Educação em saúde sobre infecções sexualmente transmissíveis para universitários de Enfermagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2020.10285

Palavras-chave:

Educação em Saúde, Educação Sexual, Enfermagem, Doenças Sexualmente Transmissíveis

Resumo

Objetivo: Descrever a experiência vivenciada por acadêmicos de Enfermagem em prática de educação em saúde acerca de infecções sexualmente transmissíveis (IST). Síntese dos dados: As atividades educativas de um projeto de extensão foram desenvolvidas para estudantes do primeiro ano da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Pará (UFPA), localizada no município de Belém, Pará, Brasil, no período de março a dezembro de 2019. A prática de educação em saúde foi dividida em três etapas: “IST: epidemiologia, agente etiológico, sintomas e prevenção”; “Boas práticas para o uso correto dos preservativos masculino e feminino” e “Modo de transmissão sexual das IST/HIV e importância de serem multiplicadores de saúde”, que se constituiu de uma dinâmica e roda de conversa sobre a temática. Conclusão: A atividade extensionista possibilitou a discussão da promoção da saúde sexual dos estudantes visando à prevenção e ao controle da transmissão das IST. Para os extensionistas, a vivência favoreceu a autonomia das atividades de educação em saúde e a compreensão da necessidade de abordar a temática com jovens ingressantes na universidade e, também, a de estabelecer a socialização com os estudantes com a pretensão de sensibilizá-los a serem multiplicadores de saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Bianca Alessandra Gomes do Carmo, Universidade Federal do Pará

Acadêmica de Enfermagem. Vivência na Educação em saúde para populações ribeirinhas sobre Hanseníase e na Educação em saúde para diabéticos em insulinoterapia. Atua como voluntária no projeto de extensão "Educação em saúde na universidade: mobilização de acadêmicos de enfermagem como agentes transformadores da realidade do HIV/aids na Região Norte (PIBEX - UFPA). Contribui como voluntária no projeto de pesquisa "Desenvolvimento da práxis de Enfermagem em contexto interprofissional através de coaching" (PIBIC-UFPA). Atuo em pesquisa na área de geoprocessamento e análise espacial em saúde com foco para a Região Norte. Conhecimento em softwares de processamento geoespacial e práxis de Enfermagem através de coaching em desenvolvimento. http://lattes.cnpq.br/8092565775524641

Nayla Rayssa Pereira Quadros, Universidade Federal do Pará

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atua como voluntária no projeto de extensão "Educação em saúde na universidade: mobilização de acadêmicos de enfermagem como agentes transformadores da realidade do HIV/aids na Região Norte (PIBEX - UFPA). Contribui como voluntária no projeto de pesquisa "Desenvolvimento da práxis de Enfermagem em contexto interprofissional através de coaching" (PIBIC-UFPA). http://lattes.cnpq.br/2653287362350961

Marcus Matheus Quadros Santos, Universidade Federal do Pará

Graduando em Enfermagem da Universidade Federal do Pará (ICS - UFPA). Atualmente é voluntário no projeto de extensão "EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA UNIVERSIDADE: MOBILIZAÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM COMO AGENTES TRANSFORMADORES DA REALIDADE DO HIV/AIDS NA REGIÃO NORTE" - (PROEX - UFPA). Possui experiência na área de Enfermagem em Doenças Transmissíveis, com ênfase em Infecções Sexualmente Transmissíveis. Participou como PIBIC (2017-2018) no Projeto de Pesquisa "ANÁLISE POPULACIONAL DA SUSCETIBILIDADE GENÉTICA E GENOTOXICIDADE MERCURIAIS NAS REGIÕES DE ITAITUBA (TAPAJÓS) E TUCURUÍ - CNPq Edital Universal", desenvolvendo um plano de trabalho intitulado "Níveis de Mercúrio total em espécies de peixes consumidas por populações ribeirinhas do Lago de Tucuruí: uma questão de Saúde Pública". Possui experiência na área de Farmacologia, subárea Toxicologia, com ênfase em Biomagnificação de Hg. http://lattes.cnpq.br/2579092254617263

Jennifer Karen Ferreira Macena, Universidade Federal do Pará

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atua como voluntária no projeto de extensão " Implementação e implantação de consultas de enfermagem pré-operatória aos pacientes ambulatoriais cirúrgicos da unidade hospitalar João de Barros Barreto" (PIBEX-UFPA) e contribui como voluntária no projeto " Educação em saúde na universidade: mobilização de acadêmicos de enfermagem como agentes transformadores da realidade do HIV na Região Norte" (PIBEX-UFPA). Atua também como voluntária no projeto de pesquisa "Desenvolvimento da práxis de Enfermagem em contexto interprofissional através de coaching" (PIBIC-UFPA). http://lattes.cnpq.br/3156227734193283

