Néolibéralisme et surmoi : Une lecture sur la gestion du malaise contemporain
DOI :
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v24i1.e13427Mots-clés :
sujet contemporain, politique, surmoi, autoritarisme, abandonRésumé
Comprendre les relations enchevêtrées entre le néolibéralisme et la subjectivité humaine est le principal objectif de cette étude. De plus, à partir de là, on cherche également à appréhender systématiquement les tessitures associatives du statut du surmoi avec la logique du fonctionnement néolibéral, afin d'établir des liens avec le phénomène psychique de l'autorité et de l'autoritarisme. Cette recherche a été proposée dans une perspective basée, fondamentalement, sur la méthode d'investigation psychanalytique, dont le paramètre se constitue sur la prémisse de l'analyse interprétative des phénomènes subjectifs et sociaux. Ainsi, il est possible de penser que dans le contemporain il y a des modes de subjectivation qui sont vidés par ce qui était autrefois régulé par la fonction paternelle, par le nom-du-père. Ce fait corrobore l'efficacité d'un fonctionnement social tracé par le soi-disant impératif de jouissance, qui se traduit par la demande assidue de bonheur, qui a été appelée, par certains auteurs, par un hédonisme exacerbé. Il y a cependant un repos qui est le produit de cette manifestation communautaire : l'impuissance. De même, il existe une proposition paradigmatique qui établit un mode de défense structurelle qui traduit la spécificité de la période contemporaine, appelée déni de privation. Ce concept établit l'idée de l'image non introjectée de la fonction paternelle, incluant sa chute statutaire ; cela résulte ainsi à une Constitution psychique fondée sur la rigueur radicale du surmoi, à travers son impératif délibérant : jouissez ! Enfin, la contemporanéité est souvent perçue, d'un point de vue, comme un hiatus marqué par la négation du règlement de la loi fondatrice. Et sur ce, dès la chute du statut d'altérité, le néolibéralisme se constitue en gestionnaire des politiques de la souffrance subjective du monde contemporain, du malaise humain. Ainsi, l'articulation entre le Réel, le symbolique et l'imaginaire, peut être pensée de manière différente de ce qui avait été exprimé dans les périodes précédentes.
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