Inmigrantes Brasileños en Alemania: Adaptación Cultural, Factores de Estrés y Recurso

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e12741

Palabras clave:

adaptación cultural, contexto migratorio, inmigración brasileña, aculturación

Resumen

El proceso migratorio se da por varios factores, sin embargo, puede verse obstaculizado cuando la adaptación cultural no se da en su totalidad. Por lo tanto, comprender cómo se produce el proceso de adaptación cultural a través de la percepción del inmigrante revela información importante sobre este proceso. Este artículo se basa en el modelo de aculturación de Berry y en el modelo doble ABC-X de McCubbin y Patterson, con el objetivo de describir el proceso de adaptación de los brasileños en Alemania. 113 brasileños residentes en Alemania entre 2014 y 2016 respondieron un cuestionario en línea que contenía un inventario sociodemográfico y dos preguntas que exploraban posibles estresores y recursos para su adaptación. Los datos fueron analizados mediante el software IRAMUTEQ, y los resultados fueron divididos en dos corpus textuales: estresores y recursos, siendo sus clases de respuesta generadas nombradas de acuerdo al contenido que presentaban. Los principales estresores fueron las dificultades en la relación generadas por el desconocimiento del idioma; la falta de familiares que se quedaron en Brasil; y las diferencias culturales entre los dos países, que provocan confusión en la comunicación y dificultad en las relaciones. Algunos estresores se convirtieron en recursos a lo largo del tiempo, en el caso del lenguaje, presentes en ambos corpus textuales. La articulación entre el modelo doble ABC-X de McCubbin y Patterson y la teoría de la aculturación de Berry demostró ser válida, en el sentido de que es posible descompartimentar las estrategias de aculturación desarrolladas a partir de estresores y recursos existentes y realizadas por personas, observando cómo a lo largo del tiempo, los estresores pueden ser percibidos como recursos.

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Biografía del autor/a

Edmylla Francyelle dos Santos Silva, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil

Formada em Psicologia (UFPA), e atualmente fazendo Mestrado no Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento (NTPC/UFPA). Atua a quatro anos como acompanhante terapêutica (aplicadora). Integrante do Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento (LED-UFPA), onde atua como pesquisadora. Possui experiência em pesquisas relacionadas à Psicologia do Desenvolvimento Humano e Análise do Comportamento Aplicada. Possui interesse nas áreas de: Análise do Comportamento aplicada, Estudos sobre o desenvolvimento humano, Estudo de crianças com desenvolvimento atípico e Neuropsicologia.

Matheus dos Santos da Silveira, Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil

Atualmente, é estudante no Doutorado em Relações Internacionais (IRI/PUC-Rio). Bacharel em Relações Internacionais (UNAMA) e em Psicologia (UFPA). Mestre em Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC/UFPA), na linha de pesquisa de Ecoetologia do Desenvolvimento Humano e em Relações Internacionais (UNILA), na linha de pesquisa de Política Externa, Atores e Processos Internacionais. Membro do Grupo de Estudos em Gênero e Relações Internacionais (GENERI). Atualmente, é professor horista da Faculdade UNINORTE, Tucuruí (PA). Pesquisador do Observatório de Saúde Global e Diplomacia da Saúde, no Centro de Relações Internacionais em Saúde - CRIS/Fiocruz. Possui interesses nos seguintes temas: Estudos em Desenvolvimento Humano; Saúde Global (com ênfase na Saúde Mental Global); Estudos sobre Gêneros e Sexualidades (com ênfase na Perspectiva Querer); Sustentabilidades, Ambientes e Comportamentos (com ênfase nos estudos sobre a Amazônia). 

Clauber Wellington Pinheiro Torres, Centro de Referência da Assistência Social, São Sebastião da Boa Vista, Paraná, Brasil

Mestre em teoria e pesquisa do comportamento pelo Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento, Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará. Possui graduação em Psicologia pela Universidade da Amazônia.

Simone Souza da Costa Silva, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (1994), mestrado em Psicologia nesta mesma instituição (2001) e doutorado em Psicologia pela Universidade de Brasília (2006 e pós doutora em Ciências da Reabilitação pela Universidade de Dortmund - Alemanha (2012) . Durante o mestrado, investigou a relação mãe-criança na situação de banho, no doutorado ampliou seu foco e investigou a estrutura e dinâmica das relações familiares em uma comunidade ribeirinha da Amazônia. Atualmente é professora no Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento (NTPC/UFPA) onde atua no Programa de Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC). Foi Vice diretora do NTPC por oito anos, no período de julho de 2013 à julho de 2021. Assumiu em julho de 2023 a vice coordenação do PPGTPC. Além das atividades desenvolvidas no PPGTPC atua na faculdade de psicologia e no Programa de Pós Graduação em Segurança Pública (PPGSP). Está como editora associada da Revista Brasileira de Educação Especial. Nos últimos anos desenvolveu pesquisas com famílias ribeirinhas e coordenou grupo de pesquisa que investigou os impactos gerados pelo Programa Bolsa Família (PBF).

Fernando Augusto Ramos Pontes, Universidade Federal do Pará, Belém, Pará, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Pará (1986), mestrado em Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará (1990), doutorado em Psicologia (Psicologia Experimental) pela Universidade de São Paulo (1996) e pós-doutorado pela Universidade de Brasília (2002) e pela Technischen Universität Dortmund - Alemanha (2012). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Pará, vinculado ao Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento e ao Programa de Pós-graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento e também é professor do Programa de Pós-graduação e Segurança Pública da UFPA. Coordena em conjunto com mais 3 professoras o Laboratório de Ecologia do Desenvolvimento, no qual desenvolve pesquisas na área da Ecologia do Desenvolvimento Humano e Redes de relações sociais, atuando principalmente nos seguintes temas: Epistemologia de redes, Relacionamento Social, Redes de Relacionamento, Parentalidade, Coparentalidade, Cultura de Pares, Cultura da Brincadeira, Brinquedos e Brincadeiras Tradicionais.

Karl Christoph Kappler, Technische Universität, Dortmund, Deutschland

Possui graduação em Psicologia - Albert-Ludwigs-Universität Freiburg (1987), mestrado em Psicologia - Albert-Ludwigs-Universität Freiburg (1990) e doutorado em Psicologia - Albert-Ludwigs-Universität Freiburg (1994) mestrado em Children's Rights - Universite de Fribourg (2004). Atualmente é Professor cadetratico na Faculdade de Ciencias de Reabilitacao na Technische Universität (TU) Dortmund / Universitäts-Allianz Ruhr (UAR), Alemanha. Foi Professor visitante no Depto. da Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG; 1998-2001). 

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Publicado

2023-05-25

Cómo citar

Silva, E. F. dos S., Silveira, M. dos S. da, Torres, C. W. P., Silva, S. S. da C., Pontes, F. A. R., & Kappler, K. C. (2023). Inmigrantes Brasileños en Alemania: Adaptación Cultural, Factores de Estrés y Recurso. Revista Subjetividades, 23(2), 1–15. https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v23i2.e12741

Número

Sección

Dossiê: Psicologia do Desenvolvimento no Brasil

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