Marília de Fátima Vieira de Oliveira, Universidade Federal do Pará

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará (1995). Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1999). Doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009). Atualmente é professor Associado I da Faculdade de Enfermagem e Professor Permanente do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pará. Participa como membro parceiro do projeto de pesquisa multicêntrico do Programa Nacional de Cooperação Acadêmica (Procad) sobre envelhecimento ativo. Líder do Grupo de Pesquisa em Educação Formação e Gestão para a Práxis do Cuidado em Saúde e Enfermagem - EDUGESPEN. Coordenadora do Programa de Pós-Graduaçao em Enfermagem da UFPA - Gestao 2011-2013. e Gestão-2013-2015. Investigação voltada para a linha de pesquisa de Educação, formação e gestão, especialmente saúde mental, educação e saúde, formação, idoso e filosofia da saúde. http://lattes.cnpq.br/7030765721580568

Sandra Helena Isse Polaro, Universidade Federal do Pará

Possui Graduação em Enfermagem pela Universidade do Estado do Pará (1981), Graduação em Licenciatura Plena em Enfermagem pela Universidade Federal do Pará (1995). Mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (2001). Doutorado em Enfermagem, com Área de Concentração Filosofia, Saúde e Sociedade pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011). Atualmente é Professor Associado I da Universidade Federal do Pará. Coordenadora do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Pará (Mestrado Acadêmico).Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem de Saúde Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: Família, Idoso, Programa Saúde da Família e Enfermagem Gerontológica. Coordenadora do Departamento Científico de Enfermagem Gerontológica/ABEn no período de outubro de 2013 a abril de 2018. http://lattes.cnpq.br/7875594038005793

Eliã Pinheiro Botelho, Universidade Federal do Pará

Graduado em Enfermagem e Obstetrícia (2001) pela Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Por seu facínio pelo estudo das doenças infecto-parasitárias e também pela Saúde Pública, sua monografria versou sobre o aumento da incidência de HIV em mulheres casadas e teve como supervisora a Profa. Dra. Rosane Harper Griep. A coleta de dados foi realizada no Centro de Testagem Anônima do Hospital Escola São Francisco de Assis (HESFA-UFRJ). Em 1998, Eliã comecou a estagiar como aluno de Iniciação Científica no Laboratório Fisiologia da Cognição do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ (IBCCF/UFRJ), sob orientação dos Professores Maria Carmem Pinon e Ricardo Gattass, estudando a circuitaria visual do macaco Cebus apella. Em 2004, sob a orientação dos Professores Juliana Soares e Ricardo Gattass, Eliã defendeu sua dissertação de mestrado em Ciências Biológicas/Fisiologia no IBCCF/UFRJ, mostrando as alterações na distribuição das proteínas ligantes de cálcio (calbindina-28kD e parvalbumina), da GAP-43 e da GFAP na área visual primária (V1) do macaco Cebus adulto. No ano de 2008, Eliã defendeu sua tese de doutorado mostrando alterações na organização dos campos receptores em V1 após lesão retiniana restrita ainda no Cebus adulto sob a orientação do Professores Juliana Soares, Ricardo Gattass e Mario Fiorani Junior. Após o término do seu doutorado, em agosto de 2008, o referido aluno sentiu a necessidade de aprender a fazer pesquisas mais aplicadas ao estudo de doenças e farmacologia. Eliã, então, foi aprovado para uma posição de pós-doutorado no Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médicas (INSERM) em Bordeaux (França). Agora no Neurocentre Magendie, supervisionado pelo Dr Andreas Frick, seu principal foco foi o estudo das conexões GABAérgicas no cérebro de camundongos normais e afetados pela síndrome do frágil X. Em 2011, o mesmo segue para o segundo pós-doutorado na Universidade da Califórnia, Los Angeles, (UCLA). Nos EUAs, seu projeto versava sobre a doenca de Huntingon, agora supervisionado pelo Prof. Michael Levine. Atualmente, Eliã encontra-se no seu terceiro pós-doutorado na Universidade Federal do Pará, no Laboratório de Neuroplasticidade, estudando mecanismo de indução de plasticidade neuronal no sistema nervoso adulto empregando princípios ativos de plantas amazônicas. Adicionalmente, o referido pesquisador encontra-se em fase de diálogo para estabelecimento de projeto de pesquisa no Instituto Evandro Chagas visando estudar por métodos eletrofisiológicos os mecanismos fisiopatológicos de vírus da Amazônia que causam encefalite. Em junho de 2014 Eliã é aprovado no concurso para Professor Adjunto A em Doenças Transmissíveis da Faculdade de Enfermagem Universidade Federal do Pará. http://lattes.cnpq.br/6276864906384922

Referências

Mon Kyaw Soe N, Bird Y, Schwandt M, Moraros J. Sti health disparities: a systematic review and meta-analysis of the effectiveness of preventive interventions in educational settings. Int J Environ Res Public Health. 2018;15(12):2819.

Pinto VM, Basso CR, Barros CRS, Gutierrez EB. Factors associated with sexually transmitted infections: a population based survey in the city of São Paulo, Brazil. Ciênc Saúde Colet. 2018;23(7):2423-32.

Bhatti AB, Usman M, Kandi V. Current Scenario of HIV E AIDS, treatment options, and major challenges with compliance to antiretroviral therapy. Cureus. 2016;8(3):e515.

