Será o Tempo Senhor de Todas as Representações Sociais?
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v24i3.e14102Palavras-chave:
teoria das representações sociais, tempo, teoria da relatividadeResumo
O tempo consiste em um fenômeno que intriga a humanidade e todos os campos da ciência, da cultura e das artes. O tempo tem sido teorizado por diferentes vertentes da psicologia social, dentre elas a Teoria das Representações Sociais. Nesta, o tempo costuma ser compreendido como um dos eixos que compõe o processo representacional. Partindo desta tese, temos como intuito nesse artigo ensaístico adensar as reflexões acerca do constructo “tempo” na Teoria das Representações Sociais. Levantamos uma provocação: afinal, não será o tempo o senhor ou a senhora de todas as representações sociais? Para tanto, abordamos a Teoria das Representações Sociais, conceituamos os Modelo Toblerone e Rosa dos Ventos, retomamos a construção histórica do tempo, sinalizamos para a ruptura paradigmática na compreensão do tempo que representa a Teoria da Relatividade, apresentamos o tempo na era digital. Por fim, sugerimos que o tempo não apenas constitui um eixo do processo de construção das representações sociais, mas pode ser ele próprio compreendido como uma representação social.
Downloads
Referências
Aquino, C. A. B. de. (2008). O tempo como substancialidade do trabalho: O tempo industrial e o tempo de trabalho. Revista Labor, 1(1), 1-14. https://doi.org/10.29148/labor.v1i1.6677
Albertazzi, A. G., Jr., & Souza, A. R. de. (2017). Fundamentos de metrologia científica e industrial: Revisada, atualizada e ampliada. Manole.
Castellon, L. A. S., Cavalcanti, J. B., Souza, R. A. D. C. de, & Dantas, F. G. (2021). Investigação das alterações na percepção temporal pela presença de altos níveis de dependência de smartphone. Research, Society and Developmente, 10(12), 1–10. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20870
Bauer, M. W., & Gaskell, G. (1999). Towards a pardaigm for research on Social Representation. Journal for the Theory of Social Behaviour, 29(2), 163-186. https://doi.org/https://doi.org/10.1111/1468-5914.00096
Bauer, M. W., & Gaskell, G. (2008). Social representations theory: A progressive research programme for social psychology. Journal for the Theory of Social Behaviour, 38(4), 335–353. https://doi.org/10.1111/j.1468-5914.2008.00374.x
Brito, A. de J. (2016). Tempo, História e Educação Matemática. Bolema, 30(55), 390-401. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.1590/1980-4415v30n55a04
Einstein, A. (2005). O ano miraculoso de Einstein (2a ed.). Editora UFRJ. (Trabalho original publicado em 1905).
Stachel, J. (2008). O ano miraculoso de Einstein. Editora UFRJ.
Fabro, A. M. (2017). O relógio ou nós? Uma visão da invenção do tempo social na percepção político-cultural de Edward P. Thompson. Revista Em Debate, 1(17), 55–69. https://doi.org/10.5007/1980-3532.2017n17p55
Halliday, D., Resnick, R., & Walker, J. (2023). Fundamentos de Física - Óptica e Física Moderna (12a ed.). Editora LTC.
Jewett, J. W., Jr., & Serway, R. A. (2019). Física para cientistas e engenheiros: Luz, óptica e física moderna (9a ed., Vol. 4). Cengage Learning.
Kanan, L. A., & Arruda, M. P. de. (2013). A organização do trabalho na era digital. Estudos de Psicologia, 30(4), 583–591. https://doi.org/10.1590/s0103-166x2013000400011
Levine, J. (2016). The history of time and frequency from antiquity to the present day. European Physical Journal H, 41(1), 1–67. https://doi.org/10.1140/epjh/e2016-70004-3
Matthews, W. J., & Meck, W. H. (2016). Temporal Cognition: Connecting subjective time to perception, attention, and memory. Psychological Bulletin, 142(8), 865-907. https://doi.org/10.1037/bul0000045
Moscovici, S. (2005). Representações sociais: Investigações em Psicologia social (3ª ed.). Vozes.
Moscovici, S. (2011). A invenção da sociedade: Sociologia e Psicologia. Vozes.
Moscovici, S. (2012). Psicanálise, sua imagem e seu público. Editora Vozes.
Oliveira, E. S. G. (2017). Adolescência, internet e tempo: Desafios para a Educação. Educar em Revista, (64), 283–298. https://doi.org/10.1590/0104-4060.47048
Rector, P. (1994). The history of time keeping at the watch and clock museum. The Historian, 56(3), 477–482. https://www.jstor.org/stable/24448700
Paty, M. (2008). Einstein. (Coleção Figuras do Saber, v.22). Estação Liberdade.
Sampaio, T. O. da M. (2016). Percepção do tempo: da psicologia para a psicolinguística. Letras de Hoje, 51(3), 374-383. http://dx.doi.org/10.15448/1984-7726.2016.3.22264
Santaella, L., & Gabriel, M. (2019). Por que Black Mirror dá muito o que pensar? Revista Diálogo Educacional, 19(62), 932–947. https://doi.org/10.7213/1981-416x.19.062.ds01
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Subjetividades

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.