Análise da viabilidade técnica-financeira e econômica de argamassa produzida com areia artificial para estaca raiz

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5020/23180730.2022.11810

Resumo

A extração dos recursos naturais tem se mostrado ao longo dos anos um dos maiores desafios da humanidade, sendo a construção civil uma das áreas que mais utilizam recursos naturais e a exploração de agregados miúdos exemplos de danos irreversíveis que a mineração pode causar ao meio ambiente. Dentro da engenharia de fundações, as estacas do tipo raiz se diferem de outras fundações pelo fato de serem injetadas com argamassa, pois são conhecidas por suportar elevadas cargas de trabalho e por seu consumo excessivo de argamassa. Diante dos aspectos citados, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar a substituição da areia natural por areia artificial britada na composição do traço de argamassa para estaca tipo raiz. Foram realizados traços com 100% de areia natural, 100% de areia artificial e uma composição de 50% com dois tipos de areias a fim de comparar suas propriedades físicas através de ensaio de absorção e mecânicos representados por ensaio de compressão além módulo de elasticidade, em amostras com diferentes idades 7, 14 e 28. Os resultados demostram que argamassas produzidas com areia artificial, além de apresentar valores superiores em todas as idades para as propriedades como resistência e rigidez, menor absorção capilar, possui melhor viabilidade econômica em relação aos agregados naturais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rodrigo Rogério Cerqueira da Silva , Universidade Nove de Julho, Vila Prudente, São Paulo, Brasil

Professor Engenharia Civil, Departamento de Ciências Exatas. Pós-doutorado pela Universidade Estadual de Campinas na área de inspeção de estruturas por ensaios não destrutivos aplicadas ao material concreto. Doutorado na área de inspeção de estruturas por ensaios não destrutivos pela Universidade Estadual de Campinas, Mestrado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas em fundações profundas, Especialização em Engenharia Geotécnica pela Instituto de Ensino Superior da Região Serrana, Especialista em Docência do Ensino Superior pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Graduação pela Universidade Estadual de Campinas e Formação Pedagógica de Docentes pela Universidade Nove de Julho. Atua como Pesquisador Colaborador, junto ao Laboratório de Ensaios Não-Destrutivos da Faculdade de Engenharia Agrícola-UNICAMP (FEAGRI). Têm experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Inspeção de Materiais e Estruturas por meio de Ensaios Não Destrutivos, Fundações e Obras de Terra. As áreas em que mais atua são: Acompanhamento, inspeção e monitoramento de estruturas através de ensaios não destrutivos com ultrassom. Fundações Profundas (parede diafragma, estaca barrete, estaca escavada, estaca hélice contínua monitorada, estaca raiz, estaca injetada autoperfurante e microestaca tubular). Estabilização de encostas (tirantes, chumbadores, drenos, cortinas atirantada). Tratamento de Solos (jet grouting tipo JG e CCP, enfilagem, cortinas de vedação, injeção de consolidação, compaction grouting e geodrenos). Ensaios como arrancamento em solo grampeado, recebimento qualificação e fluência em tirantes, prova de carga tipo estática e dinâmica. Rebaixamento de lençol freático, Túnel NATM e Investigações Geotécnicas como Sondagem tipo SPT, rotativa, CPT, Vane Test, Dilatômetro e Pressiômetro. Membro do GEPEDISC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diferenciação Sociocultural) da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas, possui experiência em educação do ensino superior, atuando principalmente com a aplicação de metodologias ativas de ensino-aprendizagem, aprendizagem baseada em problemas (PBL) e avaliação do desempenho de estudantes. Como docente ministra as disciplinas de Mecânica dos Solos, Fundações, Contenções e Obras de Terra, Agregados e Propriedades do Concreto. Membro da ABMS - Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica.

Maeli S. Tavares, Universidade Nove de Julho, Vila Prudente, São Paulo, Brasil

Especialista em Geotecnia pela Universidade Nove de Julho, Engenheira Civil pela Universidade Nove de Julho e Experiência em análise de projeto estrutural e modulação prévia de laje alveolar com intuito de desenvolver negócios que atenda ao requisito técnico e econômico.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. NBR NM 67. Concreto: determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro. (1998).

______. NBR NM 248. Agregados: Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 2003.

______. NBR NM 30. Agregado miúdo - Determinação da absorção de água. Rio de Janeiro. 2001.

_______. NBR 9778. Argamassa e concreto endurecidos – Determinação da absorção de água por imersão – Índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro. 2015

______. NBR NM 45. Agregados: Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro. 2006

______. NBR 7211. Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro. 2009.

______. NBR NM 52. Determinação da massa específica de agregados miúdos por meio de frasco Chapman. Rio de Janeiro. 2009.

______. NBR 7222. Argamassa e concreto – Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro. 2011.

______. NBR 9779. Argamassa e concretos endurecidos – Determinação da absorção da água por capilaridade. Rio de Janeiro. 2012.

_______. NBR 12655. Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro, 2015.

_______. NBR 5738. Concreto: Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2015.

_______. NBR 5738. Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de Janeiro. 2016.

_______. NBR 15823-2. Concreto auto adensável. Parte 2: Determinação do espalhamento e do tempo de escoamento - Método do cone de Abrams. Rio de Janeiro, 2017.

