O parto assistido por enfermeira obstetra: perspectivas e controvérsias - doi: 10.5020/18061230.2010.p380

Resumo

Objetivo: Apresentar conflitos existentes na assistência ao parto por enfermeiro obstetra e propor formas de minimizá-los. Métodos: Pesquisou-se a evolução histórica da assistência ao parto e as ações que se fizeram necessárias para a capacitação dos profissionais da área. Os Códigos de Ética de Enfermagem e Médica, a legislação vigente, os livros básicos de ginecologia e obstetrícia, os artigos de revistas médicas e de enfermagem, tendo Lilacs e Medline como fontes de dados, além de textos leigos e de Organizações Não Governamentais foram pesquisados. Identificaram-se conflitos na assistência ao parto por enfermeiro obstetra, para os quais se propõe formas de atuação. Resultados: A análise do material pesquisado mostra que a assistência ao parto, inicialmente domiciliar e depois institucional, trouxe o intervencionismo nesta atividade; que o aspecto social e humano do nascimento foi minimizado e o parto transformado em ato médico. Encontrou-se forte ligação entre enfoque de humanização do parto e sua assistência por enfermeiro. Conclusões: Conclui-se que, mesmo com respaldo legal e ético, a assistência ao parto por enfermeira obstetra é motivo de conflitos entre a equipe de saúde, particularmente no referente aos limites de atuação do enfermeiro e do médico. Tais conflitos devem ser identificados e discutidos nas instituições e estas devem investir no trabalho em equipe e dispor de protocolos claros, definindo limites de responsabilidades