Perfil microbiológico e desfechos clinicos de úlceras em pés de diabéticos internados

Autores

  • Marivaldo Loyola Aragão Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Virgínia Oliveira Fernandes Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Ana Rosa Pinto Quidute Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Ana Paula Abreu Martins Sales Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Fábio Cristino de Menezes Dantas Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Lara Benigno Porto Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Renan Magalhães Montenegro Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Fabíola Monteiro de Castro Universidade Federal do Ceará - UFC
  • Renan Magalhães Montenegro Júnior Universidade Federal do Ceará - UFC

DOI:

https://doi.org/10.5020/2021

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus, Pé Diabético, Infecções, Microbiologia.

Resumo

Objetivos: Descrever o perfil microbiológico e os desfechos clínicos de úlceras graves em pés diabéticos de pacientes internados em um hospital universitário de atenção terciária no estado do Ceara, Brasil. Métodos: Conduziu-se uma análise retrospectiva de dados obtidos nos prontuários médicos de todos os pacientes diabéticos internados entre janeiro de 2006 a junho de 2007, nas enfermarias do Serviço de Endocrinologia e Diabetes do Hospital Universitário Walter Cantídio (Universidade Federal do Ceará), por úlceras graves em pés diabéticos, com no mínimo grau 2 da classificação de Wagner, refratárias ao tratamento ambulatorial. Dados clínicos (sexo, idade, tempo de diabetes e co-morbidades) de cada paciente assim como as características microbiológicas do material colhido das suas ulceras em pés ou das suas peças cirúrgicas (amputações) foram obtidos. Resultados: Foram identificados no período 17 diabéticos, todos tipo 2, com idade de 58,11±10,8 anos e 12,4±8,4 anos de doença, 58,8% homens. Das úlceras, 41,1% eram grau 2, 35,2% grau 3, 11,7% grau 4 e 11,7% grau 5 de Wagner, 64,7% com menos de 3 meses de evolução. Realizaram limpeza cirúrgica 82,3% dos pacientes e amputações 47%, sendo identificada osteomielite em 47% dos casos. Antibioticoterapia empírica foi iniciada em todos os pacientes, sendo ciprofloxacina/ metronidazol o esquema mais usado (76,5%). Houve cultura negativa em 12,5% das realizadas. Nas positivas, os germes mais freqüentes foram: S. aureus (57,1%); S. viridans (28,7%); P. aeruginosas (28,7%) e M. morganii (28,7%) A maioria (75%) dos S. aureus isolados eram meticilino-resistentes, mas sensíveis à vancomicina. Conclusão: Observouse a presença de flora polimicrobiana com grande número de patógenos multirresistentes e elevada prevalência de osteomielite e amputações em diabeticos portadores de úlceras graves, neuropatia e doença vascular periférica.

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Publicado

2012-01-18

Como Citar

Aragão, M. L., Fernandes, V. O., Quidute, A. R. P., Sales, A. P. A. M., Dantas, F. C. de M., Porto, L. B., … Montenegro Júnior, R. M. (2012). Perfil microbiológico e desfechos clinicos de úlceras em pés de diabéticos internados . Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 23(3), 231–236. https://doi.org/10.5020/2021

Edição

Seção

Artigos Originais