Perfil microbiológico e desfechos clinicos de úlceras em pés de diabéticos internados - doi:10.5020/18061230.2010.p231

Autores

  • Marivaldo Loyola Aragão Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Virgínia Oliveira Fernandes Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Ana Rosa Pinto Quidute Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Ana Paula Abreu Martins Sales Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Fábio Cristino de Menezes Dantas Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Lara Benigno Porto Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Renan Magalhães Montenegro Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Fabíola Monteiro de Castro Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Renan Magalhães Montenegro Júnior Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.5020/2021

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus, Pé Diabético, Infecções, Microbiologia.

Resumo

Objetivos: Descrever o perfil microbiológico e os desfechos clínicos de úlceras graves em pés diabéticos de pacientes internados em um hospital universitário de atenção terciária no estado do Ceara, Brasil. Métodos: Conduziu-se uma análise retrospectiva de dados obtidos nos prontuários médicos de todos os pacientes diabéticos internados entre janeiro de 2006 a junho de 2007, nas enfermarias do Serviço de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídio (Universidade Federal do Ceará), por úlceras graves em pés diabéticos, com no mínimo grau 2 da classificação de Wagner, refratárias ao tratamento ambulatorial. Dados clínicos (sexo, idade, tempo de diabetes e co-morbidades) de cada paciente assim como as características microbiológicas do material colhido das suas ulceras em pés ou das suas peças cirúrgicas (amputações) foram obtidos. Resultados: Foram identificados no período 17 diabéticos, todos tipo 2, com idade de 58,11±10,8 anos e 12,4±8,4 anos de doença, 58,8% homens. Das úlceras, 41,1% eram grau 2, 35,2% grau 3, 11,7% grau 4 e 11,7% grau 5 de Wagner, 64,7% com menos de 3 meses de evolução. Realizaram limpeza cirúrgica 82,3% dos pacientes e amputações 47%, sendo identificada osteomielite em 47% dos casos. Antibioticoterapia empírica foi iniciada em todos os pacientes, sendo ciprofloxacina/ metronidazol o esquema mais usado (76,5%). Houve cultura negativa em 12,5% das realizadas. Nas positivas, os germes mais freqüentes foram: S. aureus (57,1%); S. viridans (28,7%); P. aeruginosas (28,7%) e M. morganii (28,7%) A maioria (75%) dos S. aureus isolados eram meticilino-resistentes, mas sensíveis à vancomicina. Conclusão: Observouse a presença de flora polimicrobiana com grande número de patógenos multirresistentes e elevada prevalência de osteomielite e amputações em diabeticos portadores de úlceras graves, neuropatia e doença vascular periférica.

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Publicado

2012-01-18

Como Citar

Aragão, M. L., Fernandes, V. O., Quidute, A. R. P., Sales, A. P. A. M., Dantas, F. C. de M., Porto, L. B., Montenegro, R. M., Castro, F. M. de, & Montenegro Júnior, R. M. (2012). Perfil microbiológico e desfechos clinicos de úlceras em pés de diabéticos internados - doi:10.5020/18061230.2010.p231. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 23(3), 231–236. https://doi.org/10.5020/2021

Edição

Seção

Artigos Originais