Prevalência de dismenorreia em universitárias e sua relação com absenteísmo escolar, exercício físico e uso de medicamentos

Autores

  • Janaina Mayer de Oliveira Nunes Universidade Federal do Piauí (UFPI) -Parnaíba (PI) - Brasil
  • Jessica do Amaral Rodrigues Universidade Federal do Piauí (UFPI) -Parnaíba (PI) - Brasil
  • Mara Suellem de Freitas Moura Universidade Federal do Piauí (UFPI) -Parnaíba (PI) - Brasil
  • Sávia Rene Cavalcante Batista Universidade Federal do Piauí (UFPI) -Parnaíba (PI) - Brasil
  • Susan Karolliny Silva Fontenele Coutinho Núcleo de Apoio da Saúde da Família (NASF) - Prefeitura de Parnaíba (PI) - Brasil
  • Fuad Ahmad Hazime Universidade Federal do Piauí (UFPI) -Parnaíba (PI) - Brasil
  • André Luiz dos Reis Barbosa Universidade Federal do Piauí (UFPI) -Parnaíba (PI) - Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5020/2944

Palavras-chave:

Dismenorreia, Absenteísmo, Exercício, Uso de medicamentos.

Resumo

Objetivo: Verificar a prevalência de dismenorreia em universitárias e a frequência de absenteísmo escolar, prática de exercícios físicos e utilização de medicamentos para tratamento dessa síndrome. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com jovens universitárias por meio de um questionário autoaplicado contendo dados sociodemográficos, obstétricos e ginecológicos. Avaliou-se a dor menstrual através da escala visual analógica (EVA). Para análise descritiva dos dados, foram utilizadas frequência, percentagem, média e desvio padrão. Resultados: A amostra constou de 130 mulheres, com idade entre 17 e 33 anos (20,6±2,7 anos). Cento e vinte quatro voluntárias (95,4%) queixaram-se de dismenorreia. Quanto à sua intensidade, a maioria sentia dor menstrual moderada ou grave (51,6% e 36,3%, respectivamente). Sessenta (48,4%) participantes referiram absenteísmo escolar devido à dor menstrual; dessas, nenhuma tinha dor leve. Dentre as voluntárias que apresentavam dismenorreia moderada e grave, apenas 24 (20,2%) praticavam exercício físico e a maioria delas (79%) necessitava utilizar fármacos para tratar essa síndrome. Conclusão:A dismenorreia teve alta prevalência entre as universitárias avaliadas e na maior parte dos casos se apresentou com intensidade limitante, levando ao absenteísmo escolar. A maioria das mulheres com dismenorreia de intensidades moderada e grave não pratica exercício físico e necessita utilizar medicamentos para tratar essa síndrome. doi:10.5020/18061230.2013.p381

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Hurtado BG, Martínez RC, Roldán JR, Pérez MAO.Dismenorrea primaria y fisioterapia. Fisioterapia.2005;27(6):327-42.

Castro M, Galleguillos C. Dismenorrea primaria em adolescentes: revisión de la literatura. Sogia.2009;16(2):24-36.

Portal C, Honda S. Protocolo fisioterapêutico aplicado em mulheres que apresentam dismenorreia primária.[trabalho de conclusão de curso]. Belém: Universidade da Amazônia; 2006.

Ghiaroni J, Arune ARC, Gama MS. Dismenorreia e síndrome pré-menstrual. In: Conceição JCJ.Ginecologia fundamental. São Paulo: Atheneu; 2005.v. 8. p. 57-63.

Harel Z. Dysmenorrhea in adolescents and young adults: etiology and management. J Pediatr Adolesc Gynecol. 2006;19(6):363-71.

French L. Dysmenorrhea. Am Fam Physician.. 2005;71(2):285-91.

O’Connell K, Davis AR, Westhoff C. Self-treatment patterns among adolescent girls with dysmenorrhea. J Pediatr Adolesc Gynecol. 2006;19(4):285-9.

Proctor M, Farquhar C. Diagnosis and management of dysmenorrhea. BMJ. 2006;332(7550):1134-8.

Passos RBF, Araújo DV, Ribeiro CP, Marinho T, Fernandes CE. Prevalência de dismenorreia primária e seu impacto sobre a produtividade em mulheres brasileiras – Estudo DISAB. Revista Brasileira de Medicina. 2008;65(8):250-253.

Diegoli MSC, Diegoli C. Dismenorreia. Revista Brasileira de Medicina. 2007;64(3):81-4.

Brown J, Brown S. Exercise for dysmenorrhoea. Cochrane Database of Systematic Reviews [periódico na internet] 2012 [acesso em dez 29];8:12.Disponível em: http://cochrane.bvsalud.org/doc.php?db=reviews&id=CD004142

Quintana LM, Heinz LN, Portes LA, Alfieri FM.Influência do nível de atividade física na dismenorreia.Ver Bras Ativ Fís Saúde. 2010;15(2):101-4.

Rodrigues AC, Gala S, Neves A, Pinto C, Meirelles C,Frutuoso C, et al. Dismenorreia em adolescentes e jovens adultas: prevalência, factores associados e limitações na vida diária. Acta Med Port. 2011;24(S2):383-92.

Calil AM, Pimenta CAM. Intensidade da dor e adequação de analgesia. Rev Latino Am Enferm. 2005;13(5):692-9.

Proctor ML, Farquhar CM. Dysmenorrhea. Clinical Evidence. 2007; 3:813.

Unsal A, Ayranci U, Tozun M, Arslan G, Calik E. Prevalence of dysmenorrhea and its effect on quality of life among a group of female university students.Upsala J Med Sci. 2010;115(2):138-45.

Ozerdogan N, Sayiner D, Ayranci U, Unsal A, Giray S. Prevalence and predictors of dysmenorrhea among students at a university in Turkey. Int J GynaecolObstet. 2009;107(1):39-43.

Grandy G, Ferrari S, Xholli A, Cannoletta M, Palma F, Romani C, et al. Prevalence of menstrual pain inyoung woman: what is dysmenorrhea? Journal of PainResearch. 2012;5:169-74.

Fonseca AM, Bagnoli VR. Como diagnosticar e tratar: dismenorréia. Revista Brasileira de Medicina (Rio deJaneiro). 2004;62:113-6.

Chen HM, Chen CH. Related factors and consequences of menstrual distress in adolescent girls with dysmenorrheal. J Med Sci. 2005;21(3):121-7.

Banikarim C, Chacko MR, Steve H. Kelder SH. Prevalence and impact of dysmenorrhea on Hispanic female adolescents. Arch Pediatr Adolesc Med. 2000;154(12):1226-9.

Daley A. The role of exercise in the treatment of menstrual disorders: the evidence. Br J Gen Pract.2009;59(561):241-2.

Marjoribanks J, Proctor M, Farquhar C, DerksRS. Nonsteroidal anti-inflammatory drugs for dysmenorrhoea. Cochrane Database of Syst Rev[periódico na internet] 2013 [acesso em dez 29].Disponível em: http://cochrane.bvsalud.org/cochrane/show.php?db=reviews&mfn=&id=CD001751&lang=&dblang=&lib=COC&print=yes

Publicado

2014-05-06

Como Citar

Nunes, J. M. de O., Rodrigues, J. do A., Moura, M. S. de F., Batista, S. R. C., Coutinho, S. K. S. F., Hazime, F. A., & Barbosa, A. L. dos R. (2014). Prevalência de dismenorreia em universitárias e sua relação com absenteísmo escolar, exercício físico e uso de medicamentos. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 26(3), 381–386. https://doi.org/10.5020/2944

Edição

Seção

Artigos Originais