenção primária. Rev APS.2009; 12(2):221-7.

Figueiredo MFS, Rodrigues-Neto JF, Leite MTS.Modelos aplicados às atividades de educação em saúde. Rev Bras Enfermagem. 2010; 63(1):117-21.

Ceccon RF, Oliveira KM, Rossetto MS, Germani ARM. Educação em saúde: percepção de profissionais atuantes em uma Coordenadoria Regional de Saúde.Rev Gaúcha Enfermagem. 2011;32(1):56-62.

Fernandes MCP, Backes VMS. Educação em saúde:perspectivas de uma equipe da Estratégia Saúde da Família sob a óptica de Paulo Freire. Rev Bras Enfermagem. 2010;63(4):567-73.

Publicado

2013-08-13

Como Citar

Brondani, J. E., Aranda, A. L., Morin, V. L., Ferraz, T. da R., Colomé, C. L. M., & Fedosse, E. (2013). Percepções de gestantes e puérperas acerca da sala de espera em uma unidade básica de saúde integrada à estratégia saúde da familia - doi:10.5020/18061230.2013.p63. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 26(1), 62–69. https://doi.org/10.5020/2625

Edição

Seção

Artigos Originais