Se o irrepresentável existe1: reflexões sobre a representação artística em Jacques Rancière e em psicanálise
DOI:
https://doi.org/10.5020/23180714.2017.32.2.262-267Palavras-chave:
Representação, Irrepresentável, Regime Estético e Representativo, PsicanáliseResumo
A reflexão aqui apresentada deriva da Disciplina Seminários temáticos II: arte e política em Jacques Ranciere, realizada junto ao Programa de Pós Graduação em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina- UDESC. Busca pensar formas de compreender arte na atualidade. Utiliza o tema da representação em arte como fio condutor da reflexão entre a filosofia da arte de Jacques Rancière e a teoria psicanalítica de Sigmund Freud e Jacques Lacan. O estudo se fez de forma teórica com base no capítulo Se o irrepresentável existe na obra O destino das imagens (2012) de Rancière e em obras psicanalíticas que abordam a forma de compreender arte. Para isso, foram recortadas as seguintes fontes teóricas: a análise de Freud sobre Leonardo da Vinci (1910) e reflexões de Lacan (1997, 1985) que perpassam a análise freudiana e o sentido da produção artística. Busca pensar uma relação aproximativa entre o regime representativo e estético de Rancière relacionando-os às reflexões psicanalíticas, na medida em que se percebe que o regime representativo pode ser aproximado à forma de Freud entender a produção e significação da arte; como algo a ser codificado, sendo derivado de uma possível relação analítica entre obra e artista. Já o regime estético, que entende a arte como não definível a priori, mas apenas quando um sujeito a lê, levando-a ao nível do sensível e particular, é relacionado aos escritos de Lacan pensando a independência de sentido na relação entre a obra e produtor. Como apontamento conclusivo tem-se que a lógica do irrepresentável apenas sustenta-se sob o viés representativo, pensado em aproximação aos escritos freudianos; onde há codificação dos sentidos em arte. Enquanto que o regime estético desloca a significação ao nível do sensível e situa as significações no ilimitado, onde não há a dualidade: representável e irrepresentável. Este último relacionado ao entendimento artístico apontado por Jacques Lacan.Downloads
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Publicado
2018-02-02
Como Citar
Concilio, V., & Cavalcante, M. A. (2018). Se o irrepresentável existe1: reflexões sobre a representação artística em Jacques Rancière e em psicanálise. Revista De Humanidades, 32(2), 262–267. https://doi.org/10.5020/23180714.2017.32.2.262-267
Edição
Seção
Artigos