Prevalência de infecção latente por mycobacterium tuberculosis em profissionais da rede básica de saúde

Autores

  • Tássia Silvana Borges Cirurgiã-Dentista, Mestranda em Promoção da Saúde. Santa Cruz do Sul/RS, Brasil.
  • Eduardo Chaida Sonda Acadêmico da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul/RS, Brasil. Bolsista PET Vigilância
  • Alexandre Daronco Acadêmico da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Santa Cruz do Sul/RS, Brasil. Bolsista PET Vigilância
  • Fabiana Battisti Enfermeira responsável técnica de UBS (Unidade básica de saúde) Avenida, Santa Cruz do Sul /RS, Brasil.
  • Marcos Moura Baptista Dos Santos Professor do Departamento de Ciências Humanas da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e coordenador do grupo PET vigilância em saúde. Santa Cruz do Sul/RS, Brasil
  • Andréia Rosane Moura Valim Professora do Departamento de Biologia e Farmácia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e do Mestrado em Promoção da Saúde; Coordenadora de Pesquisa da UNISC. Santa Cruz do Sul/RS, Brasil
  • Mariana Valença Doutoranda Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Fundação Universidade do Rio Grande (FURG), Brasil.
  • Lia Gonçalves Possuelo Departamento de Biologia e Farmácia - Universidade de Santa Cruz do Sul Universidade de Santa Cruz do Sul. Avenida Independência, 2293 - Bloco 12 - Bairro Universitário. 96815-900 - Santa Cruz do Sul, RS. Caixa-Postal: 188. Brasil. Fone: (51) 3717 7360

DOI:

https://doi.org/10.5020/2459

Palavras-chave:

Tuberculose, Teste Tuberculínico, Prevalência, Pessoal de Saúde.

Resumo

Objetivo: Estimar a prevalência de infecção latente por M. tuberculosis e identificar características relacionadas à infecção latente entre os trabalhadores da rede básica de saúde. Métodos: Estudo transversal, observacional e descritivo, realizado em 2011, incluiu 137 trabalhadores da rede básica de saúde que desempenhavam suas atividades em um município. Realizaram-se entrevistas abordando características de exposição no trabalho (vacinação com BCG, tempo de trabalho na rede de saúde, exposição potencial à tuberculose, infecção pelo HIV, uso de corticoides, diabetes, uso de tabaco ou álcool) e, posteriormente, aplicouse o teste tuberculínico (TT). Analisaram-se os dados com teste Fischer e T-Student (p <0,05). Resultados: Os profissionais da saúde eram majoritariamente mulheres (n=126, 92%), com idade média de 35,3 (±9,1) anos. Entre os profissionais reatores, 25 (55,5%) buscaram assistência médica – destes, 7 (28%) realizaram tratamento profilático. A prevalência de tuberculose latente foi de 32,8%. Das características avaliadas, somente o tabagismo (OR:3,03; IC 95% 1,05-8,77) foi associado à infecção latente. Conclusão: A prevalência estimada de infecção latente por M tuberculosis entre os trabalhadores de saúde avaliados foi de 32,8%. Quanto às características estudadas, não foi possível relacioná-las com a infecção latente entre os trabalhadores da rede básica de saúde, com exceção do tabagismo. doi:0.5020/18061230.2014.p269

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Publicado

2014-11-11

Como Citar

Borges, T. S., Sonda, E. C., Daronco, A., Battisti, F., Baptista Dos Santos, M. M., Moura Valim, A. R., Valença, M., & Possuelo, L. G. (2014). Prevalência de infecção latente por mycobacterium tuberculosis em profissionais da rede básica de saúde. Revista Brasileira Em Promoção Da Saúde, 27(2), 269–275. https://doi.org/10.5020/2459

Edição

Seção

Artigos Originais