Programa academia da saúde: operacionalidade, ações e integração

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/18061230.2019.8381

Palavras-chave:

Programas de Saúde, Promoção da Saúde, Integralidade em Saúde

Resumo

Objetivo: Analisar a percepção de usuários, gestores e trabalhadores da saúde sobre a operacionalidade, as ações desenvolvidas nos polos da Academia da Saúde e a sua integração com os demais pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Métodos: Estudo qualitativo desenvolvido em três municípios localizados na Macrorregião do Cariri, estado do Ceará, Brasil. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas com os participantes do estudo: 15 usuários, três trabalhadores da saúde e três gestores envolvidos na execução, monitoramento e supervisão das atividades dos polos, entre outubro de 2016 e janeiro de 2017. A análise dos dados foi pautada na proposição metodológica e analítica fundamentada na hermenêutica crítica. Resultados: O Programa Academia da Saúde (PAS) tem demonstrado influências positivas na prática de atividade física da população usuária e, consequentemente, melhorias na condição de saúde e na qualidade de vida. Os resultados encontrados revelam a dinâmica de funcionamento e organização das atividades, destacando: as facilidades e dificuldades quanto a sua operacionalidade; as ações frequentemente desenvolvidas; os avanços observados em relação à promoção da saúde e à qualidade de vida; e a integralidade no PAS. Conclusão: Os usuários, os trabalhadores de saúde e os gestores compartilham a mesma percepção em relação à melhoria nas condições de saúde da população atendida nos polos da Academia da Saúde, e, no que se refere ao funcionamento, tem sido considerado bom, apesar de dificuldades relacionadas aos aspectos estruturais, de materiais e insumos dos polos em cada contexto estudado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Laís Barreto de Brito Gonçalves, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Graduanda em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA), Membro do Grupo de Pesquisa Clínica, Cuidado e Gestão em Saúde (GPCLIN), URCA.

Rachel Cardoso de Almeida, Universidade Regional do Cariri – URCA, UD Iguatu-CE

Enfermeira. Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri – URCA, UD Iguatu-CE; Membro do Grupo de Pesquisa Clínica, Cuidado e Gestão em Saúde (GPCLIN), URCA.

Tainá Maranhão de Oliveira, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Graduanda em Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA).

Maria Augusta Vasconcelos Palácio, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), campus Paulo Afonso, BA

Doutora em Educação em Ciências e Saúde. Docente do Curso de Medicina da UNIVASF, campus Paulo Afonso, BA. Pesquisadora no Grupo de Pesquisa Clínica, Cuidado e Gestão em Saúde (GPCLIN), URCA.

Antonio Germane Alves Pinto, Universidade Regional do Cariri - URCA

Doutor em Saúde Coletiva. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri (URCA). Coordenador do Grupo de Pesquisa Clínica, Cuidado e Gestão em Saúde (GPCLIN), URCA.

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1.707, de 23 de setembro de 2016. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília. 2016.

Ministério da Saúde (BR). Academia da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.

Silva RN, Guarda FRB, Hallal PC, Martelli PJL. Avaliabilidade do Programa Academia da Saúde no Município do Recife, Pernambuco, Brasil. Cad Saúde Pública. 2017;33(4):1-16.

Hallal PC, Tenório MCM, Tassitano RM, Reis RS, Carvalho YM, Cruz DKA, et al. Avaliação do programa de promoção da atividade física Academia da Cidade de Recife, Pernambuco, Brasil: percepções de usuários e não-usuários. Cad Saúde Pública. 2010;26(1):70-8.

Hallal PC, Cordeira K, Knuth AG, Mielke GI, Victora CG. Ten-year trends in total physical activity practice in Brazilian adults: 2002-2012. J Phys Act Health. 2014;11(8):1525-30.

Ministério da Saúde (BR). Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2020. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

Florindo AA, Nakamura PM, Farias JC Jr, Siqueira FV, Reis RS, Cruz DKA, et al. Promoção da atividade física e da alimentação saudável e a saúde da família em municípios com academia da saúde. Rev Bras Educ Fís Esp. 2016;30(4):913-24.

Sá GBAR, Dornelles GC, Cruz KG, Amorim RCA, Andrade SSCA, Oliveira TP, et al. O Programa academia da Saúde como estratégia de promoção da saúde e modos de vida saudáveis: cenário nacional de implementação. Cienc Saúde Colet. 2016;21(6):1849-60.

