Doença falciforme: as faces do estigma e do preconceito na construção da vulnerabilidade social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2021.13432

Palavras-chave:

Doença Falciforme; Preconceito; Estigma; Itinerátio Terapêutico; Vulnerabilidade Social

Resumo

Objetivo: Identificar, por meio das trajetórias na busca do cuidado em saúde, experiências do estigma e do preconceito na construção da vulnerabilidade social de adultos com doença falciforme. Métodos: Pesquisa de delineamento transversal e abordagem qualitativa-interpretativa realizada em dois centros de referência para o acompanhamento de pessoas com a doença falciforme em Maceió, Alagoas, Brasil. Foram entrevistados sete adultos (cinco mulheres e dois homens) com doença falciforme do tipo grave (SS) e três cuidadores. Realizou-se a coleta de dados por meio da reconstrução de itinerário terapêutico e da análise de conteúdo na modalidade temática. Resultados: Duas categorias emergiram dos dados. São elas: Insuficiência de renda e escolaridade e Interações familiar, social e amorosa. No processo de análise, verificou-se que o estigma e o preconceito trouxeram consequências danosas aos entrevistados, configurando-se, assim, como situações tão vulnerabilizantes quanto prejudiciais ao cuidado individual com a saúde e o acesso aos bens e vantagens sociais. Conclusão: Percebe-se que o estigma e o preconceito se entrelaçam nos conceitos e são resultados de um processo. Há sempre uma história que influencia o momento em que aparecem e a forma que assumem. Estas narrativas, apreendidas a partir do itinerário terapêutico, permitem a compreensão
desses eventos como já posto, o estigma e o preconceito - e de suas consequências para os indivíduos afetados, possibilitando o desenvolvimento de melhores intervenções para combatê-los e buscando a redução dos seus efeitos. Novos estudos serão realizados para contribuir com a visibilidade das estratégias de resistência ou enfrentamento ao estigma e ao preconceito.

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Biografia do Autor

Rosana Brandão Vilela, Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Lorena Cardoso Caldas, Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Brunna Correia Santos , Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Alexia Carneiro de Almeida , Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Maria Alexsandra Silva, Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Universidade Federal de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Sidney José Santos , Associação das Pessoas com Hemoglobinopatias de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

Associação das Pessoas com Hemoglobinopatias de Alagoas - Maceió (AL) - Brasil

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Publicado

2021-12-23

Como Citar

Vilela, R. B., Caldas, L. C., Santos , B. C. ., Almeida , A. C. de ., Silva, M. A. ., & Santos , S. J. . (2021). Doença falciforme: as faces do estigma e do preconceito na construção da vulnerabilidade social. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 34. https://doi.org/10.5020/18061230.2021.13432