Águas subterrâneas no Ceará – poços instalados e salinidade.

Autores

  • Fernando José Araújo da Silva Universidade de Fortaleza
  • Andréa Limaverde de Araújo
  • Raimundo Oliveira de Souza Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

Hidrogeologia. Salinidade de água. Ceará

Resumo

A exploração de águas subterrâneas no Ceará tem crescido. Entretanto, não é sabido ainda o real potencial de exploração. Até 2003, havia cerca de 23.000 poços perfurados no Ceará. Em torno de 63% estavam no embasamento cristalino, 29% em litologia sedimentar e o restante em aluviões e formações cársticas. Os poços localizados no cristalino cearense possuem vazão específica em torno de 13% do valor observado em poços localizados em bacias sedimentares. Os poços deste tipo litológico são 35% mais profundos que os de embasamento cristalino. A bacia Metropolitana tem maior potencial instalado, seguida da bacia do Salgado. Quanto à vazão específica (Qe), os maiores potenciais de exploração estão instalados no Salgado e no Baixo Jaguaribe. As águas de poços do cristalino possuem maior conteúdo salino que as de litologia sedimentar. Modelos empíricos locais podem ser empregados para estimar o conteúdo salino das águas subterrâneas do Ceará. Os poços são de aproximadamente 1,1 milhão de pessoas servidas por sistema público de abastecimento. A maior parte destes está nas bacias do Salgado e do Acaraú. No cristalino, o grau de conformidade com padrões de potabilidade atinge a 47%, enquanto em bacia sedimentar chega a 90%. Para uso agronômico, as águas subterrâneas do cristalino são mais restritivas, porém atenção especial deve ser dada à toxicidade do íon cloreto.

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Como Citar

da Silva, F. J. A., de Araújo, A. L., & de Souza, R. O. (2009). Águas subterrâneas no Ceará – poços instalados e salinidade. Revista Tecnologia, 28(2). Recuperado de https://ojs.unifor.br/tec/article/view/52

Edição

Seção

Artigos