Intenção de engravidar e amamentação: revisão integrativa

Autores

  • Adriene Fonseca Rocha Universidade Federal do Piauí
  • Keila Rejane Oliveira Gomes Universidade Federal do Piauí
  • Malvina Thaís Pacheco Rodrigues Universidade Federal do Piauí
  • Márcio Denis Medeiros Mascarenhas Universidade Federal do Piauí
  • Ana Lidia Lima Freire Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2017.6960

Palavras-chave:

Gravidez, Comportamento Materno, Amamentação, Promoção da Saúde.

Resumo

Objetivo: Analisar a relação entre a intenção de engravidar e a prática da amamentação. Métodos: Realizou-se revisão integrativa da literatura por meio de busca nas bases de dados PubMed e LILACS, segundo recomendações do protocolo Preferred Reporting Itens for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Dois pesquisadores independentes utilizaram a seguinte combinação dos descritores: Pregnancy (Unplanned OR Unwanted) AND Breastfeeding, em junho de 2016, sem restringir período de publicação. Após aplicação dos critérios preestabelecidos e avaliação qualitativa, seis artigos foram incluídos no estudo. Resultados: Verificou-se associação entre gravidez não planejada e baixos índices de amamentação, sendo que gravidezes indesejadas associaram-se a piores resultados comparadas às inoportunas. Circunstâncias socioeconômicas e culturais afetaram essa relação. Conclusão: Diante da predisposição de mulheres com gravidezes não planejadas a comportamentos desfavoráveis quanto ao estabelecimento e continuidade da amamentação, é necessário o fortalecimento da atenção pré-natal de modo a promover e apoiar o aleitamento materno como estratégia de promoção da saúde materno-infantil, principalmente quando a gravidez for indesejada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Santana JM, Brito SM, Djanilson BS. Amamentação: conhecimento e prática de gestantes. Mundo Saúde. 2013;37(3):259-67.

Venancio SI, Giugliani ERJ, Silva OLO, Stefanello J, Benicio MHD, Reis MCG, et al. Associação entre o grau de implantação da Rede Amamenta Brasil e indicadores de amamentação. Cad Saúde Pública. 2016;32(3):e00010315.

Organização Mundial de Saúde. Planejamento familiar: um manual mundial para provedores. Genebra; 2007.

Faleiros FTV, Trezza EMC, Carandina L. Aleitamento materno: fatores de influência na sua decisão e duração. Rev Nutrição. 2006; 19(5):623-30.

Furtado LCR, Assis TR. Diferentes fatores que influenciam na decisão e na duração do aleitamento materno: Uma revisão da literatura. Rev Movimenta. 2012;5(4):303-12.

Conceição SP, Fernandes RAQ. Influência da gravidez não planejada no tempo de aleitamento materno. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2015;19(4):600-6.

Santelli J, Rochat R, Hatfield-Timajchy K, Gilbert C, Curtis K, Cabral R, et al. The Measurement and Meaning of Unintended Pregnancy. Perspect Sex Reprod Health. 2003;35(2):94-101.

Taylor JS, Cabral HJ. Are women with an unintended pregnancy less likely to breastfeed? J Fam Pract. 2002;51(5):431-6.

McCoy SI, Buzdugan R, Ralph LJ, Mushavi A, Mahomva A, Hakobyan A, et al. Unmet need for family planning, contraceptive failure, and unintended pregnancy among HIV-infected and HIV-uninfected women in Zimbabwe. PLoS ONE. 2014;9(8):e105320.

Tsui AO, McDonald-Mosley R, Burke AE. Family planning and the burden of unintended pregnancies. Epidemiol Rev. 2010;32(1):152-74.

Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto Enferm. 2008; 17(4):758-64.

Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. The PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA Statement. J Clin Epidemiol. 2009;62(10):1006-12.

Downs SH, Black N. The feasibility of creating a checklist for the assessment of the methodological quality both of randomised and nonrandomised studies of health care interventions. J Epidemiol Community Health. 1998;52(6):377-84.