Newman L, Rowley J, Hoorn SV, Wijesooriya NS, Unemo M, Low N, et al. Global estimates of the prevalence and incidence of four curable sexually transmitted infections in 2012 based on systematic review and global reporting. Plos One. 2015;10(12):e0143304.

Teixeira LO, Figueiredo VLM, Sassi RAM. Cross-cultural adaptation of Sexually Transmitted Disease Knowledge Questionnaire to Portuguese of Brazil. J Bras Psiquiatr. 2015;64(3):247-56.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV E AIDS e das Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico: HIV E AIDS. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV E AIDS e das Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico HIV E AIDS, 2017. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.

Marschalkó M, Pónyai K, Kárpáti S. Szexuálisan terjedo koinfekciók. HIV koinfekciók. Orv Hetil. 2015;156(1):4-9.

Li C, Cheng Z, Wu T, Liang X, Gaoshan J, Li L, et al. The relationships of school-based sexuality education, sexual knowledge and sexual behaviors-a study of 18,000 Chinese college students. Reprod Health. 2017;14:103.

Valim EMA, Dias FA, Simon CP, Almeida DV, Rodrigues MLP. Condom use among adolescents in public schools of the city of Uberaba, State of Minas Gerais, Brazil: knowledge and attitudes. Cad Saúde Coletiva. 2015;23(1):44–9.

Baldoino LS, Silva SMN, Ribeiro AMN, Ribeiro EKC. Educação em Saúde para Adolescentes no Contexto Escolar: um relato de experiência. Rev Enferm UFPE. 2018;2(4):1161-7.

Pereira FGF, Caetano JÁ, Moreira JF, Ataíde MBC. Health Education Practices In The Training Of Nursing Undergraduates. Cogitare Enferm. 2015;20(2):332-7.

Martins CBG, Ferreira LO, Santos PRM, Sobrinho MWL, Weiss MCV, Souza SPS. Oficina sobre sexualidade na adolescência: uma experiência da equipe saúde da família com adolescentes do ensino médio. Rev Min Enferm. 2011;15(4):573-8.

Freire P. Autonomia da Pedagogia: saberes necessários a prática educativa. 57ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 2018.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde: Anexo I da Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de setembro de 2017, que consolida as normas sobre as políticas nacionais de saúde do SUS. Brasília: Ministério da Saúde; 2018.

Dias ESM, Rodrigues ILA, Miranda HR, Correa JA. Roda de conversa como estratégia de educação em saúde para a enfermagem. Rev Fund Care. 2018;10(2):379-384.

Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. II Caderno de educação popular em saúde. Brasília: Ministério da saúde; 2014.

Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Diretrizes para implementação da rede de cuidados em IST/HIV/AIDS: manual de prevenção CRT – DST/AIDS. São Paulo: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo; 2017.

Widman L, Noar SM, Choukas-Bradley S, Francis DB. Adolescent sexual health communication and condom use: a meta-analysis. Health Psychology. 2014;33(10):1113-24.

Manual do Mundo. A mágica da água que mudar de cor: experiência de química [vídeo] [Internet]. 2010 [acesso em 2019 Mar 11]. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ezPSwEug40A&t=98s

Schall VT, Moden CM. As novas tecnologias de informação e comunicação em educação em saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005. Críticas e Atuantes: ciências sociais e humanas em saúde na América Latina; p. 245-55.

Menezes WN, Araújo MA, Faria N. Projeto de extensão em sexualidade humana na educação [Internet]. In: Anais do 3º Simpósio Internacional de Educação Sexual Corpos, Identidade de Gênero e Heteronormatividade no Espaço Escolar; 2013 Abr 24-26; Maringá. Maringá: SIES; 2013 [acesso em 2019 Mar 11]. Disponível em: http://www.sies.uem.br/anais/pdf/educacao_sexual_escolar/4-18.pdf

Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO; 2002.

World Health Organization. Ottawa Charter for Health Promotion: First International Conference on Health Promotion Ottawa [Internet]. 1986 [acesso em 2019 Mar 11]. Disponível em: https://www.healthpromotion.org.au/images/ottawa_charter_hp.pdf

Chow EPF, Tomnay J, Fehler G, Whiley D, Read TRH, Denham I, et al. Substantial Increases in Chlamydia and Gonorrhea Positivity Unexplained by Changes in Individual-Level Sexual Behaviors Among Men Who Have Sex With Men in an Australian Sexual Health Service From 2007 to 2013. Sex Transm Dis. 2015;42(2):81-7.

Ministério da Saúde (BR). Pesquisa de conhecimentos atitudes e práticas da população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Publicado

2020-05-25

Como Citar

do Carmo, B. A. G., Quadros, N. R. P., Santos, M. M. Q., Macena, J. K. F., Oliveira, M. de F. V. de, Polaro, S. H. I., & Botelho, E. P. (2020). Educação em saúde sobre infecções sexualmente transmissíveis para universitários de Enfermagem. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 33. https://doi.org/10.5020/18061230.2020.10285

Edição

Seção

Descrição de Experiências