"Mon chagrin est plus douloureux que le sien": Expériences de perte gestationnelle

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e13725

Mots-clés :

fausse couche; deuil; maternité; paternité.

Résumé

La perte gestationnelle (PG) est un événement complexe et potentiellement traumatique, souvent invisibilisé socialement. Le manque d’études sur les aspects psychologiques relatifs à la PG par la perspective masculine pointe la nécessité d'amplifier la compréhension du thème. Cette étude a eu pour but de connaître les répercussions et le processus de deuil issu d’une PG, ainsi que les différences entre les expériences d’hommes et de femmes qui ont partagé cette perte, basé sur une étude de cas multiples (Yin, 2005), qualitative et transversale, avec trois couples. On a administré la Fiche de Données Sociodémographiques et Cliniques, le Bref Inventaire des Symptômes, l'Échelle de Deuil Périnatal et on a fait un interview individuel sur l’expérience de PG survenue au cours des derniers 12 mois. L’analyse des données a révélé que la façon dont l’accouchement a été vécu, incluant la manipulation et le soin des équipes, peut être un facteur atténuant ou compliquant du processus de deuil. La présence de rituels d’adieu et de mouvements de symbolisation de la perte, le se sentir mère/père même devant l'absence de l’enfant et la flexibilisation du rôle de soutien chez le couple ont aussi répercuté sur le processus de deuil. L’expérience corporelle de la gestation et de la PG chez la femme s’est révélée être un important marqueur de l’expérience féminine et masculine, tant par la singularité du processus psychique qu’elle engendre, que par la compréhension sociale de souffrance féminine plus élevée dans cette situation, ce qui renforce l’importance de rendre visible les douleurs des deux.

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Bibliographies de l'auteur-e

Priscilla Andrewns dos Santos, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Psicóloga (UNISINOS), Especialista em Cardiologia (ICFUC), Formação (em andamento) em Psicoterapia Psicanalítica (ESIPP). Mestre em Psicologia e Saúde (UFCSPA- Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre). Psicóloga do Hospital Tramandaí. Psicóloga Clínica. Pesquisadora Associada do NEEDS UFCSPA (Núcleo de Estudos em Desenvolvimento e Saúde).

Sandi Teresinha Nottar da Silva Tavares, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Psicóloga (FACCAT), Formação (em andamento) em Psicoterapia Psicanalítica (IWBION). Mestre em Psicologia e Saúde (UFCSPA- Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre). Psicóloga Clínica. Pesquisadora Associada do NEEDS UFCSPA (Núcleo de Estudos em Desenvolvimento e Saúde).

Clara Foletto Pimenta, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Acadêmica do Curso de Psicologia (UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre). Bolsista de Iniciação Científica (CNPq) do NEEDS UFCSPA (Núcleo de Estudos em Desenvolvimento e Saúde)

Daniela Centenaro Levandowski, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Psicóloga (PUCRS). Mestre e Doutora em Psicologia do Desenvolvimento (UFRGS). Pós-Doutorado em Psicologia (PUCRS). Pós-Doutorado (em andamento) no Centre for Maternal and Child Health Research (School of Health Sciences, City University of London). Professora Associada, Departamento de Psicologia,  Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Saúde (UFCSPA- Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre). Coordenadora do NEEDS UFCSPA (Núcleo de Estudos em Desenvolvimento e Saúde). Bolsista Produtividade em Pesquisa (CNPq).

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Publié-e

2023-11-10

Comment citer

Santos, P. A. dos, Tavares, S. T. N. da S., Pimenta, C. F., & Levandowski, D. C. (2023). "Mon chagrin est plus douloureux que le sien": Expériences de perte gestationnelle. Revista Subjetividades, 23(3), 1–15. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e13725

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