Avaliação neurofuncional em pacientes com hanseníase
DOI:
https://doi.org/10.5020/2826Palavras-chave:
Leprosy, Health Profile, Disability Evaluation, Rehabilitation.Resumo
Objetivo: Investigar as alterações neurofuncionais apresentadas pelos pacientes com hanseníase, buscando também identificar seu perfil socioeconômico e clínico. Métodos: Estudo transversal com 51 pacientes adultos diagnosticados com hanseníase, independentemente do sexo, realizado em centro de referência, em 2010, no qual se aplicou a ficha de “avaliação neurológica simplificada” e um questionário (dados socioeconômicos e clínicos). Achados apresentados de forma descritiva. Resultados: Encontrou-se média de idade de 46,4 ± 14,9 anos, 32 (62,7%) pacientes do sexo masculino, 32 (62,7%) com ensino fundamental incompleto e 37 (72,5%) com renda familiar de 1 a 3 salários mínimos. O tempo médio em tratamento era de 14,4 ± 15,63 meses. Dominou a hanseníase do tipo multibacilar (n=18/35,3%) e a forma tuberculoide (n=11/21,6%). Articulações interfalangeanas em membros superiores e inferiores comprometidas em 5 (9,8%) e 6 (11,7%) pacientes, respectivamente. Nervos mais acometidos: tibial posterior em 19 (37,3%), ulnar em 17 (33,3%) e fibular comum em 13 (25,5%) pacientes. Músculos com déficits: extensor do hálux (n=8/15,7%), extensor dos artelhos (n=6/11,8%) e abdutor do 5º dedo (n=6;11,8%). Observou-se que 35 (68,6%) pacientes tinham alterações sensitivas em membros inferiores e 14 (27,5%) apresentavam incapacidade funcional grau 1. Conclusão: O estudo evidenciou o perfil socioeconômico dos pacientes com hanseníase como sendo homens, de baixa escolaridade e renda, com classificação operacional multibacilar apresentando a forma clínica tuberculoide. Na avaliação neurofuncional, houve maior ocorrência de alterações sensitivas sobre as motoras, como também discreta presença de deformidades e elevado grau de incapacidade funcional. doi:10.5020/18061230.2014.p247Downloads
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