Doença hipertensiva específica da gravidez em um hospital terciário do nordeste brasileiro-perfil epidemiológico
DOI:
https://doi.org/10.5020/18061230.2015.p613Palavras-chave:
Gravidez, Hipertensão, Hipertensão Induzida pela Gravidez, EpidemiologiaResumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico das mulheres internadas em um hospital terciário do nordeste brasileiro com síndromes hipertensivas da gestação (SHG). Métodos: Realizou-se estudo transversal retrospectivo no Hospital Geral César Cals (HGCC), hospital terciário do Sistema Único de Saúde (SUS) em Fortaleza, Ceará, Brasil, com 1865 grávidas diagnosticadas com SHG internadas no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2013, independente da idade, escolaridade, estado civil, nascimento, origem e desfecho (alta, morte e gravidez em andamento). Resultados: Houve predominância de mulheres na faixa etária entre 17-35 anos (n=1484, 79,6%), pardas (n=1464, 78,5%), solteiras (n= 775, 41,6%), donas-de-casa (n=1269, 68,0%), residentes em Fortaleza (n=1198, 64,3%) e com ensino fundamental completo (n=766, 41%). Excesso de peso (n= 1408, 75,4%), primeira gravidez (n=827, 44,3%) e multiparidade (n=686, 36,7%) foram os principais fatores de risco para SHG. Com relação ao estado do feto, 30,9% (n=576) eram prematuros. As principais complicações da SHG foram: síndrome HELLP (n=60, 3.2%), distúrbios hemorrágicos (n=15, 0,8%) e insuficiência respiratória aguda (n=13, 0,6%). Conclusão: As mulheres grávidas investigadas apresentaram fatores de risco para desenvolvimento da SHG, reforçando a idéia de que o nível de saúde e o processo de saúde e doença são diretamente influenciados por características demográficas e socioeconômicas da população.Downloads
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