A Prática Psicanalítica frente ao Sujeito Contemporâneo: Reflexões a partir da Clínica-Escola
DOI:
https://doi.org/10.5020/23590777.rs.v20iEsp2.e8985Keywords:
psicanálise, clínica-escola, sujeito contemporâneo.Abstract
Este trabalho debate acerca das contribuições da prática psicanalítica frente ao sujeito contemporâneo e das modalidades de expressão do sofrimento que nem sempre se apresentam sob a forma de sintomas ou são acompanhados de uma demanda de tratamento. Debate, ainda, o campo de atuação do psicanalista em instituições, tomando como referência a clínica do trabalho com adultos em uma clínica-escola. A análise foi desenvolvida a partir de uma experiência clínica de atendimento. Os pressupostos teórico-clínicos da experiência foram os da psicanálise e os da psicodinâmica do trabalho. A reflexão a respeito das diferentes práticas que utilizam a psicanálise como base, dentro do contexto da clínicaescola nas universidades, expõe novas formas de o sujeito contemporâneo se posicionar frente ao seu sintoma. Sugere-se uma função colaboradora de novas dinâmicas de atendimento. A proposta inclui pensar espaços de pesquisaintervençãocriação de dispositivos psicanalíticos de escuta inovadora. Concluímos pela importância da intervenção psicanalítica em instituições e ressaltamos a importância da transmissão do manejo clínico de base psicanalítica em instituições de ensino.Downloads
References
Aires, S. (2013). Imagens do analista na universidade. Trivium - Estudos Interdisciplinares, 5(1), 30-38.
Andrade, E. (2015). Circuito dos afetos: Corpos políticos, desamparo, fim do indivíduo. Perspectiva Filosófica, 42(1), 54-58.
Birman, J. (1999). Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Birman, J. A. (1994). Psicanálise, ciência e cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Cunha, M. C., Palladino, R. R. R., & Silva, M. F. F. (2015). Estudo de caso clínico na pesquisa fonoaudiológica: Da cena clínica às formulações teóricas. Distúrbios Comun. 27(1), 192-195.
Dejours, C. (2011). Addendum: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. In Lancman, S., & Sznelwar, L. I. (Orgs.), Christophe Dejours: Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho (pp. 47-104). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.
Franke, D., & Silva, J. C. (2012). Da escuta à escrita: A construção do caso clínico em psicanálise. Psicanálise & barroco em revista, 10(2), 42-61.
Freud, S. (1996a). A interpretação dos sonhos. In J. Strachey (Ed.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (vol. 4 e 5). Rio de Janeiro: Imago.
Freud, S. (1996b). Sobre o ensino da psicanálise na universidade. In J. Strachey (Ed.), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (vol.17). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1919)
Gómez, V. A. (2017). Desamparo e sofrimento no trabalho bancário: Um estudo de caso em clínica do trabalho. (Dissertação de Mestrado). https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/23609/1/2017_VictoriaAyel%C3%A9nG%C3%B3mez.pdf
Gómez, V. A., Mendes, A. M., Chatelard, D. S., & Carvalho, I. S. (2016). A palavra como laço social na clínica psicodinâmica do trabalho. Contextos Clínicos, 9(2), 253-264. DOI: 10.4013/ctc.2016.92.10
Macedo, M. M. K., & Falcão C. N. B. (2005). A escuta na psicanálise e a psicanálise da escuta. Psychê, 10(15), 65-76.
Marcos, C. M. (2011). Reflexões sobre a clínica-escola, a psicanálise e sua transmissão. Psicologia Clínica, 23(2), 205-220.
Mendes, A. M. e Araújo, K. R. (2012). Clínica da psicodinâmica do trabalho: O sujeito em ação. Curitiba: Juruá.
Mendes, A. M., Takaki, K., & Gama, L. P. (2016). Do sujeito invocado ao sujeito invocante: A violência no trabalho como recusa do desamparo. In B. Farah (Org.), assédio moral e organizacional: Novas modalidades do sofrimento psíquico nas empresas contemporâneas (pp. 151-160). Brasília: LTR80.
Moura, A., & Nikos, I. (2000). Estudo de caso, construção do caso e ensaio metapsicológico: Da clínica psicanalítica à pesquisa psicanalítica. Pulsional Revista de Psicanálise, 13(140/141), 69-76.
Nasio, J. D. (2001). Que é um caso? In J. D. Nasio, Os grandes casos de psicose (pp.11-22). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Périlleux, T., & Mendes, A. M. (2015). O enigma dos sintomas: Proposição para uma escuta psicanalítica e política do sofrimento no trabalho. Revista Trivium Esudos Interdisciplinares,1(1), 61-73.
Rosa, M. D. (2004). A psicanálise e as instituições: Um enlace ético-político. In: Colóquio do LEPSI IP/FE-USP, 5. http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000032004000100045&script=sci_arttext
Safatle, V. (2015). O circuito dos afetos: Corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. São Paulo: Cosac e Naify.
Santos, J. C. G., Dauer, E. T., & Martins, K. P. H. (2017). Uma psicanálise possível: Entrelaçamentos de uma prática psicanalítica em uma clínica-escola no sertão central do Ceará. Revista Expressão Católica Saúde, 2(1), 73-76.
Silva W. S. S., Silveira L. R., Costa G. M., & Naue L. A. V. (2018). Das possibilidades de trabalho com a psicanálise no contexto de uma clínica-escola. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 9(1), 143-156.
Silveira, L. C., Feitosa, R. M. M., & Palácio, P. D. B. (2014). A escuta do sofrimento psíquico relacionado ao trabalho: Contribuições da psicanálise para o cuidado em saúde. Psicologia em Revista, 20(1), 19-33.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Para autores: Cada manuscrito deverá ser acompanhado de uma “Carta de submissão” assinada, onde os autores deverão declarar que o trabalho é original e inédito, se responsabilizarão pelos aspectos éticos do trabalho, assim como por sua autoria, assegurando que o material não está tramitando ou foi enviado a outro periódico ou qualquer outro tipo de publicação.
Quando da aprovação do texto, os autores mantêm os direitos autorais do trabalho e concedem à Revista Subjetividades o direito de primeira publicação do trabalho sob uma licença Creative Commons de Atribuição (CC-BY), a qual permite que o trabalho seja compartilhado e adaptado com o reconhecimento da autoria e publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores têm a possibilidade de firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada na Revista Subjetividades (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Revista Subjetividades.
Os autores concedem, ainda, à Revista Subjetividades uma licença não exclusiva para usar o trabalho da seguinte maneira: (1) vender e/ou distribuir o trabalho em cópias impressas ou em formato eletrônico; (2) distribuir partes ou o trabalho como um todo com o objetivo de promover a revista por meio da internet e outras mídias digitais e; (3) gravar e reproduzir o trabalho em qualquer formato, incluindo mídia digital.
Para leitores: Todo o conteúdo da Revista Subjetividades está registrado sob uma licença Creative Commons Atribuição (CC-BY) que permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato) e adaptar (remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim) seu conteúdo, desde que seja reconhecida a autoria do trabalho e que esse foi originalmente publicado na Revista Subjetividades.