Araújo DMR, Vilarim MM, Sabroza AR, Nardi AE. Depressão no período gestacional e baixo peso ao nascer: um revisão sistemática da literatura. Cad Saúde Pública. 2010;26(2):219-27.

Thiengo DL, Santos JFC, Mason VC, Abelha LA, Lovisi GM. Associação entre apoio social e depressão durante a gestação: uma revisão sistemática. Cad Saúde Colet (Rio J). 2011;19(2):129-38.

Thiengo DL, Fonseca D, Lovisi GM. Satisfação dos familiares com os serviços de saúde mental para crianças e adolescentes: uma revisão sistemática. Cad Saúde Colet (Rio J). 2014;22(3):233-40.

Nunes JT, Gomes KRO, Rodrigues MTP, Mascarenhas MDM. Qualidade da assistência pré-natal no Brasil: revisão de artigos publicados de 2005 a 2015. Cad Saúde Colet (Rio J). 2016;24(2):252-61.

Kost K, Lindberg L. Pregnancy intentions, maternal behaviors, and infant health: investigating relationships with new measures and propensity score analysis. Demography. 2015; 52(1):83-111.

Lindberg L, Maddow-Zimet I, Kost K, Lincoln A. Pregnancy intentions and maternal and child health: an analysis of longitudinal data in Oklahoma. Matern Child Health J. 2015; 19(5):1087-96.

Ulep VGT, Borja MP. Association between pregnancy intention and optimal breastfeeding practices in the Philippines: a cross-sectional study. BMC Pregnancy Childbirth. 2012;12:69.

Chinebuah B, Pérez-Escamilla R. Unplanned pregnancies are associated with less likelihood of prolonged breast-feeding among primiparous women in Ghana. J Nutr. 2001;131(4):1247-9.

Kost K, Landry DJ, Darroch JE. The effects of pregnancy planning status on birth outcomes and infant care. Fam Plann Perspect. 1998;30(5):223-30.

Dye TD, Wojtowycz MA, Aubry RH, Quade J, Kilburn H, et al. Unintended pregnancy and breast-feeding behavior. Am J Public Health. 1997; 87(10):1709-11.

Kirkham C, Harris S, Grzybowski S. Evidence-based prenatal care: part I. general prenatal care and counseling issues. Am Fam Physician. 2005;71(7):1307-16.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde; 2013.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: Ministério da Saúde; 2015.

Uema RTB, Souza SNDH, Mello DF, Capellini VK. Prevalência e fatores associados ao aleitamento materno no Brasil entre os anos 1998 e 2013: revisão sistemática. Semina Ciênc Biol Saúde. 2015;36(1 Supl ):349-62.

Berde AS, Yalcin SS. Determinants of early initiation of breastfeeding in Nigeria: a population-based study using the 2013 demograhic and health survey data. BMC Pregnancy Childbirth. 2016;16:32.

Esteves TMB, Daumas RP, Oliveira MIC, Andrade CAF, Leite IC. Fatores associados ao início tardio da amamentação em hospitais do Sistema Único de Saúde no município do Rio de Janeiro, Brasil, 2009. Cad Saúde Pública. 2015;31(11):2390-400.

Henry BA, Nicolau AIO, Américo CF, Ximenes LB, Bernheim RG, Oriá MOB. Factores socioculturais que influenciam a prática da amamentaçao entre mulheres de baixa renda em Fortaleza, Ceará, Brasil: uma perspectiva a partir do modelo do sol nascente de leininger. Enferm Glob. 2010;9(2):1-13.

Victora CG, Barros AJD, França GVA, Bahl R, Rollins NC, Horton S, et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, and lifelong effect. Lancet. 2016;387(10017):475-90.

Publicado

2018-06-21

Como Citar

Rocha, A. F., Gomes, K. R. O., Rodrigues, M. T. P., Mascarenhas, M. D. M., & Freire, A. L. L. (2018). Intenção de engravidar e amamentação: revisão integrativa. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 31(2). https://doi.org/10.5020/18061230.2017.6960

Edição

Seção

Artigos de Revisão