Implicações do isolamento social da COVID-19 em famílias com crianças e adolescentes com Autismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2023.13678

Palavras-chave:

Transtorno do Espectro Autista, COVID-19, Isolamento Social, Núcleo Familiar.

Resumo

Objetivo: Analisar as implicações do isolamento social decorrente da pandemia em famílias com crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. Método: Trata-se de um estudo analítico, quantitativo e transversal realizado de junho a julho de 2020. O questionário com 31 questões foi aplicado utilizando-se a ferramenta “Google formulário”, sendo respondido por 90 pais ou mães de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista residentes no Estado do Ceará. Resultados: Demonstrou-se que as principais implicações do isolamento sobre essas famílias podem ser agrupadas em três eixos: rotina familiar e terapêutica; aspectos comportamentais e condições associadas; e relações familiares. Destaca-se a existência de mudanças significativas na rotina familiar deste público, agravando aspectos comportamentais e condições associadas. Por outro lado, o período de isolamento social culminou no fortalecimento do vínculo familiar em alguns casos. Conclusão: O estudo reforça a importância de políticas públicas que instituem apoio e capacitação parental, sem que isso culmine em mera transferência de responsabilidade. Uma unidade familiar norteada pelo respeito e acolhimento, com mães e pais emocionalmente fortalecidos é fator importante para a estimulação e o desenvolvimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista. As evidências podem favorecer e inspirar estratégias de estimulação e integração de crianças e adolescentes autistas e suas famílias, saindo dos espaços tradicionais para outras alternativas criativas identificadas durante a pandemia. 

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Biografia do Autor

Christina Cesar Praça Brasil, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil

Pós-Doutora em Tecnologias e Serviços de Saúde pelo CINTESIS - Center for Health Technology and Services, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto-Portugal. Direitora da Pós-graduação da Universidade de Fortaleza.

Fabiana Neiva Veloso Brasileiro, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil

Doutora e Mestre em Psicologia pela Universidade de Fortaleza. Especialista em Psicologia da Educação pela PUC-MG. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Piauí e em Psicologia pela Universidade de Fortaleza e Professora da Universidade de Fortaleza.

Felicia Gabler, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil

Graduada em Psicologia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Atualmente é membro do Laboratório de Investigações em Análise do Comportamento (LiNAC). Realiza pesquisas na área da saúde, tecnologia e sustentabilidade.

Francisca Francisete de Sousa Nunes Queiroz, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil

Graduação em Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza (2009). Especialista em Gestão e Docência do Ensino Superior (2015). Especialista em Gestão em Saúde (2015). Especialista em Fisioterapia Dermato-Funcional (2012). Doutora em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - Universidade de Fortaleza (2023).

Yvna Leorne Rocha de Pinho Pessoa, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil

Graduanda em psicologia pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Atualmente bolsista voluntária do Laboratório de Investigações em Análise do Comportamento e bolsista do PET-SAÚDE pelo Ministério da Saúde.

Mariana Brandão, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil

Psicóloga pela Universidade de Fortaleza (2021). Mestranda do núcleo de Psicoses do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas - LINC/UNIFESP no Programa de Psiquiatria e Psicologia Médica da EPM/UNIFESP. Pós-Graduanda em Saúde Mental pela Faculdade Faveni-SP. Pós-graduanda em Intervenção ABA ao TEA e DI pelo CBI of Miami.Formação Avançada em VBMAPP, instituto Lahmiei-UFSCAR/SP. Psicóloga Ambulatorial do Programa de Esquizofrenia - PROESQ-EPM/UNIFESP. Psicóloga Ambulatorial do Núcleo de Autismo - NADI/ Alice Saúde. Pesquisadora Voluntária em Análise do Comportamento e Intervenção em Saúde, Tecnologia e Análise do Comportamento no Laboratório de Investigações em Análise do Comportamento - LINAC/UNIFOR. Supervisora e Consultora em Análise do Comportamento Aplicada - ABA.

Aline Veras Morais Brilhante, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, Ceará, Brasil

Graduação em medicina pela Universidade Federal do Ceará (2004), Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Geral de Fortaleza (2011), especialização em Psicoterapia Psicanalítica, especialização em Sexualidade Humana, mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade de Fortaleza (2012), doutorado em Saúde Coletiva pela associação ampla entre Universidade Estadual do Ceará, Universidade Federal do Ceará e Universidade de Fortaleza (2015) e pós-doutorado em sociologia pela Universidad Rey Juan Carlos, Madrid, Espanha. Professora Adjunta do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva e do Curso de Medicina da Universidade de Fortaleza. Diretora do Núcleo de Atendimento Médico Integrado - NAMI/UNIFOR. Preceptora da Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia da Escola de Saúde Pública. Bolsa de Produtividade - PQ _ CNPq.

Publicado

2023-08-04

Como Citar

Brasil, C. C. . P., Brasileiro, F. N. V., Gabler, F., Queiroz, F. F. . de S. N., Pessoa, Y. L. R. de P., Brandão, M., & Brilhante, A. V. . M. (2023). Implicações do isolamento social da COVID-19 em famílias com crianças e adolescentes com Autismo. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 36, 1–11. https://doi.org/10.5020/18061230.2023.13678

Edição

Seção

Artigos Originais