Relação do desequilíbrio postural com incapacidade cervical em pessoas com deficiência visual
DOI:
https://doi.org/10.5020/18061230.2016.p525Palavras-chave:
Transtornos da Visão, Postura, Pessoas com DeficiênciaResumo
Objetivo: Identificar a relação entre o desequilíbrio postural e a incapacidade cervical em pessoas com deficiência visual. Métodos: Estudo transversal retrospectivo, realizado na Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto, SP, Brasil, no período entre janeiro de 2014 e dezembro de 2014, com 26 participantes, de ambos os sexos, com idade média de 31,92 anos, apresentando deficiências visuais total ou parcial. Realizou-se a avaliação postural por meio da biofotogrametria associada ao Neck Desability Index (NDI), que identifica incapacidade cervical. Para avaliar a significância estatística de 5%, realizou-se o teste de independência de Chi-quadrado. Resultados: Na vista anterior, houve inclinação cervical à esquerda em 2,82cm. Na vista posterior, houve elevação de ombro esquerdo em relação ao direito em 9,15cm. Nas vistas laterais direita e esquerda, encontraram-se flexoextensão cervical de 2,44cm da cabeça em relação à coluna cervival e hipercifose torácica de 0,67cm. Encontrou-se diferença do alinhamento escapular do lado direito em relação ao esquerdo em 5,08cm. O NDI evidenciou 33,3% com incapacidade mínima devido à dor, enquanto 66,7% não apresentam incapacidade. Conclusão: Encontraram-se alterações posturais compensatórias adotadas pelos deficientes visuais analisados na tentativa de ajustar o centro de gravidade. No entanto, essas alterações posturais não coincidem com incapacidade cervical e dor.Downloads
Referências
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2010: características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de Janeiro:IBGE; 2010.
Chen T, Michels L, Supekar K, Kochalka J, Ryali S, Menon V. Role of the anterior insular cortex in integrative causal signaling during multisensory auditory–visual attention. Eur J Neurosci. 2015;41(2):264-74.
Silva MB, Shimano SGN, Oliveira CCES, Conti V, Oliveira NML. Avaliação das alterações posturais e retrações musculares na deficiência visual: estudo de caso. Saúde Colet (Barueri). 2011;8(49):77-82.
Amantea D, Novaes AP, Campolongo GD, Barros TP. A importância da avaliação postural no paciente com disfunção da articulação temporomandibular. Acta Ortop Bras. 2004;12(3):155-9.
Oliveira RL. Estudo clínico e eletromiográfico de músculos cervicais em mulheres com e sem disfunção temporomandibular [dissertação]. Piracicaba: Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba. 2011.
Biasotto-Gonzalez DA, Andrade DV, Gonzalez TO, Martins MD, Fernandes KP, Corrêa JCF, et al. Correlação entre disfunção temporomandibular, postura e qualidade de vida. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2008;18(1):79-86.
Myers TW. Trilhos anatômicos meridianos miofasciais para terapeutas manuais e do movimento. 1ª ed. Barueri; Manole; 2003. 8. Braccialli LMP, Vilarta R. Aspectos a serem considerados na elaboração de programas de prevenção e orientação de problemas posturais. Rev Paul Educ Fís. 2000;14(1):16-28.
Bertolini SMMG, Polyana M, Paula KP. Postura corporal: aspectos estruturais funcionais para promoção da saúde. Saúde Pesquisa 2015;8(1):125-30.
Soares JC, Weber P, Trevisan ME, Trevisan CM, Mota CB, Rossi AG. Influência da dor no controle postural de mulheres com dor cervical. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2013;15(3):371-81.
Pereira M. Contribuição para a adaptação cultural do Neck Disability Index e caraterização da prática de fisioterapia em pacientes com Dor Crónica Cervical. [dissertação]. Setubal: Instituto Politécnico de Setubal; 2012.
Salomão SR, Mitsuhiro MRKH, Belfort R Jr . Visual impairment and blindness: an overview of prevalence and cases in Brazil. An Acad Bras Ciênc 2009;81(3):539-49.
