Um Corpo que Arde: Corporeidade e Produção de Subjetividade em Clarice Lispector
DOI :
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20i1.e7365Mots-clés :
Clarice Lispector, corporeidade, corpo, subjetividade.Résumé
Este estudo tem como tema a corporeidade, entendendo a experiência do ser no mundo e sua subjetivação a partir do corpo. Procura investigar como a corporeidade aparece na obra de Clarice Lispector a partir da análise de dois de seus contos: Amor, do livro Laços de família, e Melhor do que arder, de A via crucis do corpo. A análise foi empreendida a partir da literatura sobre corporeidade, notadamente os estudos de Merleau-Ponty e de Foucault. Os contos levantam a questão do sujeito corpóreo, não cartesiano, valorizando o importante papel da corporeidade nos processos de subjetivação, que não se manifestam a partir de uma “consciência interior”, mas no próprio corpo, proporcionando uma reflexão acerca das práticas e da ideia de sujeito adotadas pela Psicologia.
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