_______. NBR 15823-4. Concreto auto adensável. Parte 4: Determinação da habilidade passante - Método da caixa L. Rio de Janeiro, 2017.

_______. NBR 8522. Concreto – Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e de deformação a compressão. Rio de Janeiro. 2017.

_______. NBR 5739. Ensaio de compressão de corpos-de-prova cilíndricos de concreto. Rio de Janeiro. 2018.

_______. NBR 6122. Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro. 2019.

BAJAD, M. N.; SAKHARE, Sarang. Influence of artificial sand on the properties of concrete and mortar. Technology, v. 9, n. 1, p. 447-454, 2018.

BARBOSA, M. T. G., COURA, C. V. G., MENDES, L. O. Estudo sobre a areia artificial em substituição à natural para confecção de concreto. Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 8, n. 4, p. 51-60, out./dez. 2008.

BARBOSA, Maria Teresa Gomes; DOS SANTOS, White José. ARGAD: high performance mortar. Chemistry, v. 2, p. 5, 2013.

BARBOSA, R. A., ALVARENGA, R. C. S. S., JUNIOR, A. N. C., FERREIRA, R. T. L., RODRIGUES, L. M., CASTRO, L. O., GARCIA, R. B.; SANTOS, J. Análise Comparativa de Métodos de Obtenção do Módulo de Elasticidade para Concreto Preparado com Areias Natural e Artificial. Ciência & Engenharia (Science & Engineering Journal) ISSN 1983-4071,24 (1): 151 – 161, jan. – jun. 2015.

BARRETO, M. L. Mineração e desenvolvimento sustentável: desafios para o Brasil. Rio de Janeiro: CETEM/MCT. 215p. 2001.

BASTOS, S. R. B. Uso da areia artificial basáltica em substituição parcial à areia fina para a produção de concretos convencionais. Dissertação Universidade Federal de Santa Catarina. p.136. 2002.

CAMARINI, G., ISHIKAWA, P. H. Propriedade de argamassas de assentamento produzidas com areia artificial para alvenaria estrutural. X Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. 2004.

CHANG, Jiang et al. Artificial Sand--An Ideal Material for Preparing Good Concrete and mortar [J]. China Concrete and Cement Products, v. 3, 2005.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL - DNPM. Extração de areia. Brasília, 17 de out. [http://www.dnpm.gov.br/]. (2002).

FABRO, F., GAVA, G. P., GRIGOLI, H. B., MENEGHETTI, L. C.. Influência da forma dos agregados miúdos nas propriedades do concreto. Revista IBRACON de estruturas e materiais, 4(2), 191-212. 2011.

FARIAS, C.E.G.. Mineração e Meio Ambiente no Brasil: Relatório preparado para o CGEE PNUD – Contrato 2002/001604

NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. (2.ed.). São Paulo: Pini. 1997.

REIS, F. A. G. V; FRANCO, A. C. M.; PERES, C. R.; BRONZEL, D.; RAFAELA, E.; PONTES, F. F. F.; GUIZARD, J.; RAFALDINI, M. E.; GIORDANO, L.C. Diagnótico Ambiental Em Minerações De Areia E Argila No Rio Jaguari Mirim, Município De São João Da Boa Vista. 2005.

SILVA, L. S.; DEMETRIO, J. C. C; DEMETRIO, F. J. C. Concreto Sustentável: Substituição da Areia Natural por Pó de Brita para Confecção de Concreto Simples. International Workshop Advances in Cleaner Production – Academic Work. 2015.

SILVA, N. G., BUEST, G., & CAMPITELI, V. C. Argamassas com areia britada: influência dos finos e da forma das partículas. VI Simpósio Brasileiro de Tecnologia das Argamassas. Anais.. CD ROM. Florianópolis, 12-22. 2005.

SILVA, R. R. C. DA. Previsão da capacidade de carga em estaca raiz através de métodos semi-empíricos associados a análises estatísticas. Revista CIATEC-UPF, v. 10, n. 2. 2018.

SINTONI, A. A mineração no cenário do município de São Paulo: mercado e novas tecnologias. In: I Encontro de Mineração no Município de São Paulo. Anais. São Paulo: Secretaria das Administrações Regionais da Prefeitura do Municipal de São Paulo, p.31-42. 1994.

SODRÉ, J.R. Caracterização Tecnológica das Areias Naturais e Artificiais de Campo Grande –MS. Florianópolis. Monografia apresentada no Curso de Especialização em Construção Civil, Universidade Federal de Santa Catarina. 2000.

TAKASHIMA, S., BAUER, R. J. F., CURTI, R. Estudo de Concretos Preparos com Agregado Miúdo Artificial e Areia Silicosa. Reibrac 40 – Reunião Anual do IBRACON, São Paulo. 1998.

WAGNER, A. A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL E A MINERAÇÃO. GAZETA MERCANTIL. 20 DE ETEMBRO. P. A3. 2002.

Downloads

Publicado

2023-09-29

Como Citar

Silva, R. R. C. da, & Maeli S. Tavares. (2023). Análise da viabilidade técnica-financeira e econômica de argamassa produzida com areia artificial para estaca raiz. Revista Tecnologia, 43, 14. https://doi.org/10.5020/23180730.2022.11810

Edição

Seção

Artigos