Qualidade de vida em pessoas com leishmaniose cutânea

Autores

  • Isabel de Melo Honório Honório Universidade de Brasília
  • Marisa Utzig Cossul Universidade de Brasília
  • Luciana Neves da Silva Bampi Universidade de Brasília
  • Solange Baraldi Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p342

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Leishmaniose Cutânea, Adulto

Resumo

Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) de pessoas com leishmaniose cutânea. Métodos: Estudo observacional transversal e descritivo realizado em Brasília, DF, Brasil em 2013 com 44 pacientes portadores de leishmaniose cutânea, por meio da aplicação de um questionário sociodemográfico e clínico e do WHOQOL-bref. Os dados sofreram análises descritivas de frequência, tendência central e dispersão e análise inferencial de comparação entre domínios. Resultados: Os participantes eram em sua maioria do sexo feminino (n=24; 54,5%), com idade média de 51,80, casados (n=23; 52,3%), com primeiro grau incompleto (n=22; 50%), do lar (n=11; 25%) e procedentes do Distrito Federal (n=30; 68,2%). Um total de 27 (61,4%) não possuíam queixas, embora 10 (22,7%) queixaram-se das feridas e 6 (13,6%) de dor. A QV de 36 (81,82%) foi positiva, 30 (68,18%) satisfeitos com a própria saúde, melhores escores observados no domínio relações sociais cujas facetas relações pessoais, apoio social e vida sexual obtiveram mediana 4. Os escores mais baixos foram obtidos no domínio meio ambiente, nas facetas transporte, recursos financeiros e atividade de lazer, com mediana 3. Conclusão: A satisfação no domínio relações sociais representou uma estratégia para o enfrentamento da doença, contribuindo positivamente para a QV dos entrevistados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Alvar J, Vélez ID, Bern C, Herrero M, Desjeux P, Cano J et al. Leishmaniasis worlwide and global estimates of its incidence. PloS One. 2012;7(5):e35671.

Batista FMA, Machado FFOA, Silva JMO, Mittmann J, Barja PR, Simioni AR. Leishmaniose: perfil epidemiológico dos casos notificados no estado do Piauí entre 2007 e 2011. Rev UNIVAP 2014;20(35):44-55.

Oliveira JVS, Magalhães SCM, Cardoso AF, Lopes JO, Laughton BA. Promoção da saúde: a importância do saneamento ambiental e sua influência na ocorrência da leishmaniose tegumentar em Montes Claros/MG [resumo]. In: XIV Colóquio Ibérico de Geografia; 2014 Nov 11-14; Guimarães [acesso em 2016 Maio 15] Disponível em: http://www.lasics.uminho.pt/conferences/index.php/CEGOT/XIV_ColoquioIbericoGeografia/paper/view/1994

Carvalho MSL, Bredt A, Meneghin ERS, Oliveira C. Flebotomíneos (Diptera: Psychodidae) em áreas de ocorrência de leishmaniose tegumentar americana no Distrito Federal, Brasil, 2006 a 2008. Epidemiol Serv Saúde. 2010;19(3):227-37.

Ministério da Saúde (BR). Manual de vigilância da leishmaniose tegumentar americana. 2ª ed. atual. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Vares B, Mohseni M, Heshmatkhah A, Farjzadeh S, Safizadeh H, Shamsi-Meymandi S, et al. Quality of life in Patients with Cutaneous Leishmaniasis. Arch Iran Med. 2013;16(8):474-7.

Silva PAB, Soares SM, Santos JFG, Silva LB. Ponto de corte para o WHOQOL-BREF como preditor de qualidade de vida em idosos. Rev Saúde Pública. 2014;48(3):390-7.

Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Ciênc Saúde Coletiva. 2000;5(1):7-18.

Power M. Qualidade de vida: visão geral do projeto WHOQOL. In: Fleck MPA. A avaliação de qualidade de vida: guia para profissionais de saúde. Porto Alegre: Artmed; 2008. p. 48-59.

Castro MMLD, Hokerberg YHM, Passos SRL. Validade dimensional do instrumento de qualidade de vida WHOQOL-BREF aplicado a trabalhadores da saúde. Cad Saúde Pública. 2013;29(7):1357-69.

Bampi LNS, Guilhem D, Lima DD. Qualidade de vida em pessoas com lesão medular traumática: um estudo com o WHOQOL. Rev Bras Epidemiol 2008;11(1):67-77.

Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação de qualidade de vida ”WHOQOL–bref ”. Rev Saúde Pública. 2000;34(2):178-83.

Ministério da Saúde (BR). Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos [estatuto na internet]. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF), 2012 dez 12; Seção 1:137.

Chachamovich E, Fleck MPA. Desenvolvimento do WHOQOL-bref. In: Fleck MPA. A avaliação de qualidade de vida: guia para profissionais de saúde. Porto Alegre: Arted; 2008. p. 74-82.

Toledo AC Jr, Silva RE, Carmo RF, Amaral TA, Luz ZM, Rabello A. Assessment of the quality of life of patients with cutaneous leishmaniasis in Belo Horizonte, Brazil, 2009-2010. A pilot study. Trans R Soc Trop Med Hyg. 2013;107(5):335-6.

Turan E, Kandemir H, Yesilova Y, Ekisin S, Tanrikulu O, Kandemir SB, et al. Assessment of psychiatric morbidity and quality of life in children and adolescents with cutaneous leishmaniasis and their parents. Postepy Dermatol Alergol. 2015;32(5):344-8.

Bennis I, Brouwere V, Ameur B, Laamrani AEI, Chichaoui S, Hamid S, et al. Control of cutaneous leishmaniasis caused by Leishmania major in southeastern Morocco. Trop Med Int Health. 2015, 20(10):1297-305.

Yanik M, Gurel MS, Simsekt Z, Kati M. The psychological impact of cutaneous leishmaniasis. Clin Exp Dermatol. 2004;29(5):464-7.

Penna GO, Domingues CMAS, Siqueira JB Junior, Elkhoury ANSM, Cechinel MP, Grossi MAF, et al. Doenças dermatológicas de notificação compulsória no Brasil. An Bras Dermatol. 2011;86(5):865-77.

Santos JLC, Melo MB, Ferreira RA, Fonseca AFQ, Vargas MLF, Gontijo CMF. Leishmaniose tegumentar americana entre os indígenas Xakriabá: imagens, ideias, concepções e estratégias de prevenção e controle. Saúde Soc. 2014,23(3):1033-48.

Ramos JVA. Plano de intervenção para implantação de ações educativas de prevenção e controle da leishmaniose tegumentar americana no Distrito de Três Ladeiras - Igarassu - PE. [monografia de especialização]. Recife: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães - FioCruz; 2011.

Almeida OLS, Santos JB. Avanços no tratamento da leishmaniose tegumentar do novo mundo nos últimos dez anos: uma revisão sistemática da literatura. An Bras Dermatol. 2011;86(3):497-506.

Publicado

2016-09-30

Como Citar

Honório, I. de M. H., Cossul, M. U., Bampi, L. N. da S., & Baraldi, S. (2016). Qualidade de vida em pessoas com leishmaniose cutânea. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 29(3), 342–349. https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p342

Edição

Seção

Artigos Originais