A assistência multidisciplinar e o manejo efetivo do Diabetes Mellitus: desafios atuais - doi:10.5020/18061230.2004.p200

Autores

  • Renan Magalhães Montenegro Junior Universidade de Fortaleza
  • Márcia Maria Costa Silveira Universidade de Fortaleza
  • Izabella Pereira Nobre Universidade de Fortaleza
  • Carlos Antonio Bruno da Silva Universidade de Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.5020/700

Palavras-chave:

Diabetes mellitus, Controle metabólico, Assistência multidisciplinar, Complicações, Co-morbidades.

Resumo

O presente trabalho objetivou caracterizar o perfil clínico e o atendimento multidisciplinar da clientela diabética assistida no NAMI/UNIFOR, unidade que assiste a comunidade adstrita. Foi realizado um estudo retrospectivo, a partir de dados coletados dos prontuários de 101 pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus (DM), selecionados aleatoriamente entre agosto de 2003 e junho de 2004. Todos os pacientes avaliados tinham diagnóstico de DM tipo 2, há 5,7 ± 3,9 anos, sendo 88,1% do sexo masculino e 11,9% do sexo feminino e com uma média de idade de 58,4 ± 12,2 anos. Desse total, 5,9% faziam uso de clorpropramida, 84,1% de glibenclamida, 15,8% de metformina, 7,9% de insulina, 1% de glipizida, 1% de glimepirida e 4,9% nunca fizeram uso de medicações para esse fim. Em 61,4% dos prontuários não havia registro de orientação dietética e, dos demais, 20,8% relatavam seguir as recomendações. Em 82,2% dos prontuários também não havia referência à realização de atividade física. Somente havia registro de glicemias de jejum (187±75 mg/dl, 192±80 mg/dl, 192±75 mg/dl, em três períodos distintos). Verificou-se que 72,3% pacientes eram também hipertensos e 56,4% dislipidêmicos. Dos hipertensos somente 62,4% estavam em tratamento medicamentoso e destes 45,5% faziam uso de inibidores de enzima conversora de angiotensina, sendo o captopril o mais usado. Apresentavam pressão arterial sistólica média de 148±26 mmHg e diastólica de 90±13 mmHg. Em nenhum caso houve menção ao uso de drogas hipolipemiantes e somente 9,9% desses usavam AAS. Esses dados sugerem que os pacientes diabéticos seguidos no NAMI apresentam elevada prevalência de condições mórbidas associadas, encontrando-se, em geral, com o controle metabólico inadequado e com terapêuticas passíveis de melhor adequação. Considerando os benefícios da atuação multidisciplinar no DM e das potencialidades do NAMI, observa-se a necessidade de adoção de novas estratégias nessa direção, possivelmente voltadas para a integração da equipe, objetivando-se o manejo efetivo do DM.

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Biografia do Autor

Renan Magalhães Montenegro Junior, Universidade de Fortaleza

Professor Titular do Mestrado em Educação em Saúde, da Universidade de Fortaleza

Márcia Maria Costa Silveira, Universidade de Fortaleza

Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade de Fortaleza

Izabella Pereira Nobre, Universidade de Fortaleza

Acadêmica do Curso de Enfermagem, da Universidade de Fortaleza.

Carlos Antonio Bruno da Silva, Universidade de Fortaleza

Professor Titular do Mestrado em Educação em Saúde, da Universidade de Fortaleza.

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Publicado

2012-01-04

Como Citar

Montenegro Junior, R. M., Silveira, M. M. C., Nobre, I. P., & Silva, C. A. B. da. (2012). A assistência multidisciplinar e o manejo efetivo do Diabetes Mellitus: desafios atuais - doi:10.5020/18061230.2004.p200. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 17(4), 200–205. https://doi.org/10.5020/700

Edição

Seção

Artigos Originais