Tyler ME, Danilov YP, Bach-y-rita P. Systems and methods for altering brain and body functions and for treating conditions and diseases of the same. U.S. Patent Application. 2015. n. 14/692,419.
Pereira L. Definição e classificação: sobre o conceito de deficiência visual. Ludens. 1980(4):37-40.
Fadamiro CO. Causes of blindness and career choice among pupils in a blind school; South Western Nigeria. Ann Afr Med. 2014;13(1):16-60.
Camelo EMPDF, Uchôa DM, Uchoa SJFF, Vasconcelos TBD, Macena RHM. Use of softwares for posture assessment: integrative review. Coluna/Columna 2015;14(3):230-5.
Mascarenhas CHM, Sampaio LS, Reis LA, Oliveira. TS. Alterações posturais em deficientes visuais no município de Jequié/BA. Espaç Saúde. 2009;11(1):1-7.
Howley E, Franks B. Health fitness instructor´s handbook. 2nd ed. Champaign: Human Knects Book;1992.
Cook C, Richardson JB, Ragal L, Menezes A, Soler, X., Kume, P. Cross-cultural adaptation and validation of the Brazilian Portuguese version of the neck disability index and neck pain and disability scale. Spine (Phila Pa 1976). 2006;31(14):1621-7.
Vernon H, Mior S. The neck disability Index: a study of reliability and validity. J Manipulative Physiol Ther. 1991;14(7):409-15.
Falavigna A, Teles AR Braga GL, Barazzetti DO, Lazzaretti L, Tregnago AC. Instrumentos de avaliação clínica e funcional em cirurgia da coluna vertebral. Coluna/Columna. 2011;10(1):62-67.
Sichellingerhout JM, Verhagen AP, Heymans MW, Koes BW, Vet HC, Terwee CB. Measurement properties of disease-specific questionnaires in patients with neck pain: a systematic review. Qual Life Res. 2012;21(4):659-70.
Souza, JA, Pasinato F, Basso D, Corrêa ECR, Silva AMT. Biofotogrametria confiabilidade das medidas do protocolo do software para avaliação postural (SAPO). Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2011;13(4):299-305.
Viel E. A marcha humana, a corrida e o salto: biomecânica, investigações, normas e disfunções. Manole Barueri: São Paulo; 2001.
Simprini R, Braccialli LP. Influência do sistema sensório-motor na manutenção da postura estática em indivíduos cegos. Infanto Rev Neuropsiquiatr Infanc Adolesc. 1998;6(Supl 1):26-38.
Sanchez HM, Barreto RR, Baraúna MA, Canto RST, Morais EG. Avaliação postural de indivíduos portadores de deficiência visual através da biofotogrametriacomputadorizada. Fisioter Mov. 2008;21(2):11-20.
Rocha MCNR, Nogueira VC, Pacheco MTT, Albertini R. Análise das principais alterações posturais encontradas em portadores de deficiência visual. In: Anais INIC-UNIVAP 2008. São José dos Campos: UNIVAP; 2008. p. 1-4 [acesso em 2016 Abr 20]. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosINIC/INIC0673_02_O.pdf
Lee HY, Wang JD, Yao G, Wang SF. Association between cervicocephalic kinesthetic sensibility and frequency of subclinical neck pain. Man Ther. 2008;13(5):419-25.
Silva JA, Ribeiro-Filho NP. A dor como um problema psicofísico. Rev Dor. 2011;12(2):138-51.
Bonney RA, Corlett EN. Head posture and loading of the cervical spine. Appl Ergon. 2002;33(5):415-7.
Yip CH, Chiu TT, Poon AT. The relationship between head posture and severity and disability of patients with neck pain. Man Ther. 2008;13(2):148-54.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os manuscritos apresentados devem destinar-se exclusivamente à RBPS, não sendo permitida sua apresentação a outro periódico. Junto ao envio do manuscrito, autores devem encaminhar a Declaração de Responsabilidade e de Direitos Autorais assinada por todos os autores, bem como, sua contribuição individual na confecção do mesmo e deverá ser enviada no formato pdf.
O autor poderá depositar a versão final do artigo, com revisão por pares “postprint” em qualquer repositório ou website de acordo com a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.