Coelho CS, Verdi MIM. Políticas e programas de atividade física: uma crítica à luz da promoção da saúde. Saúde Transform Soc. 2015;6(3):96-108.

Malta DC, Silva MMA, Albuquerque GM, Lima CM, Cavalcante T, Jaime PC, Silva JB Jr. A implementação das prioridades da Política Nacional de Promoção da Saúde, um balanço, 2006 a 2014. Ciênc Saúde Colet. 2014;19(11):4301-11.

Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Promoção da Saúde. 3a. ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

Cavalcanti PB, Lucena CMF. O uso da promoção da saúde e a intersetorialidade: tentativas históricas de integrar as políticas de saúde e educação. Polêm!ca. 2016;16(1):24-41.

Mota PHS, Viana ALÁ, Bousquat A. Relações federativas no Programa Academia da Saúde: estudo de dois municípios paulistas. Saúde Debate. 2016;40(108):64-73.

Silva RN. Avaliabilidade do programa academia da saúde no Recife: um estudo de caso [dissertação]. Recife: Universidade Federal de Pernambuco; 2015.

Lemos EC, Paes IMBS, Abath MB, Brainer MGF, Lima JIAF. Monitoramento do Programa Academia das Cidades e da Saúde: a experiência de Pernambuco. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2015;20(2):203-7.

Feitosa WMN, Guarda FRB, Konrad LM, Gonçalves WSF, Martelli PJL, Araújo JLAC Jr. Percepção das usuárias a respeito das ações, melhoria da qualidade de vida e satisfação com o Programa Academia da Cidade. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2016;21(5):461-9.

Padilha MA, Oliveira CM, Figueiró AC. Estudo de avaliabilidade do Programa Academia Carioca da Saúde: desafios para a promoção da saúde. Saúde Debate. 2015;39(105):375-86.

Guarda F, Silva R, Feitosa W, Santos P Neto, Araújo J Jr. Caracterização das equipes do Programa Academia da Saúde e do seu processo de trabalho. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2015;20(6):638-49.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª. ed. São Paulo: Hucitec; 2014.

Ceará. Secretaria de Saúde do Estado. Sala de situação em atenção primária: informações sobre o Programa Academia da Saúde 2012/2013 – Número e tipos de polo [Internet]. 2013 [acesso em 2014 Mar 9]. Disponível em: http://salasituacao.saude.ce.gov.br/salas/index.php/outras-informacoes-georeferenciadas/atencao-primaria.

Fontanella BJB, Luchesi BM, Saidel MGB, Ricas J, Turato ER, Melo DG. Amostragem em pesquisas qualitativas: proposta de procedimentos para constatar saturação teórica. Cad Saúde Pública [Internet]. 2011 [acesso em 2018 Dez 4];27(2):389-94. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2011000200020.

Manzini EJ. Entrevista semiestruturada: análise de objetivos e de roteiros. 2o Seminário internacional de pesquisa e estudos qualitativos. A pesquisa qualitativa em debate; 2004; Bauru, São Paulo. Bauru: SIPEQ; 2004. 1 CD.

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução n. 510, de 7 de abril de 2016, sobre pesquisa envolvendo seres humanos, do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília. 2016.

Ministério da Saúde (BR). Panorama nacional de implementação do Programa Academia da Saúde: monitoramento nacional da gestão do Programa Academia da Saúde: ciclo 2016. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

Fernandes AP, Andrade ACS, Costa DAS, Dias MAS, Malta DC, Caiaffa WT. Programa Academias da Saúde e a promoção da atividade física na cidade: a experiência de Belo Horizonte, MG, Brasil. Ciênc Saúde Colet. 2017;22(12):3903-14.

Carvalho FFB, Jaime PC. O Programa Academia da Saúde – um estabelecimento de saúde da atenção básica. J Manag Prim Heal Care. 2015;6(1):47-64.

Becker LA, Gonçalves PB, Reis RS. Programas de promoção da atividade física no Sistema Único de Saúde brasileiro: revisão sistemática. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2016;21(2):110-22.

Publicado

2019-04-02

Como Citar

Gonçalves, L. B. de B., Almeida, R. C. de, Oliveira, T. M. de, Palácio, M. A. V., & Pinto, A. G. A. (2019). Programa academia da saúde: operacionalidade, ações e integração. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 32. https://doi.org/10.5020/18061230.2019.8381

Edição

Seção

Artigos Originais